domingo, 23 de outubro de 2011

Faça você mesmo o seu bagageiro traseiro para cicloturismo. Dicas.


Olá pessoal.

Um dos grandes problemas dos cicloturistas brasileiros é a falta de acessórios nacionais para cicloturismo.
O bagageiro é um dos itens mais importantes no cicloturismo. Tudo carregamos sobre ele: Alforjes carregados, colchonete, saco de dormir, barraca e outros apetrechos.
No mercado brasileiro encontramos alguns modelos de bagageiros destinados ao cicloturismo, normalmente confeccionados em alumínio, que além te ter um grande histórico de quebras, são limitados ao transporte de no máximo 25 Kg de carga.
Há tempos eu vinha pensando em fugir desses bagageiros e confeccionar o meu próprio bagageiro em aço, mais resistente e mais confiável. Em 2009 usei um bagageiro de aço, desses bem baratinhos, para fazer um ciclotur com destino ao Rio de Janeiro. Notei que o bagageiro seria o ideal, caso fosse um pouco mais longo, pois por vezes bati os calcanhares nos alforges.
A base foi este bagageiro em aço, vendido baratinho em qualquer bicicletaria de bairro. Normalmente são zincados.
Esses bagageiros, embora sejam bem reforçados, possuem apenas 30 cm de comprimento, enquanto os bagageiros para cicloturismo têm em média 38 a 40 cm.

<KENOX S860  / Samsung S860>

Este foi o que eu usei em 2009 e que agora será usado como “extensão” neste projeto.

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Então o que eu precisava fazer seria emendar o bagageiro para torná-lo mais longo e ao mesmo tempo reforçá-lo um pouco mais. O ideal foi comprar um outro idêntico por R$ 15,00 e de dois fazer um com as medidas, reforços e adaptações necessárias.
Peguei então o bagageiro antigo e serrei 8 cm da parte traseira do mesmo, junto com as hastes, as quais seriam usadas como reforço e proteção para que os alforges não toquem as rodas.

<KENOX S860  / Samsung S860>

<KENOX S860  / Samsung S860>

Sobreponha a extenção sobre o bagageiro A e serre os ferrinhos laterais, que ficarão mais compridos, de maneira que as pontas dos ferros do bagageiro A e da extenção se encontrem certinhos para a soldagem.

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Após dobrar as hastes da extensão, encoste-a no bagageiro A e serre as sobras, ou solde a parte de cima primeiro para depois serrar as sobras, como queira.
Se usa freio a disco, faça a dobra abaixo (lado esquerdo) de maneira que a haste não toque na pinça de freio. Após essa dobra, peça para o soldador reforçar com solda no local da dobra, evitando possíveis quebras em locais de fissuras quase imperceptíveis.

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Uma vez soldado, o bagageiro ficará assim:

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Reforços nas hastes originais e na parte que foi dobrada:

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As hastes que prendem o bagageiro á parte de cima do quadro deverá ser ajustada de acordo com o quadro em que o mesmo será instalado. Pode-se prendê-lo á blocagemn do selim, no caso de quadros que não ofereçam suporte para bagageiros. Ou essas hastes devem ser dobradas até alcançarem a furação no quadro, como foi feito no meu caso. Para tanto, será necessário prender o bagageiro á morsa e ir curvando, acertando as pontas até ficar na medida desejada.

O preparo para a pintura deve ser feito com lixa 80, removendo toda a parte “cromada / zindada”, borras de solda, etc. Se ficar alguma rebarba de solda, esta deve ser removida com uma lima antes de lixar

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Duas a tres demãos de fundo cinza em spray irão deixa-lo pronto para o acabamento final.

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Deixei para aplicar o preto fosco somente no dia seguinte. Também umas duas a três demãos.

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O bagageiro ficou com 38 cm. Muito parecido com o Wencum, em alumínio.
Agora vamos ver as fotos do bagageiro instalado.

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Sugiro que a instalação  seja efetuada com parafusos padronizados em aço, do tipo Allen. Isso é importante, pois em viagens basta levar um jogo de chaves Allen e você pode efetuar os mais diversos reparos em sua bike.

Na foto abaixo a haste do bagageiro não encosta na pinça do freio a disco.

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Observe que, com os alforges montados, há  distância  sufiente para que os calcanhares não resvalem nos mesmos, no momento da pedalada.

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Entre o selim e o alforge ainda sobrou espaço para a barraca, ou o colchonete, ou saco de dormir, ou qualquer outra tralha que precisemos levar. Smiley piscando

Não vou por os preços, pois eu tinha a maioria das ferramentas e materiais. Ademais, o soldador é um amigo e me cobrou bem baratinho. Mas qualquer oficina de funilaria pode efetuar esse serviço de solda por um valor bem pequeno. Não é nessessário se utilizar de solda Mig / Tig, que são caríssimas.

Obs.: Quando troquei de Alforge, usando um mais longo, notei que os 17 cm propostos ficaram curtos, de maneira que o alforge tendia a ir para dentro da roda. Assim, sugiro que aumentem essa medida para uns 28 cm, ou meça antes a altura do seu alforge, para então definir a medida exata do comprimento dessa haste.

E, plagiando um bagageiro Wencun que possuo, reforcei-o, conforme se pode ver na linha em vermelho da imagem abaixo.




Ou, para ficar melhor ainda, como na foto abaixo.



Na parte traseira ainda irei instalar a iluminação, destinada a segurança.

Ferramentas usadas:
  • Um arco de serra.
  • Uma morsa nro. 3.
  • Uma lima chata.
  • Um martelo.
Meterial:
  • Dois bagageiros.
  • Solda oxi-acetileno.
  • Uma folha de lixa 80 (para ferro).
  • Um spray de primer cinza para fundo.
  • Um spray de preto fosco para acabamento.

Quem sabe você também gostaria de ver ... "Instalando bagageiro dianteiro Tranz-X CD 220" 
Ou ... "Montei minha nova Estradeira - Partes de I a IV"

Grande abraço do…

Antigão

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Antigão reclinando no dia dos pais!


Olás, amigos cicloturistas e afins!

(Passeio efetuado no dias dos pais – Ago/2011)

No domingo, dias dos pais,  resolvi fazer um pequeno passeio - ou um treino mais severo - na Explorer (reclinada). Não aguentava mais a sensação de "estar em repouso médico" e saí as ruas pedalando e sorrindo, como se houvesse ganhado na loteria. Lógico que o fiz porque estou me sentindo bem melhor dos problemas de coluna que me aterrorizaram nos últimos dois meses. Outrossim, esta bike não força a coluna pois pedala-se praticamente sentado num sofá.

Sentir aquela gostosa sensação de levantar cedo, passar o protetor solar, vestir-se a caráter, encher as caramanholas de água e sair de encontro ao vento fresco da manhã era algo que me faltava. Só quando a gente se ausenta desses pequenos detalhes é que percebe como eles são importantes e prazerosos.
Nem pedalei muito, nem fui muito longe, mas foi o suficiente para um bom treino após 60 dias de total abstinência.

Pedalei apenas 32 Km, mas esses Kms foram bem severos, pois saí de casa até o Parque do Carmo zerando o percurso de 7 Km com muita subida. No Parque, para quem conhece, sabe que a ciclovia é um misto de plano, belos e acentuados aclives. Não nego, cheguei em casa bem cansado, mas feliz da vida!


Tive que parar muitas vezes para dar explicações sobre a bike, se foi eu que a fabriquei, quem fabrica, onde encontrar e muitas outras perguntas.
A exclamação mais ouvida, entre muitas das pessoas pelas quais eu passava, tanto no Parque quanto na rua foi: "Olha que bike dá hora!!!" Aqui em São Paulo diz-se que é "da hora" tudo o que se acha bom ou interessante.


O treino foi legal, a bike é realmente muito confortável. Embora exija mais do biker na subida, no plano e descidas parece que se está pedalando num sofá, hehehe!
O dia estava bastante nublado, mesclando até momentos de uma fina e leve garoinha, mas mesmo assim consegui tirar algumas fotos.
Aproveitei que estava de "bike nova" para exibir com todo o glamour a minha nova camisa, presente dos meus amigos foristas do Pedaladas.


Saindo de casa ás 7:30 horas. Tempo bastante nublado.

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Já dentro do Parque do Carmo, com toda a sua bela natureza.

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Um V de vitória.

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Para finalizar... flores em pleno inverno paulistano para comemorar o Dia dos Pais.

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Grande abraço a todos e, se Deus quiser, logo a gente volta!

Deus é fiel!


Waldson (Antigão)
Antigão

Ou melhor...


domingo, 9 de outubro de 2011

Teste toalha de alta absorção Speedo.

 

Olá, pessoal.

 

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Duas das grandes preocupações de um cicloturista é peso e espaço. Viajar com uma bike requer uma boa dose de equilíbrio nessas duas variáveis. Um cicloturista precisa evitar carregar muito peso e ao mesmo tempo possui espaço reduzido para tudo o que precisa transportar ao longo de sua ciclo-viagem.

Também, como qualquer pessoa, necessita tomar banhos ao longo da viagem e um item imprescindível a ser levado é a toalha de banho. As toalhas “normais”, grandes e felpudas, ocupam muito espaço e são sobremaneira pesadas. Além do mais, demoram para enxugar após serem usadas. Carregar uma tolha molhada ou úmida irá favorecer o aparecimento de fungos e a toalha acaba exalando mau cheiro.

É aí que entram as toalhas de alta absorção. Confeccionadas em tecido sintético, ocupam pouco espaço, são leves, absorvem muita água e secam rapidamente. Tudo o que um cicloturista precisa! Smiley piscando

Durante anos usei toalhas de fralda, mais por questões econômicas do que praticidade. Custam baratinho e cumprem bem o seu papel. Contudo, não podem se igualar ás toalhas de alta absorção.

No último ciclotur que fiz para Ilhabela-SP usei e testei a toalha de alta absorção da Speedo.

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Pesando apenas alguns gramas e ocupando o mínimo espaço, cumpriu brilhantemente o seu papel absorvendo bem a água do corpo após o banho e secando rapidamente.

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A princípio, por medir apenas 40x80 cm, pensei que seria pequena, mas foi o tamanho suficiente para se prestar como ótima toalha para cicloturismo. Ela é composta de 85% poliéster e 15% poliamida. Vem acondicionada num invólucro telado (bolsa) de aproximadamente 15X15 cm e não precisa ser guardada umedecida.

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Trás consigo uma etiqueta contendo todas as instruções para lavagem e secagem de maneiras a conserva-la em uso por muito tempo.

Gostei! Vale a pena, embora o preço seja considerado por mim um pouco salgado.

Ah, diga-se de passagem, não estou ganhando nada da Speedo para exibir esta apreciação. Quero apenas ajudar os amigos cicloturistas a escolherem seus apetrechos, para uma ciclo- viagem mais tranquila e cheia de emoção.

Grande abraço do Antigão!

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Tutorial da Cargueira (Bicicletona passo-a-passo)

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O Artur, cicloativista, bloqueiro e, porque não, genial construtor, expôs em seu Blog "Pés para cima" um tutorial, passo-a-passo de como construir o que ele chama de "Cargueira - bicicletona".
Uma ideia que eu considerei genialíssima até para a construção de bike apropriada para cicloturismo, onde temos que carregar muita tralha, mormente quando se trata de pedalar por estradas que não nos oferecem qualquer suporte de pernoite ou alimentação.
Vale a pena conferir:

Mãos a obra e boa construção a todos!

Antigão

sábado, 1 de outubro de 2011

Práticas, econômicas e sustentáveis, bicicletas seduzem empresários

Empresa da capital paulista faz entregas com as ‘magrelas’.

Em outro caso, bikes especiais são vendidas por até R$ 40 mil.





Práticas, econômicas e sem causar poluição, as bicicletas seduzem pequenos empresários que buscam bons negócios. São mais de 60 milhões delas espalhadas pelo Brasil.
Uma empresa da capital paulista faz entregas com bicicletas. A equipe é conhecida como os ciclistas mensageiros, que rodam a cidade o dia inteiro.
Os empresários Rafael e Danilo Mambretti investiram R$ 40 mil no negócio. Eles alugaram o espaço, compraram computador, telefone e reservaram capital de giro. Para os empresários, o momento é oportuno para negócios que ofereçam praticidade e respeito à natureza.
“A gente alia essa questão da sustentabilidade que todo macro ambiente vem vivenciando muito. As pessoas têm procurado isso”, diz Rafael Mambretti.
Na empresa, contratar um funcionário é diferente. Ele tem que ser praticamente um atleta para pedalar em média 70 quilômetros por dia. “Eles passam por alguns exames, desde teste ergométrico a acuidade de visual. E outro cuidado que a gente tem acompanhamento diário desde o treinamento é com a saúde da alimentação”, afirma.
Os ciclistas usam a própria bicicleta. Eles trabalham com capacete, óculos protetor e recebem treinamento.
A empresa começou com três ciclistas no final de 2010. Hoje, já são nove mensageiros, com crescimento de 30 % ao mês. Os chamados não param. Para crescer, a empresa conta com trunfos que só a bicicleta tem.
Nas ruas congestionadas de uma cidade como São Paulo, a gente chega à irônica constatação de que muitas vezes a bicicleta é mais rápida do que o carro. A velocidade média do trânsito é de 15 km por hora. A bicicleta vai a 20, além de não poluir, não gastar combustível e não precisar nem de vaga para estacionar.
O serviço do ciclista sai 20% mais barato que o do motoboy. Em média, uma entrega em um percurso de 10 km a 15 km, custa R$ 18.
O Brasil tem hoje uma frota de 65 milhões de bicicletas. É o terceiro maior produtor do mundo. 50% delas são usadas como transporte. Na cidade de São Paulo, de cada dez, sete são usadas para chegar ao trabalho.


Bicicletas especiais

Outros empresários também perceberam o mercado e montaram uma loja. Pablo Gallardo e Billy Castilho vendem bicicletas especiais, rápidas e leves. Elas estão em todo o espaço, na vitrine, no teto, no chão. Têm pneus finos com grandes circunferências, são coloridas e têm estilo próprio. Podem custar de R$ 3 mil a R$ 40 mil cada.
“Todos os produtos que a gente tem na loja, a gente trabalha com séries limitadas de peças exclusivas e tudo, como posso dizer, muito com uma certa veia artística”, diz Gallardo.
Os empresários investiram R$ 100 mil em reforma e estoque. A loja também é uma galeria de arte, são vendidos quadros de artistas, livros e camisetas.
“As pessoas vêm aqui têm um tempo até escolherem o que elas querem e prestam atenção nas obras de arte também. E isso mexe com sentido, né, da criação. É por ai que a gente vê”, afirma Castilho.
As bicicletas representam metade do faturamento da loja. São bikes de pista, simples, velozes, com poucos acessórios. Andam para frente e para trás, muitas não têm freio e até a marcha é interna. A loja vende cinco bicicletas por mês.
As vendas são por encomenda. Um programa de computador ajuda a escolher o modelo da bicicleta. Os empresários importam as peças e fazem a montagem, de acordo com as medidas do cliente.
Uma das maneiras de divulgar a loja é estimular eventos. A empresa incentiva esportes como o bike polo. É como um jogo de polo, só que sobre bicicletas.
“Dessa forma a gente consegue aumentar a possibilidade de lucro e do mercado crescer em função de esportes alternativos”, revela Gallardo.


Fonte: G1.(http://www.globo.com/)


Veja também: ONG quer 300 bicicletários em São Paulo até a copa de 2014.


Antigão