sábado, 26 de setembro de 2015

Utensílios de cozinha nas cicloviagens.




Olás, meus amigos e minhas amigas, boa tarde!

Muita gente se e me perguntam o que eu levo nos meus alforges, quando parto em cicloviagem autônoma.
Hoje vou falar sobre a minha tralha de cozinha e, posteriormente em outros artigos, falaremos nos demais apetrechos que costumo carregar nas minhas viagens.

Não comprei um kit de utensílios de cozinha desses já preparados. Creio que desde que comecei a fazer cicloturismo, nem havia esses kits para vender. Eu mesmo montei o meu kit, de acordo com as minhas necessidades.

Na foto abaixo tem tudo o que eu preciso para preparar um café, um almoço e até um jantar. Parece pouco, né?



Se tirarmos as coisas que estão dentro de cada item, isso vai ficar assim:


Sem contar a frigideira e o canivete que não aparecem nesta foto.



Bom no estojo, á esquerda, temos uma colher pequena, uma colher grande, o canivete e um garfo. No estojo plástico, próximo ao copo, temos o mini-fogareiro e o isqueiro e, dentro da marmita grande, temos a marmita menor, metade de uma pedra de sabão e uma esponja de lavar louça.


Fui a uma loja de produtos a partir de R$ 1,99 e comprei as duas marmitas, de maneiras que uma coubesse dentro da outra, visando ocupar o menor espaço possível. Comprei também um prato de plástico maleável. É bom observar que os pratos de plástico rígido se partem com facilidade, principalmente quando jogamos os alforges no interior do bagageiro de ônibus.
Na mesma loja comprei uma frigideira pequena o bastante para fritar ovos e pesar pouco. Para ocupar menos espaço serrei o cabo da frigideira.

Frigideira pequena com Teflon para não grudar o alimento.


Frigideira com o cabo serrado.



Bom, marmitas sem cabos, frigideira com cabo serrado, como levar ou tirar esses utensílios do fogo?
Um cabo de panelas universal resolveu esse problema!

Cabo universal. Muito prático e levíssimo!







O fogão:

Atualmente tenho usado um mini fogareiro da Nautika, bem como cartuchos de Tekgás de 230 g. também da mesma empresa.
Já usei muito espiriteiras, tanto as caseiras quanto uma Aztec, que tenho guardada. Por que mudei para o fogareiro a gás? Ocorre que o álcool que outrora era 92,8° INPM (https://pt.wikipedia.org/wiki/Grau_INPM) hoje é 46 ° INPM. Esse álcool muito diluído em água praticamente não pega fogo, sendo impossível cozinhar qualquer alimento com ele.
Ah, mas alguém poderia dizer e o Etanol, vendido em Postos de Combustíveis? Esse sim, acho melhor e mais econômico que o gás, sem dúvida. Mas... há três poréns a serem considerados:

  1. O Etanol preteja o fundo dos utensílios, necessitando de palhas de aço e muito detergente para sua limpeza.
  2. Os Postos de Combustíveis exigem a presença de um recipiente próprio (galão), aprovado em lei, para vender o Etanol nas bombas de combustíveis. Um cicloturista não tem como carregar o galão por aí, na bicicleta.
  3. Transportar o Etanol em garrafas plásticas pode ser muito perigoso, pois pode haver vazamentos e provocar incêndio.
Portanto, optei pelo cartucho de gás Tekgás, muito mais seguro e o mini-fogareiro. Há vários fabricantes de mini-fogareiro, eu, particularmente, uso um da Nautika.



E o consumo, é a pergunta que todos fazem. Eu nunca medi o consumo. Valho-me de um artigo, publicado no Site dos Mochileiros para ter uma ideia de consumo.


 Sempre levo um cartucho em uso e um novo, dependendo dos dias que ficarei fora em cicloviagem.

O fogareiro vem dentro de um  prático estojo plástico. Dá para por o fogareiro, com seu acendedor e um isqueiro mini.

Estojo do fogareiro



O canivete camuflado é da Nautika. Além de muito afiado, ele tem uma trava que não permite a lâmina fechar na mão do usuário inadvertidamente, provocando ferimentos graves.



Eu costumava levar também uma faca de caça, mas achei melhor não levar mais a faca, pois a polícia poderia me enquadrar por porte de arma branca. O canivete satisfaz plenamente as minhas necessidades na cozinha do acampamento.
Para comer frutas no caminho, levo na cintura, em bainha de couro, um canivete sem ponta.

Finalmente um copo plástico, com tampa, pois previne a queda de insetos quando em repouso com algum líquido dentro e um abridor de latas, que não está na tralha, uma vez que eu o estou usando na cozinha de casa.


Pano de prato, guardanapos, rolo de saquinhos plásticos de 2 Kg, tudo isso é importante ter na cozinha do acampamento, independente do que iremos por na panela para cozinhar.

Falta-me confeccionar um quebra vento em chapa de alumínio. Já tenho de cabeça o projeto, mas ainda não o coloquei em prática. Quem sabe em outubro agora eu o desenvolva.

Bom, agora vamos às dimensões dos apetrechos citados:

  • Marmita grande: Diâmetro: 18,5 cm. Profundidade: 7 cm.
  • Marmita pequena: Diâmetro: 13,5 cm. Profundidade: 6,5 cm.
  • Frigideira: Diâmetro: 19 cm. Profundidade: 3,5 cm.
  • Canivete aberto: Comprimento: 19 cm com 8 cm de lâmina.
  • Canivete fechado: 11,5 cm.
  • Estojo do fogareiro: Alt. 6,5 cm, Larg. 6,5 cm, comprimento 10 cm.
  • Prato plástico: Diâmetro 22 cm. Profundidade 3 cm
  • Copo Plástico: Altura 12 cm. Diâmetro 7,5 cm.
  • Cartucho de Gás: Diâmetro 9 cm. Altura 11 cm.
Peso de toda essa tralha: 1,300 Kg. (Obs. incluso o cartucho tekgás cheio).

Por enquanto é isso. No próximo artigo abordaremos os alimentos que costumo levar nas cicloviagens. Lembrando que, atualmente na condição de diabético, tive que mudar bastante a minha alimentação no acampamento.

Obrigado por prestigiar o nosso Blog e um grande abraço do...




domingo, 20 de setembro de 2015

Pedal no Parque Ecológico e um tombo caprichado!

Olás, meus amigos e minhas amigas que sempre nos prestigiam com as suas presenças. Boa tarde!


Amanheci com dores lombares na manhã de hoje. Aliás, desde ontem estava com dores lombares.
Ah, não é uma dorzinha qualquer que irá me impedir de pedalar num domingão lindo e cheio de sol!
Passei pomada na lombar, tomei um Dorflex e saí para o meu pedal dominical.
Antes de continuar, deixe-me fazer um parêntese: Nos dias anteriores pedalei com a Nanika, que é "Hard Tail" (termo usado para bicicletas sem suspensão ou balança traseira) e fiquei com dores lombares. Logo pensei, será que meu corpo já se habituou com a Full Suspension?

Para quem não conhece, esta é a Nanika. Aro 20", dobrável.


E esta é a Full Suspension - O sofá das estradas!


Quando pedalo com a full, nem uso bermuda de ciclismo, almofadada. As suspensões dianteira e traseira amortecem todas as imperfeições do terreno.
Assim, creio que o meu corpo já se acomodou ao conforto da full e quando pedalo com a Nanika, que é mais dura, ando sentindo dores lombares. Só me faltava essa!
Mas, voltando ao pedal de hoje, mediquei-me como disse anteriormente e saí pedalando normalmente em direção ao Parque Ecológico do Tietê. Fazia muito tempo que eu não ia para aquelas bandas. Só o fiz porque no Parque do Carmo tem muitas subidas e como eu estava com problemas na lombar, não queria forçar.

Saindo de casa.


Quem disse que eu não pedalo na Marginal do Tietê?


A ciclovia abaixo foi inaugurada pelo Luciano Ramos e eu, numa de nossas cicloviagens. Naquela época ficamos até com medo de sujar os nossos pneus de tinta, hehehe. Atualmente está toda remendada.



 Cheguei!


O Parque está do mesmo jeito que eu o conheci anos atrás. Estava repleto de ciclistas individuais e aos grupos.
O Parque é todo plano e cada volta interna tem em torno de 4.500 Metros. Um carro de segurança privada fica rodando o tempo todo pelo Parque e, nas portarias, têm guardas.

O Sombra, que sempre me acompanha, não saiu bem nas fotos hoje.


Antigão todo feliz.




Os cisnes pedalinhos.


Os Quatis pedindo comida!




Na Ilha dos Macacos.



Os macacos chegando para beber água.



E chegou a hora de voltar para casa. Imagino que até chegar em casa dará por volta de 50 Km pedalado, o que está de bom tamanho para quem saiu de casa com dores lombares.

Voltando pela velha e remendada ciclovia.


A ciclovia segue até a Portaria do Parque. Observem que a ciclovia segue pelo lado esquerdo da estrada. Isso indica que, ao final, para ficar na mão o ciclista terá que cruzar a estrada asfaltada. Ainda por cima, o local é todo cascalhado, sem asfalto. E tem mais: Tem uma espécie de retorno do lado esquerdo. Ou seja, quem bem do Tatuapé entra pela esquerda, passa em frente a portaria e, ou segue pela estrada no sentido Parque Ecológico, ou sai e retorna para a avenida. Esta saída é muito perigosa para ciclistas!
Vejam o desenho que eu fiz:


O ciclista que sai da ciclovia tem que atravessar olhando para frente, á sua esquerda e olhando para trás à sua direita.
Tenho certeza que fiz isso. Na minha frente vinha um celta com seta ligada para fazer o retorno à sua esquerda.  Entrei para a direita para pegar a minha mão e sair da frente do celta e, confesso, não vi o carro que vinha por trás. Quando escutei a freada e o carro escorregando no cascalho, meti a mão no freio, pois assim eu ficaria no meio e o carro poderia seguir à minha direita, mas não deu. É cascalho e eu não sabia que o meu freio traseiro estava com problemas. Freou só a roda dianteira e, no cascalho, todos sabem o que isso significa: Chão! Caí no cascalho e bem na frente do corsa que vinha por trás!

 Lateral do Braço esquerdo, próximo ao cotovelo.


Perna esquerda.


Cotovelo esquerdo. Uma pedra ficou por baixo da pele 
e a minha esposa removeu com uma pinça esterilizada.


Ombro esquerdo.


Perna direita, abaixo do joelho.


A lateral da bacia, devido à pancada nos cascalhos, inchou e tá doendo bastante.

Para aqueles que criticam o uso do capacete, aqui vai uma mensagem. Bati a cabeça que se arrastou pelo cascalho. Se não fosse o CAPACETE eu com certeza teria rebentado a cabeça. Quem sabe nem estaria aqui, escrevendo essas palavras. As luvas também protegeram às minhas mãos.
O motorista do corsa, seu passageiro e um ciclista que passava pelo local, correram em meu socorro. Todos foram muito gentis. Pedi desculpas pela caca que fiz, quase prejudicando-o, caso tudo tivesse sido mais grave. Ele disse que também pedala e que percebeu que eu iria para a direita e já foi freando o carro, que arrastou ao sair do asfalto e cair no cascalho, onde eu estava.
Lavei os ferimentos com a água da caramanhola e tratei de voltar a pedalar enquanto ainda estava quente, pois sabia que depois que esfriasse iria ser difícil pedalar novamente.

Do local do acidente até em casa ainda pedalei uns 15 Km. Parei numa drogaria para compra gase, Mertiolate e uma pomada bactericida.
Cheguei em casa fui logo pro chuveiro. Lavei bem os ferimentos com água e sabonete. Minha esposa fez os curativos.
A bike não sofreu nem um arranhão.

Agradeço a Deus por mais essa pedalada. O tombo é apenas um acidente de percurso. Se eu tivesse prestado mais atenção ele não teria acontecido.


Quarenta e nove Km para quem saiu de casa com dores lombares não é nada mal. Daqui uns dias já estarei pronto para um novo pedal, se Deus quiser.

Obrigado a todos que nos prestigiam acessando este nosso Blog.

Logo, logo, teremos uma nova cicloviagem mais longa, aguardem!