sábado, 18 de setembro de 2010

Confeccionando uma prática espiriteira.

Muitos cicloturistas como eu, gostam de fazer viagens autônomas, preparando suas próprias refeições. Mesmo em viagens onde há estrutura de apoio, tais como restaurantes, lanchonetes, ás vezes é interessante ter consigo os apetrechos para uma refeição de emergência. Eu, pelo menos o café da manhã gosto de preparar, principalmente porque costumo ficar em Campings onde normalmente não há lanchonetes e, quanto há, abrem muito tarde.

Foi pensando nisso que resolvi confecionar uma prática espiriteira e dividir com vocês.
É lógico que tenho um fogareiro a gás, mas ele ocupa mais espaço e pesa muito mais que uma espiriteira. Ademais, gás para fogareiro é muito mais difícil de ser encontrado, enquanto álcool tem em todo lugar, principalmente nos postos de gasolina e etanol.

Material:

1 Pedaço de tábua de 15 x 15 x 2 cm.
50 cm de ferro de estribo de coluna. (contr. civil)
1 lata de atum vazia.


Conforme a figura acima, no quadrado de madeira, com um lápis risque a circunferência da lata de atum vazia.
Feche um quadrado em torno da circunferência.
Nos espaços vazios, entre a circunferência e o quadrado, com uma furadeira e broca para madeira, faça furos passantes, de maneira que o ferro entre com uma pequena folga, quase justo.
Os furos ficarão com uma distância de 7 cm entre si.
Com a ajuda de uma morsa ou alicate grande, dobre os ferrinhos conforme a figura 1.

Figura 1

Materiais:



 

Espiriteira pronta para uso.











Fácil, né?

Para usar a espiriteira é só por a latinha no centro, espetar os ferrinhos, por o álcool e acender o fogo.
Acabou de usar, espere esfriar, retire os ferrinhos, a latinha e guarde tudo num saquinho. O peso e o espaço ocupado são mínimos.

Atenção: Jamais faça fogo dentro ou próximo da barraca!

Antigão

Guidão Borboleta

Olá,

Eu havia prometido no fórum de cicloturismo em que participo (www.pedal.com.br) que escreveria sobre as minhas impressões referentes ao novo modelo de guidão que estou usando.
Esse guidão é conhecido como "butterfly" ou "trekkink".




Além de um pequeno teste que fiz assim que o instalei, usei-o recentemente num ciclotur de 160 Km, composto de rodovias bem ou mal asfaltadas e estradas em terra, com direito a poeirão e cascalho solto.




Em todos os tipos de terreno o novo guidão foi formidável. Não é um guidão ágil, para ser usado no trânsito por exemplo. Contudo, na estrada é super confortável.
A dirigibilidade é muito boa e a quantidade de posições das mãos (pegadas) que ele oferece é muito grande.
A diferença entre um guidão risebar, onde no máximo o cicloturista obtem duas ou três posições das mãos, mesmo com bar-hands, é muito grande.

Não posso garantir, mas acredito que até as famosas "dormências" das mãos serão no mínimo minimizadas com o uso desse modelo de guidão.

Os manetes de freio e trocadores ficam numa boa posição permitindo fácil acesso aos comandos.

No meu caso, encapei-o com espuma do tipo Beach, usada nos guidãos das bikes caiçaras. Alguns amigos sugeriram encapá-lo com fita de guidão, normalmente usada nos guidões das speeds, mas preferi deixar somente com a espuma, por enquanto. Quero fazer um teste quando pegar chuva.

Enfim, a troca valeu a pena e o guidão fez jus a sua boa fama internacional.
Como sempre digo, Dna. Artrose adorou o novo guidão!


Abraços do Antigão!

sábado, 11 de setembro de 2010

Pedalando para Analândia-SP - Parte II

Para acessar a Parte I, clique aqui)


Bom, gente, a noite chegou e com ela a fome, pois eu comi um lanche por volta das 5 da tarde e sabem como é né, quem pedala tem mais fome do que os comuns dos mortais.


Que tal um miojo sabor galinha caipira, acompanhado de uma meia latinha de atum ralado? Eu gosto!

Preparando o jantar.

Depois que o jantar estava pronto me dei conta que esquecera os talheres. Mas um boa casca de árvore e um canivete afiado fazem milagres!


A noite estava muito escura, sem luar e eu estava praticamente sozinho no Camping. Havia uma ou duas barracas armadas meio distantes. Um cão preto como a noite veio me visitar. Não me assustei embora ele tenha surgido de repente no meio do breu noturno. Acendi o farolete e vi que era apenas um cão em busca de sobras de comida.


De madrugada o tempo mudou um pouco. Ventou bastante e caiu a temperatura. De dentro da barraca dava para ouvir o vento forte balançando as ávores. Saí no meio da madrugada para ir ao banheiro e pude assistir á dança fantasmagórica das ávores balançando ao sabor do vento forte. Estava um frio danado!


Anoite passou e o dia amanheceu sorrindo!
Não levantei cedo. Sabia que o trecho de volta era pequeno, portanto me dei ao luxo de levantar quase ás 8 horas!


O dia amanheceu sorrindo...




com belos frutos e belas flores!...




Preparei meu café da manhã, a base de café solúvel, leite em pó e Club Social. Lavei a louça, desmontei a barraca e me preparei para mais um dia de pedal. Agora meu destino seria Charqueada, na casa de parentes onde a patrôa me esperava com o nosso "poisé".


Despedi-me da montanha, agora envolta pelo sol forte da manhã.


Ao seu lado enciumado esta o Morro do Camelo com suas corcovas proeminentes.


Bike pronta, é hora de pegar a estrada.
 
Até a próxima!



A medida que eu ia descendo a estrada, as montanhas iam se distanciando, como num adeus saudoso e tristonho.
 



novas paisagens iam surgindo no horizonte.





Até bezerros fotogênicos!



Antes de chegar á estrada, um momento de lisonja.



Agora a looonga subida em direção a SP-310



Assim que cheguei ao alto da subida percebi que a volta não seria fácil. Na vinda eu fizera uma média de 14,5 Km/h, mas agora o vento estava forte e contra!
Se permanecesse assim não seria fácil, haja vista que de Rio Claro para Charqueada a gente praticamente só sobe.
Mas vamos embora. Estava pesado até para manter a velocidade no plano, minha média ia cair drasticamente!


Que tal chupar uma laranjinha colhida na hora?! É uma boa pedida, não?!



Hum... azedinha!!!



Parece que estou chegando na SP-310 (Washington Luiz). Devido ao vento contra, demorei bastante para chegar aqui, embora tenha pedalado apenas uns 15 Km.



Desta vez nada de Itirapina!



A bela SP-310!



Creio que mais uns 25 Km e chego na saída para Charqueada. O vento contra continua castigando!
 


Passava do meio dia e meu estômago começou a reclamar. Embora eu estivesse tomando isotônico, levando biscoitos, laranjas, barrinhas de cereal, eu queria mesmo um belo PF! Mal acabei de pensar no assunto, um aroma de carne assada começou e entrar pelas minhas narinas. Senti-me com em transe, levado por aquele aroma, como nos desenhos do Pica-pau, e quando menos percebi estava no interior de uma churrascaria, á beira da estrada.


Tô nem aí, vou encher a pança!


Agora só faltava uma boa rede, sob uma árvore para completar! Sentei na sombra, após o lauto almoço e descansei por meia hora, antes de partir novamente para a estrada.
Aquela garrafa de soda, com umas fatias de limão e gelo, estava supimpa! Eliminou de vez qualquer poeira que ainda restava na minha garganta.


Até a Estradeira, cansada, coitada, tirou um
cochilo na sombra do estacionamento.
Afinal, sendo de alumínio ela disse: Ninguém é de ferro, né?!


Bom, a sombra tá muito boa mas está na hora de pegar a estrada novamente.


Assim, logo cheguei a SP-191, Rod. Irineu Penteado. E tome mais vento contra!



Esse trecho até Charqueada me deixou um pouco emocionado. Lembrei que foi nesta estrada que fiz meu primeiro ciclotur (Charqueada - Rio Claro / Rio Claro - Charqueada) em abril de 2008. Comecei a lembrar de cada detalhe daquele ciclotur enquanto pedalava em silêncio. Foi duro conter o nó da garganta!
Lembrei dos campos verdes, agora queimados pela estiagem.


Mesmo assim as paisagens são belas.



Estava distraído, perdido nos saudosos pensamentos, quando o Sombra, sim ele mesmo, deu uma gostosa gargalhada.


Quando o Sombra dá essa risada já sei que vem coisa boa!





Ah, tá ali a placa! A serra do Passa Cinco!
Esqueceram de dizer na placa que é serra abaixo!


Alguns Kms depois... Estou quase chegando em Ipeuna.






Demorei um pouco nesta ponte, pois um Tatu saiu em desabalada carreira quando me viu e eu fiquei admirando o bichinho.


Pena... mas não deu para fotografá-lo.



Cheguei em Ipeuna. Está um pouco tarde, portanto não vou entrar na cidade, mas posso dizer que é uma cidadezinha muito simpática. Da próxima vez eu entro e fotografo.


Agora só faltam 12 Km para Charqueada. A tarde vai se despedindo bem devagar, suavemente.










Já tinha avistado a cidade, peguei um descidão, soltei os freios. Já no final da descida muitas pedras sobre o acostamento. Como eu vinha em velocidade, desviei de uma, desviei de outra e paft! peguei uma em cheio na roda dianteira! Na hora examinei pneu, aro, tudo ok. Mas, assim que cheguei na casa de minha sobrinha o pneu murchou: furou a câmara!


Bom gente, fim do passeio, cheguei em Charqueada, meu destino.
Agora é banho e jantar.






Foi uma passeio maravilhoso, descontraído, sossegado, muito bom mesmo.


A bike com o guidão novo se portou maravilhosamente bem. Dna. Artrose adorou e aprovou totalmente o novo guidão!


Agradeço a Deus por ter me proporcionado mais este passeio e poder compartilhá-lo com todos vocês.


Agradeço também ao amigo e forista Ricardo que se dispos a me acompanhar em parte desta jornada, tornando-a mais agradável e prazerosa.


Agradecimentos ao pessoal do Projeto Pedra Viva pelo bom acolhimento e gentileza no atendimento.
Site do Pedra Viva: http://www.cuscuzeiro.com.br/


Ida:
85 Km pedalados
Média 14,5 Km/h
Volta:
75 Km pedalados
Média 12,5 Km/h


Total pedalado: 160 Km
Camping R$ 20,00
Refeições R$ 30,00


Baixas: 1 pneu furado.


Camping Pedra Viva = Recomendo.
Guidão Trekking = recomendo.


Um grande abraço a todos e muita PAZ celestial!




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Neste passeio, acabei de testar as pastilhas de isotônico da Suum. Já vinha testando esse produto, tanto com algumas pastilhas que o pessoal da Suum me enviou de amostras gratís, quanto de um tubo que eu adquiri junto ao Site da Suum. Devo confessar que o produto é muito bom, tanto para os treinos quanto para o ciclotur propriamente dito. A grande vantagem desse produto é a sua portabilidade. Um tubo pequeno, leve e fácil de transportar, contém 10 pastilhas. Cada pastilha pode ser dissolvida em 500 ml de água.
No Site da Suum há maiores informações sobre o produto e seu conteúdo.