quarta-feira, 24 de julho de 2013

Cicloviajar, acampar de rede ou barraca, como e o quê cozinhar.

"A Natureza é o único livro que oferece um conteúdo valioso em todas as suas folhas".
Johann Goethe.






Aproveitando esses dias que estou de repouso e longe das bikes, tenho navegado bastante na Internet, contatado muitos amigos e amigas no Facebook e assistido inúmeros vídeos no YouTube.
Encontrei alguns Sites muito importantes para nós que gostamos de caminhar ao encontro da natureza, cicloviajar, acampar e cozinhar no acampamento.
É tão gostoso e acolhedor quando após um dia inteiro de caminhada, escalada ou pedalada, você chega diante de sua barraca ou rede, acende sua fogueira, espiriteira ou fogareiro e prepara o seu jantar. Ah, aquele aroma gostoso invade as suas narinas e o som do borbulhar na panela mistura-se a algazarra dos pássaros que se preparam para mais uma noite de silêncio na mata.
Esse momento de prazer é o reflexo dos preparativos que fizemos a curto, médio ou longo prazo: A escolha e compra dos equipamentos e o conhecimento de como usá-los. 
Ora, para se cozinhar um macarrão, além dos materiais e da estrutura, é necessário saber como cozinhar o macarrão!
Assim, é importante que alguém nos ensine como fazê-lo, não é mesmo?
Com os materiais é a mesma coisa. Precisamos saber o que levar e como levar no acampamento.
Existem um sem número de sites, vídeos, Fóruns, na Internet onde podemos buscar essas valiosas informações. Eu neste artigo separei quatro sites e quero indicá-los a você, caro  leitor.


(para acessar os sites basta clicar nos links)



Para dicas de acampamento, se é melhor acampar de rede ou com barraca, qual a melhor barraca, fogareiro, espiriteira, utensílios e etc., nada como o Site Tocandira, do campista Gasparello:


E, uma vez acampado, o quê e como cozinhar?
A nossa amiga e cicloturista Carol Emboava tem essas e outras respostas. Em seu Site você irá encontrar muitas receitas práticas e rápidas para tornarem o seu dia muito mais saboroso e nutritivo. Você sabe como fazer um pão de queijo delicioso para o café da manhã no seu acampamento? Você sabe que os ingredientes praticamente não ocuparão espaço em sua mochila ou alforge? Para essas e outras respostas acesse o Site:


Mas, no meu roteiro, onde irei acampar?
Dois sites, um mais antigo e já consagrado e outro novo, que estou acompanhando e observando o seu rápido crescimento:
O primeiro contendo uma rica lista de Campings disponíveis por todo o Brasil e o segundo com ótimos artigos e dicas de técnicas de acampamento:


Observo nesses quatro sites listados que o mochileiro, cicloviajante ou campista irá encontrar muito material para os seus acampamentos futuros, não importa onde e quando esteja acampando, ou deseje acampar.


Agora, sem me preocupar em destacar marcas, eu, particularmente, quero descrever os materiais que uso para acampamento e cozinha:

Tenho duas barracas, uma Azteq Mini Pack para acampar em climas mais frios e muito chuvosos e uma Falcon 2 para climas mais amenos e menos chuvosos. As características de ambas podem ser visualizadas no Site Tocandira.


Barraca Azteq Mini Pack




Barraca Falcon 2 da Nautika.





Em lugar de colchonete uso o Isolante térmico inflável da Guepardo, que basicamente atua como isolante e colchonete, simultaneamente.


Isolante térmico auto-inflável Guepardo.




Saco de dormir até então tenho usado o Viper, da Náutika, para 12º Celsius. Não aconselhável para climas extremamente frios. Já dormi com ele numa noite a 0º Célsius,  mas tive que vestir-me de roupas quentes, gorro e cachecol. Para acampar em invernos rigorosos aconselho a compra de um saco de dormir mais apropriado às baixas temperaturas.


Saco de dormir Viper da Nautika.


Para cozinhar, valho-me de uma espiriteira a álcool, que eu mesmo confeccionei (veja AQUI) ou um mini fogareiro a gás da Guepardo.


Mini fogareiro Guepardo.




O kit de panelas eu mesmo montei, com duas marmitas redondas de diâmetros diferentes, de maneiras que cabe uma dentro da outra, ocupando assim menos espaço útil, uma frigideira teflonada sem cabo (eu tirei o cabo), um prato e um copo plástico e um jogo de talheres, composto por faca de mesa, garfo e duas colheres, uma para café e outra de sopa. Ainda disponho de um abridor de latas, pois muitas vezes um macarrão com atum vai muito bem e sem um abridor para abrir a lata de atum, fica difícil.

Abridor de latas convencional.



Marmita maior e a espiriteira.



Tenho um cabo pegador universal para panelas, que pode ser guardado separadamente.



Cabo pegador em alumínio.
Carrego comigo ainda um canivete com lâmina de uns 10 cm e uma faca de caça, que serve para cortar alimentos maiores e outros afins.


Meu canivete e faca de caça.




Nunca precisei mais do que isso para preparar meus alimentos, seja café da manhã, almoço ou jantar. Não gosto muito desses kits de panelas para campings, vendidos em lojas. São caros e não atendem 100% das minhas necessidades.

Com este artigo espero ajudar os amigos que ainda têm dúvidas na aquisição de equipamentos, na confecção das refeições e muitas outras dicas que podem ser seguidas nos sites indicados.

Em tempo: Acabo de comprar dois sacos de dormir novos. Um para o frio e outro para o calor. Assim que testá-los vou comentar aqui no Blog sobre os mesmos.

Grande abraço do ...



sexta-feira, 19 de julho de 2013

Cateterismo e Angioplastia - Agora vai!

Aqui fora, no calor aconchegante de nossos quartos, contamos carneirinhos para poder dormir. Na noite passada fiquei contando as gotas de soro que corriam para  minha veia. Difícil dormir picadinho, com um monte fios e mangueirinhas transparentes cruzando pelos nossos corpos. E as gotas de soro pingando, uma a uma... 1, 2, 3, 10, 100, 1000! Mas pera aí, deixa eu contar tudo desde o começo:



Cateterismo Cardíaco marcado para às 10:30 horas, do dia 18/07/2013 no Hospital São Paulo, em São Paulo. Na noite de quarta-feira, dia 17, a última refeição à meia noite. Depois jejum total. Água apenas o suficiente para engolir o remédio da pressão alta.



Cheguei ao Hospital por volta das 9:30 horas da manhã, acompanhado de minha filha. Logo um médico avisou a todos os pacientes que houvera um contra-tempo, portanto iriam atrasar um pouco os procedimentos.

Lembro-me de ter sido chamado por volta das 13:30 horas para os preparativos e procedimento. A fome nem tanto, mas a sede deixava a minha boca seca, muito seca. Por várias vezes tive que molhar a boca enquanto aguardava a chamada na sala de espera.
Assim que fui chamado a adrenalina subiu. Dizer que põe o dedo no fogo e não queima é coisa de machista mentiroso. Eu estava mesmo com medo! E se eu estivesse dentro daqueles 0,05% que enfartam ao fazer o procedimento, como dizia o dado estatístico que estava no panfleto que me fora dado dias antes? Oh, Deus, não quero pensar nisso!, comentava eu com meu cérebro que insistia nesse assunto.

Entrei na sala de Hemodinâmica, tirei toda a roupa e pus aquele avental que eu chamo de "Bundefora", fazendo alusão ao personagem do desenho da Vaca e o Frango.


Logo um enfermeiro veio, pegou uma veia do pulso esquerdo e instalou um acesso.

Vamos então Sr. Waldson! Disse uma enfermeira muito gentilmente, convidando-me a ir para a sala de cirurgia. Lá fui eu, pernas trêmulas, mãos suando, pedindo e confiando em Deus que tudo daria certo.

Dores: Dizer que não dói é mentir descaradamente! Dói a agulhada da anestesia local, na virilha, e quando o condutor é enfiado na veia femural. Não é uma grande dor, mas não se trata de um procedimento totalmente indolor, como muitos me disseram, talvez para me animar.
A partir do momento que se deita na mesa é totalmente proibido se mexer. O paciente vira uma estátua.

Logo que o cateter é introduzido também o é o contraste. Senti muita náusea, uma vontade de vomitar tudo aquilo que eu não tinha no estômago. Logo me deram plasil, para passar a náusea. Foi ótimo e eu me senti um pouco melhor, embora a sensação desagradável só termina quando findam os procedimentos.
Enquanto o cateter vai sendo introduzido pela veia femural, no meu caso, um artefato retangular enorme fica passeando prá lá e prá cá diante do tórax do paciente. Houve momento em que quase ele bateu no meu nariz. A enfermeira disse que, neste caso, eu poderia mexer a cabeça para desviar daquele treco.

De tempos em tempos o cirurgião e sua equipe vai perguntando se está tudo bem.

Qual não foi a minha felicidade quando o médico disse, pronto, acabou! Pensei comigo, graças a Deus, já posso ir para mina casa! 
Contudo eis que surge ao meu lado o médico chefe da equipe e diz:

Sr, Waldson, lamento mas uma das suas coronárias está muito entupida, passando apenas um pequeno filamento de sangue para o coração. Normalmente nós fazemos o cateterismo, liberamos o paciente e se houver qualquer problema ele marca um retorno para outros procedimento. Não posso fazê-lo no seu caso, pois o senhor poderá enfartar mesmo antes de chegar em casa, tal é a gravidade. Preciso de sua autorização para fazer uma Angioplastia e terminou perguntando: O Sr. sabe o que é uma Angioplastia?
Respondi afirmativamente, comentando que lera tudo a respeito nos últimos dias. Ele sorriu e disse: Ah, o dr. google, não?!
Autorizei o procedimento e a equipe médica foi falar com minha filha sobre os novos procedimentos a serem realizados.
O médico me avisou que aquele novo procedimento era mais delicado e portanto mais demorado, que eu ficasse calmo, que não iria doer nada e que tivesse paciência. Assim o fiz.



Assim, colocaram um Stent numa de minhas coronárias e o inflaram com um balão. Segundo o médico, não irei mais sentir dores no peito ao praticar atividades físicas, bastando agora me ater fielmente às regras de recuperação e repouso.

Por volta das 16:30 horas eu já estava no leito da enfermaria. Foi-me comunicado que ficaria internado e minha filha que me acompanhava tratou dos procedimentos da internação.
Na mesa de cirurgia o médico me dissera que o condutor ficaria na minha virilha até ás 17:50, quando então seria removido.
Eu estava com fome e com sede quando ocupei o leito 04. A enfermeira disse que eu só poderia comer alguma coisa ou mesmo beber água após a remoção do condutor (um tudo de acesso que serve de entrada para o cateter, tal qual aqueles acessos nas veias, porém com um diâmetro muito maior).

Deu a hora da retirada do condutor e nada! A enfermeira me informou que o médico fora chamado na UTI e que iria demorar. Eu estava ali imóvel e com fome.
Precisamente às 20 horas o médico apareceu para retirar o condutor. Após a retirada daquele instrumento, fez o curativo e me avisou que eu só poderia mexer a perna, sentar ou mesmo levantar o tórax 4 horas depois, isto é, a meia noite!
A enfermeira muito simpática forrou como pôde o meu tórax e pescoço com toalha de papel e eu jantei deitado. Reconheço, não é lá uma posição muito agradável de se jantar, mas para quem comera á meia noite do dia anterior, estava ótimo! Depois do jantar um todynho num canudinho e pronto, agora era esperar dar a hora de poder sentar-se. Meu cóccix estava doendo muito! Ainda bem que o problema com as minhas hérnias cervicais foi contornado mediante um rolo feito com um avental que eu introduzi entre a nuca e as costas. 
Contando gotinhas de soro a horas foram passando lentamente e quando faltavam 15 minutos para a meia noite a enfermeira me avisou para começar a mexer a perna, pois ela iria me liberar em 15 minutos. Óh, que alívio, pode mexer a perna que estava a muitas e muitas horas estática.
Logo pude sentar, ir ao banheiro, tomar uma água sozinho num bebedouro próximo, que delícia! A gente só dá valor a alguma coisa quando se perde a coisa em questão! Sentar naquele momento foi tão bom. 
Havia mais 4 pacientes no quarto. Todos com problemas de arritmia cardíaca ou angioplastados como eu.

Passava da uma hora da manhã quando me deitei para dormir realmente, pois eu poderia dormir de lado.

Acordei ás 5 com a enfermeira me chamando para fazer um eletrocardiograma de rotina. Dormi mais um pouco e logo por volta das 7 o médico apareceu para me dar alta.

Agora estou em casa. Três dias de repouso absoluto e mais 7 de repouso moderado. Medicação rigorosa e retorno com a cardiologista só em 8/8/13. Até lá nada de pedalar, caminhar ou qualquer outro exercício físico. Depois... bom depois pertence a Deus e eu estou nas mãos Dele.

Agradeço a Deus por tudo que Ele tem feio na minha vida e a todos os amigos e amigas que, cada um ao seu modo, têm orado, rezado ou torcido pela minha total recuperação. 

Um grande abraço de coração novo do...


segunda-feira, 15 de julho de 2013

Tá estressado? Vá pescar!

Quem ainda não viu ou ouviu a frase "Tá estressado, vá pescar!"? Bom, eu estava estressado, então segui o conselho do ditado popular e fui pescar.


O Rio Paraíba do Sul




Essa minha parada obrigatória, ou pausa pungente, como costumo chamar, vai criando uma expectativa tão grande que em determinado momento me pego estressado, querendo que alguma coisa aconteça logo para me tirar desse marasmo.
Sexta-feira, 12/07/13, pensei, ora se não posso caminhar nem pedalar, posso pescar! Afinal pescando não estarei me esforçando fisicamente. Pelo contrário, pescando estarei relaxando e entre uma fisgada e outra, vou colocando a casa mental em ordem.

Já era de tardezinha quando saí correndo atrás de ingredientes para fazer uma massa que me faria pescar todos os peixes do Rio Paraíba do Sul. Pelo menos acredito que todos os pescadores pensam assim quando estão preparando suas massas - iscas - para pescar.
Massa preparada, tralha ajeitada, joguei tudo no porta-malas do carro e aguardei a chegada do dia seguinte, sábado pela manhã.

Acordei por volta das 5h30m muito bem disposto sabendo via meteorologia que o dia seria belo e ensolarado. Como não dirijo á noite e ainda estava escuro, aguardei até o dia ficasse bem claro para sair de casa. Escolhi a cidade de Paraibuna, no Vale do Paraíba, pois já conhecia o pesqueiro Mandizeiro, naquela região, sabendo-o seguro e com uma boa infra-estrutura pesqueira.

Av. Aricanduva, Marginal Tietê, Rodovia Airton Senna da Silva e lá estava eu seguindo em direção á Mogi das Cruzes. Emocionei-me ao passar pelos caminhos que muitíssimas vezes fiz de bicicleta, sentindo o vento fresco da manhã a acariciar o meu rosto. Na SP-88, pouco a frente de Salesópolis me veio á mente o pedal feito em janeiro/13 em companhia de amigos, quando passei mal, sentindo muita falta de ar e as vistas turvas. Seria já na naquela época o prenúncio dos males que estou enfrentando agora? Só Deus o sabe.

Fui devagar, apreciando a paisagem, embora eu bem que preferia estar de bicicleta, pois a bike anda na mesma velocidade da natureza, permitindo uma melhor apreciação da paisagem.

A Rodovia dos Tamoios está em obras de duplicação, aliás, fica aqui o aviso aos amigos cicloturistas, que está impraticável pelar por essa rodovia. Assim, demorei um pouco para fazer os 18 Km do trevo até a entrada da Estrada da Represa de Paraibuna.




Que gostoso rever o Rio Paraíba do Sul e suas águas tranquilas! Se bem que o vi quando voltávamos de uma cicloviagen ao Sertão da Bocaina, mas é diferente poder pescar em suas águas.

O Mandizeiro Pesca e Lazer - http://www.mandizeiro.com.br/





Cheguei ao pesqueiro, montei a barraca e fui pescar. As margens do rio estavam lotadas de pescadores. Foi difícil encontrar um lugar para jogar o anzol no rio. Logo fiz amizades com as pessoas que pescavam á minha volta e descobri tristemente que nenhum deles havia pescado um peixe sequer. Nem beliscando os peixes estavam. Bom, então o problema não é de minha massa (isca) insuperável. Os peixes é que estão preguiçosos ou sem fome!
As horas passaram e nada! O pessoal me avisou que a melhor isca para o local era o queijo. Queijo???!!! Haveria peixe rato por lá? O Marcelo, neto do Sr. Otavio, brincou dizendo que treinou os peixes para comer queijo, haja vista que ele vende queijo na lanchonete. Não hesitei, fui á lanchonete do pesqueiro e comprei um naco de queijo. Para ficar melhor ainda andei uns 100 metros e fui a uma casa que vendia minhocas. Comprei um pote de minhocas por R$ 5,00.

Erro de concordância na plaquinha, mas deixa prá lá. Gente muito humilde.




Agora ninguém me segura, pensei! Massa, minhoca e queijo é tudo o que eu preciso para tirar o maior peixe do rio! Ledo engano! A manhã passou, bati um marmitex lotado até a boca, descansei um pouco e fui para a beira do rio novamente. A tarde passou e nada! O meu consolo era saber que os demais pescadores também estavam frustrados por não pegar um peixe sequer.

O pesqueiro abre ás 6 da manhã e fecha ás 19 horas. Após esse horário só fica quem contratou a pescaria noturna. Um senhor japonês e eu ficamos. Pouco antes das 19 horas fui á lanchonete para comer um lanche caprichado, afinal a noite seria longa. Os pescadores que se foram deixaram comigo as suas iscas: minhocas e bichinhos. Infelizmente ninguém deixou um bom pedaço de queijo.


Lanchonete do pesqueiro.


Após o lanche fui para a beira do rio. O Sr. Otávio deixou acesas as luzes dos locais onde ficaríamos. Mesmo assim a head lamp ajudou bastante.
Estava tudo calmo quando a linha deu um puxão e lá veio um Mandi Chorão no queijo. Trouxe-o até a beirada, mas como tinha capim a linha deu uma enroscada e o danadinho se mandou levando o anzol e empate tudo junto. Caramba!
Não demorou e outro puxou. Este não perdi. Depois mais outro, mais outro, mais outro. Até meia noite peguei uns 15, fora os pequeninos que eu jogava no rio pedindo que mandasse o pai dele para o anzol. Outros peixeis, tais como Piaba, Curimbatá, Traíra, nada! Só Mandi e com queijo.

O Mandi chorão ou Mandi amarelo. (Foto da Internet). 


é 

Meu queijo estava acabando e o intervalo entre um peixe fisgado e outro começou a ficar muito grande. O sono bateu. Fui até o amigo "japonês" e ele também só tinha pegado Mandis. Estava frio, pois estávamos envolvidos na grossa neblina. Em determinado momento fui até a barraca e esta estava molhadinha do sereno forte.

Eram 2 horas da madrugada do domingo e eu havia fisgado apenas mais 5 Mandis. O sono falou mais forte. Recolhi todas as tralhas e fui para a barraca dormir. Que frio!!! Entrei no saco de dormir, fechei o ziper até o pescoço e peguei no sono imediatamente.

Acordei pouco depois das 6 horas com o barulho de pescadores que estavam chegando. Abri o ziper da barraca mas não tive coragem de por meu pobre corpo quente naquela friaca danada.

Foto do rio ás 7 horas da manhã: um gelo!


Pouco depois levantei, afinal eu tinha que ir para casa. Quando levantei vi que o Japonês já se fora. Ele é conhecido do pessoal do pesqueiro. Arruma as coisas e quando o portão abre pela manhã ele já está pronto para ir embora.

Desmontei tudo, joguei no porta-malas do carro e fui tomar um café bem quente com pão e manteiga na chapa.
Acertei as contas, despedi-me do pessoal e peguei a estrada de volta para casa. Próximo das 10 horas da manhã eu já estava colocando o carro na garagem.

Foi um final de semana muito legal e desestressante. Voltei com outro ânimo.

Sabem qual foi o prato do dia de segunda-feira? Mandi frito! Uma verdadeira iguaria.

Assim, recomendo a todos que se acham estressados, uma boa pescaria de Mandis amarelos, hehehe!

Agradecimentos ao pessoal do Mandizeiro Pesca e Lazer - www.mandizeiro.com.br

Grande abraço do...




segunda-feira, 8 de julho de 2013

O novo setup da dobravél "Nanika".

Já fiz várias publicações sobre os upgrades efetuados em minha bike dobrável, deixando-a otimamente preparada para cicloviagens médias e longas.
Para acessar estes artigos clique AQUI1.
Neste artigo, após vários upgrades, vou colocar a configuração da Nanika como está neste momento, 08/07/2013.



Como disse o amigo e cicloturista Fábio Tux, implementações nunca se findam, pois sempre estamos procurando alguma mudança que irá tornar a nossa bike de cicloviagens mais confortável, mais bonita e mais resistente. 
Quando eu era menino as crianças nervosas, que mexiam em tudo, que não paravam por nada neste mundo, diziam-se que estavam com "faniquito". Eu não faço nem idéia do que seja o "faniquito" em sua essência, mas creio que deva existir também um "faniquito" para os irrequietos amantes de ciclismo de um modo geral.
Duvido encontrar algum ciclista, ou ciloturista que não esteja imaginando uma atualização para a sua bike, suas tralhas ou até mesmo a troca completa do equipamento.

Neste último acesso de faniquito cicloturístico instalei um novo par de pedais dobráveis na dobrável. Agora um par de MKS em alumínio, com rolamentos, lindos demais. Os antigos pedais dobráveis, mas de plástico não me inspiravam tanta confiança. A impressão que eu tinha ao pedalar a bike carregada nas subidas é que eles iriam se desfazer a qualquer momento, pois não foram projetados para cicloturismo com bike carregada. Nem tudo o que é excelente para uso urbano pode ser bom para cicloturismo.





O cicloturismo, por sua própria característica, exige uma bike um pouco mais robusta, pois pressupõe que a bicicleta estará sempre carregada com alforges cheios e pesados, barraca, saco de dormir, colchonete, dentre outras tralhas para acampamento. Temos ainda as distâncias a serem percorridas, que muitas vezes ultrapassam os milhares de Km. Outro fator é o tipo de estrada, que pode ser asfalto, terra, barro, cascalho, ou um misto disso tudo.
Assim, para cicloviagens de média ou longas distâncias é necessário um equipamento de boa qualidade, equipado com peças confiáveis, pois nem sempre teremos uma bicicletaria á mão em caso de quebras.
Há pouco tempo escrevi e publiquei aqui no Blog um artigo sugerindo uma configuração de bicicleta para cicloturismo. Veja AQUI2.

Não é o preço do quadro ou das peças a serem adquiridas que irão determinar a configuração de uma bike ideal para cicloturismo, mas a qualidade e confiabilidade das mesmas.
Muitos modelos de quadros e garfos, assim como os grupos de peças, são desenvolvidos para bicicletas de competição e levam em consideração a qualidade e o peso, portanto seria um desperdício utilizar-se desses quadros e peças para a montagem de uma bicicleta de cicloturismo, haja visto que o peso nesse caso não é relevante.
Outrossim, deve haver um equilíbrio no conjunto, pois não adianta montar grupos caríssimos e de alta performance num quadro e garfo de qualidade duvidosa. A recíproca também é verdadeira. Por esta e outras razões que os cicloturistas "montam" as suas bikes.

A Nanika, alvo deste artigo, foi praticamente remontada, mantendo poucas peças originais.


A Nanika em sua cicloviagem inaugural.



Vamos então à configuração atual:

Guidão: Modelo Flat original de fábrica, equipado com bar-hands em alumínio.
Garfo dianteiro: Original em aço carbono.
Quadro: Soul, fabricado pela Dahon, dobrável, em aço carbono.
Selim: Velo Plush em gel, modelo largo, com elastômeros.
Canote: Original longo em aço carbono reforçado.
Roda Dianteira: Aro 20", em alumínio parede simples, pintada de preto brilhante.
Roda Traseira: Aro 20", Vzan, Aero Escape, parede dupla.
Raios: Inoxidáveis em ambas as rodas.
Cubo dianteiro: Esferado, original em ferro, 74 mm entre flanges, sem blocagem.
Cubo traseiro: Esferado, Shimano Alívio Parallax, alumínio com blocagem, 36F.
Pedivela: Shimano, 170 mm, coroa dupla, 39/53 dentes.
Pedais: MKS, rolamentados, em alumínio, dobráveis.
Câmbio dianteiro: Shimano Sora, 2V, Braze-on, instalado com adaptador especial para quadros Dahon.
Câmbio traseiro: Shimano Altus, 8V, modelo com roldanas de 15 e 13 dentes, cage curto.
Trocadores: Shimano Altus S/Manetes.
Manetes de freio: Shimano Alívio.
V-Brake: Original em alumínio.
Conduítes e cabos: Originais e Shimano.
Corrente: Shimano HG-53, com Power Link Sram.
Catraca/Cassete: Cassete Shimano Deore de 8V, 14/34 (Mega Range)
Pneu dianteiro: Maxxis Grifter, 20 X 1.85
Pneu traseiro: Schwalbe Marathon Plus, 20 X 1.75
Câmaras: Kenda 20" bico grosso.
Bagageiro traseiro: Wencun em alumínio, pintado de preto fosco (Com hastes adaptadas).
Bagageiro dianteiro: Tranz-X, modelo CD-220.
Lanternas traseiras: Duas Vista Light Cateye LD 170 com pilhas recarregáveis.
Farol: Q-Lite GL 233, 8 Leds, 4 Funções com pilhas regarregáveis.
Ciclocomputador: Cateye Velo 5 com fio.
Espelho retrovisor: Zefal Spy.

O que poderá ser substituído futuramente:

Pedivela para coroas 50/34
V-Brake original para Shimano Altus.
Ciclocomputador para Cateye Velo 8.
Cubo dianteiro (Em estudo para modelo em alumínio com maior possibilidade de manutenções).
Roda dianteira para parede dupla, caso o cubo dianteiro possa vir a ser compatível.

A bicicleta está pronta para enfrentar as mais longas distâncias, mas... e a tralha? Em breve postarei aqui no Blog o que eu carrego, e como carrego, nas minhas cicloviagens para acampar e preparar o meu próprio alimento. Não percam!

Por ora, muito obrigado por prestigiar o nosso Blog!

Grande cicloabraço do...









sábado, 6 de julho de 2013

São Paulo, SP a Ilha Grande, RJ, pedalando e acampando.

Olás,

Muita gente me pergunta por rotas e Campings, saindo de São Paulo, Capital, para chegar até Angra dos Reis/Ilha Grande, RJ, ou mesmo Ilhabela, Paraty, etc.





O trecho até Paraty, RJ já fiz inúmeras vezes e uma vez até Ilha Grande, RJ.
Para fazer esse trecho, prefiro sempre a Rodovia Rio-Santos (BR - 101).

É um trecho bastante povoado, com muitos recursos para o cicloviajante e marcado por paisagens lindas e exuberantes. Se partirmos da Praça da Sé, em São Paulo, passando por Mogi das Cruzes, descendo a Rodovia Mogi-Bertioga, serão aproximadamente 450 Km, com boa parte á beira mar.






Em todo o trecho existem muitas opções para passar a noite: Hotéis, Pousadas e Campings.

Neste artigo gostaria de apresentar aos nossos leitores as opções de Camping. 
Na minha modesta opinião acampar significa estar mais próximo à natureza, bem como trazer uma boa economia de Reais à cicloviagem. Talvez alguns até argumentem que acampar dá mais trabalho, pois há que se montar e desmontar a barraca diariamente.  Cozinhar então, há quem não saiba fritar um ovo, portanto não há como fazê-lo. 
Concordo, mas se esse trabalho for bem planejado, se torna rápido e também prazeroso. Eu, como todos sabem, procuro cozinhar as minhas próprias refeições, café da manhã, etc. Ninguém é capaz de imaginar o "milagre" da multiplicação que eu consigo com uns poucos reais!
Na Ilha do Cardoso, PR, um quarto na Pousada, só para dormir, sem café da manhã, ficava em R$ 40,00 a diária, ao passo que o Camping R$ 15,00. Em dois dias na Ilha acampado economizei R$ 50,00. Como cozinhei pelo menos uma refeição por dia na barraca, com os R$ 50,00 comi refeições fora em dias alternados, café da manhã, sem gastar mais por isso.




Mas, voltando as rotas e Camping: Para quem decide chegar ao Litoral Norte, a partir de Mogi das Cruzes, temos duas opções de caminho:

  • 1 - Descer pela Rodovia Mogi-Bertioga, pedalarmos até a Praia de Boracéia e acamparmos por lá.
  • 2 - Seguir no sentido Salesópolis, acampar em Salesópolis e continuar a descida pela Rodovia dos Tamoios, parando para acampar já em Ubatuba.
(Clique nos nomes dos Campings para acessar os links e as informações dos mesmos)

Na opção 2, embora a descida pela Rodovia dos Tamoios seja bastante emocionante, sairemos á frente de São Sebastião, perdendo uma estadia bela e maravilhosa em Ilhabela, o paraíso da vela no litoral norte paulista. http://www.ilhabela.com.br/. Ainda na opção 2, a noite em Salesópolis será no Camping  Portal Salesópolis. Este Camping, embora tenha uma acolhida nota 10, ainda não possui toda estrutura necessária a um camping. Apenas um banheiro/chuveiro quente e uma cozinha comunitária. Mas, para uma noite de passagem, o cicloturista ficará numa boa.

Na opção 1, a primeira parada para acampar é na Praia de Boraceia I ou II. Essa nomenclatura I e II se dá devido a divisão da praia em dois municípios, Bertioga e São Sebastião. Em Boracéia I temos o Camping Beira Mar. Este Camping vem se reestruturando com a reforma das áreas de banheiros, lava-louças, lava-roupas. Há um restaurante e um bar no camping, que ficam praticamente na areia. Devido ser área de acesso á praia e estacionamento, nos finais de semana ou feriados, há muito barulho nas proximidades da área de acampamento.
Se o cicloturista pedalar mais um pouco entrará no município de São Sebastião e poderá então ficar num Camping mais sossegado, sem muita agitação: É o Camping Ilha do Mel. Um ótimo Camping, com boa estrutura.

Nossa próxima parada é na Praia de Boiçucanga, também no município de São Sebastião. Nesta praia, ao pé da famosa Serra de Maresias, mais precisamente na Estrada do Cascalho, vamos encontrar um excelente Camping: O Morada dos Colibris. Este Camping fica próximo a padarias, restaurantes e todo o comércio local de Boiçucanga.

Próxima parada: Ilhabela. Em Ilhabela, próximo á balsa, na Av. Princesa Isabel, encontramos o Camping Palmar. Um dos Campings mais completos da região. A grande vantagem desse Camping  além se sua excelente estrutura, é a localização. Estando há apenas 1 Km da balsa, permite que o cicloturista acesse rapidamente a rodovia de volta na manhã seguinte, para seguir em direção ao RJ.






Em Ubatuba temos o Camping Usina Velha. Este Camping, como o Ilha do Mel em São Sebastião, Beira Mar em Bertioga, fica á beira da rodovia, portanto fácil acesso. Um ótimo Camping, próximo á padarias, lanchonetes, ou seja, toda estrutura necessária ao cicloturista.





Bom, agora vamos sair de São Paulo para entrar no Rio de Janeiro.


No Rio de Janeiro, vamos parar em Paraty, onde conheço dois bons Campings. O CCB RJ 04 - Paraty. Este Camping fica na Praia do Pontal, bem próximo do Centro Histórico. Como a Praia do Pontal é pequena, fica muito fácil de encontrar o Camping, que fica de frente para a praia. A estrutura é um pouco antiga, mas suficiente para atender o cicloturista. Portaria com segurança dia e noite, os guardas são muito educados e gentis.






Ainda em Paraty, um pouco mais distante do Centro Histórico, temos o Camping Jabaquara, na Praia do mesmo nome. Também um bom Camping. Para quem gosta de sossego o Jabaquara é melhor devido estar mais distante da cidade. Mas, para quem quer aproveitar para conhecer e curtir o Centro Histórico, o CCB RJ-04 está mais á mão.

Próxima parada: Vila Histórica de Mambucaba, em Angra dos Reis. Em Mambucaba conheci o Guaia Camping.

Rua das Flores, 5 A, Vila Histórica de Mambucaba, Angra dos Reis, RJ.
Fones: (24) 3362 - 2244 * 9945 - 6365

Facebook = https://www.facebook.com/sandra.magalhaes.73307

Acrescento aqui que este Camping não tem site oficial. É um Camping pequeno mas muito aconchegante.


Em Angra dos Reis pegamos uma barca e finalmente estaremos em Ilha Grande.

Nesta Ilha existem inúmeros Campings muito bem estruturados, reconheço, mas eu indico o Alfa Camping. Já me hospedei por lá, por vários dias e me senti á vontade. Esse Camping, como em toda a Ilha, recebe muitos turistas estrangeiros, cicloturistas, mochileiros, etc.






Vale a pena aventurar-se nessa cicloviagem acampando, cozendo o seu próprio alimento, conhecendo pessoas, fazendo novas amizades e sentindo todo o prazer que o cicloturismo pode proporcionar ao ser humano. O visual é de uma beleza ímpar e, nesta época do ano, fora da temporada de verão, tudo estará mais barato, as praias mais desertas, o trânsito de veículos na estrada bem mais calmo, ou seja, tudo como o cicloturista gosta.




Distâncias aproximadas:

  • São Paulo, Capital, a Praia de Boracéia II, Camping Ilha do Mel (Via Rodovia Mogi-Bertioga) = 133 Km.
  • Camping Ilha do Mel a Camping Morada dos Colibris = 30 Km
  • Camping Morada dos Colibris a Camping Palmar = 40 Km
  • Camping Palmar a Camping Usina Velha = 84 Km.
  • Camping Usina Velha a CCB RJ-04 = 74 Km
  • CCB RJ-04 a Guaia Camping = 45 Km
  • Guaia Camping ao embarque das Barcas S/A. = 56 Km

Link para Barcas S/A (lembrando que bicicletas pagam tarifa de embarque)

Um grande abraço do... Antigão.