quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

Papai Noel diabólico chamado "Sistema" (INSS).



Era o dia 28/11/16. Um dia normal. 

Como sempre faço no final do mês, consulto a conta bancária para saber se o pagamento do Benefício está provisionado. Estava lá, em Lançamentos Futuros, programado para ser depositado em 05/12.
Passei o dia tranquilo. E, os demais dias se passaram sem novidades.
Dia 05/12. Entrei na conta bancária para tranferir o dinheiro e pagar minhas contas de água, luz, telefone, etc. Tive um choque!!!: O saldo estava ZERO!!! 
Misericórdia, alguém entrou na minha conta e hackeou o meu dinheiro, pensei!!! Mal o banco abriu e estava lá, suando frio, tremendo qual vara verde!
A jovem me atendeu no balcão e disse: "O benefício do senhor foi bloqueado pelo INSS. Talvez pela ausência da prova de vida. Vou fazer aqui e agora, vou te dar um recibo do Banco e o senhor vai até o Posto do INSS para desbloquear".
Corri para o Posto do INSS, no Tatuapé. Peguei aquela bendita senha e fiquei esperando até quando não aguentava mais; umas 2 horas e meia.
O atendente me disse que, devido eu ter atingido a idade e quantidade de contribuições, o médico me dera alta, para eu entrar no regime de aposentadoria. Ainda enfatizou, de maneira imponente: "Tem 65 anos e 15 anos de contribuição, tem que pedir aposentadoria!"
Falei para ele, mas não mandam nem um aviso prévio, carta, e-mail, sms, telefonema??? O senhor vai receber uma cartinha (coisa que não recebi até o presente momento, 26/12/16 !).
Fiquei i-ra-dí-ssi-mo!!! Baita desrespeito ao cidadão  que contribuiu a vida inteira para essa porcaria denominada de INSS!!!
Falei para o atendente: E a Sabesp, Eletropaulo, conta de telefone, remédios que preciso comprar, essa "cartinha maléfica" vai impedir que as empresas cortem minha luz, água, telefone, etc.?
Ele disse que não tinha culpa, o problema é do "Sistema".
É automático, mudar de regime?, perguntei. Ele disse "Não! O senhor tem que ligar no 135 e agendar data e horário para pedir a aposentadoria" Não acreditei no que estava ouvindo! Será que eu estava sonhando? A raiva era tanta que fiquei até sem fala.
Saí de lá sem solução, sem esperança e arrasado!!!
Aguardei por uns dias a maldita "cartinha", NADA!!!
Já tinha ligado no 135 e agendado o pedido de aposentadoria para janeiro/2017.
Liguei na Corregedoria, pois, além dos atrasados que aguardo receber há 3 anos, não recebi  parte do salário de novembro/16 e o 13o salário. Foi uma guerra ao telefone!
Novamente fui instruído a retornar ao Posto do Inss
do Tatuapé para SOLICITAR (EU!!!) o pagamento do meu salário de nov/16 e 13o que ficaram faltando.
Fui muito bem atendido, mas sempre que eu questionava o atendente a resposta era: " O problema é do sistema". Falei para ele: "Amigo, trabalhei com informática durante anos, trabalhei com Departamento Pessoal, na mão não levo mais que 5 minutos para fazer o cálculo. O sistema do INSS não faz isso automático?" Ele disse NÃO! O Sistema bloqueia o pagamento e a gente tem que preencher este formulário pedindo o recálculo para o INSS.
Meu Jesus, pensei naquele momento, e as pessoas simples, menos esclarecidas que não entendem nada e deixam para lá? Prá onde vai esse dinheiro? Nem vou fazer comentários!
Bom, o fato é que irão me pagar em 20 dias.
Natal e Ano Novo sem um tostão, com as contas todas atrasadas! Pelo menos espero que a "BENDITA CARTINHA" chegue mesmo em 20 dias, antes que as concessionárias comecem a cortar minha água, luz e telefone. (Até o presente momento não recebi NENHUMA das cartinhas citadas)
Já fiz o cálculo manual - em 5 minutos - e sei quanto tenho prá receber.
Esse "Sistema" é do capeta. Serve apenas para engordar o bolso de alguém. Jamais confie nele; ele veio para matar e destruir, diz a Bíblia.

Pelo amor de Deus, não apoiem a tal Reforma da Previdência!!! É um grande engôdo para ferrar o trabalhador! Querem extinguir  o Ministério, pois assim não precisarão justificar os desvios de verba. Deus me livre!
Acabo de vender uma maquina de costura e um ferro de passar antigos para pagar as contas de água e luz, antes que cortem, pois são essenciais á vida na cidade.
Honestamente, não confio nada nesse "Sistema".
Também fiz uns bicos de eletricista que me rendeu algum dinheiro, graças a Deus! Se confiamos em Deus, quando uma janela se fecha, Ele abre uma porta.

Bom, desejo a todos os amigos e amigas leitores deste Blog um Feliz Ano Novo. Que Deus, pela Sua infinita misericórdia, derrame Suas bençãos sobre cada um, trazendo Paz, Saúde e Prosperidade!

Um Grande e fraternal cicloabraço do...





domingo, 9 de outubro de 2016

Ainda impedido de pedalar, mas vivo pela graça de Deus!

Olás, meus amigos e minhas amigas, Boa tarde!




É fato que eu ando distante das magrelas e do Blog. Não que eu gostaria de estar distante de ambos, mas como ainda não operei da hérnia inguinal, não posso pedalar de forma alguma. Se não pedalo não tenho relatos de cicloviagens para compartilhar com vocês. 
Mas, vamos atualizar a minha situação em relação à cirurgia, né?! Aliás, há dias vinha pensando em escrever-lhes, mas como não estava bem fui adiando, adiando, até que recebi um comentário de um amigo leitor que me sacudiu e me mandou direto para este teclado, hehehe!

Em junho postei aqui a minha situação, que chamei de "Ter ou não ter, eis a questão". Naquele post havia a dúvida se eu tinha ou não tinha uma hérnia inguinal esquerda. Pois bem, a existência da mesma foi confirmada pela própria médica na consulta seguinte. Contudo, como a minha glicemia estava bem descontrolada, a médica disse que eu precisava primeiro corrigir os índices glicêmicos, para só então ela tomar uma medida em relação à minha situação.
Coincidentemente, agora no dia 11/10 próximo, tenho retorno com a Dra. Cirurgiã. É uma pena que o Endocrinologista da rede pública saiu em férias e só vou passar em consulta com ele no dia 13/10 e, com certeza, ele é o médico que pede os exames e autoriza, se for o caso, a execução da cirurgia.

Graças a Deus me regrei em relação ao controle glicêmico e agora estou bem. Tenho fé em Deus que o resultado dos exames será positivo e a cirurgia sairá em breve. Um amigo próximo operou uma hérnia inguinal igual a minha, só que do lado direito. Ele disse que ficou 45 dias sem sair de casa no pós cirúrgico. Assim, mesmo sendo operado, já espero ficar mais uns tempos sem poder pedalar a minha Nanika. Mas, o importante é ter paciência e fé no Criador, pois uma hora tudo isso passará e ficará apenas na minha lembrança, como ocorreu com as cirurgias na coluna lombar.

Atualmente, já que não posso pedalar e mente parada é oficina do diabo, me dedico à horticultura. Graças a Deus, apoiado pela minha esposa, filhas e bons amigos, tenho obtido relativo sucesso com as minhas plantações, nos meus 12 m2. Um pouco plantado no solo, outro pouco plantado nos vasos e assim a gente vai distraindo a mente e se alimentando de produtos orgânicos. 






Confesso, como todo brasileiro que não dispõe de convênio médico, tenho atravessado momentos difíceis, uma vez que tenho que custear todos os meus exames a fim de agilizar a cirurgia. Com certeza o Dr. Endocrinologista irá pedir exames de sangue. Se eu percebo que pelo SUS demora, haja vista que uns exames são efetuados num determinado local, outros em outro local, uns são nos dias seguintes ao pedido, outros precisam aguardar chamado, neste caso prefiro fazer na rede privada. Isso me custa uma boa grana. Exames para o endocrinologista, exames para a cardiologista, não é fácil não!
Neste caso, para melhorar a minha situação financeira e atender essa demanda de exames, coloquei à venda minha bike Full Suspension. 






É uma bike montada num quadro da Caloi SK, mas com 27 velocidades e com 99% das peças Shimano. Atualmente os pneus são os Kenda Kwest 26 X 1.5 azuis, combinando com a bike. Fotos mais detalhadas e o setup completo da bike pode ser visto no link abaixo. Não tenho nota fiscal pois é uma bike  montada, mas posso fornecer recibo de compra com firma reconhecida.

Para ver anúncio da bike, clique AQUI.

Para o meu retorno aos pedais, depois da recuperação da cirurgia, não se preocupem: Tenho a minha Nanika, que eu adoro tanto para pedais urbanos, quanto para cicloviagens!


Bom meus amigos e minhas amigas, fico por aqui, mas prometo que assim que sair dessas duas consultas médicas - cirurgiã e endócrino - posto o resultado aqui para vocês acompanharem.

Desculpem o meu silêncio nos últimos meses.

Um grande e fraternal cicloabraço do...


sábado, 18 de junho de 2016

Ter ou não ter, eis a questão!

Olá meus amigos e amigas!

Ói nóis aqui traveis!





Parodiando a famosa frase de William Shakespeare "Ser ou não ser, eis a questão", transmito aos meus amigos e amigas, leitores deste Blog, a minha situação em relação às dores e inchaço na virilha esquerda.

Bem, como eu já disse anteriormente e resumindo para quem não sabe, há uns meses atrás fui ao PS do Hospital Benedicto Montenegro, no Jardim Iva, com fortes dores na virilha esquerda. Como eu estava saindo de uma crise de dores lombares pensei tratar-se de alguma íngua. Examinado fisicamente pelo médico de plantão o diagnóstico foi suspeita de uma hérnia inguinal. Na ocasião, até que uma ultrassonografia fosse feita, eu não deveria pegar peso e/ou praticar qualquer tipo de exercício físico.
Dias depois, fiz uma ultrassonografia e ficou confirmada a presença de uma hérnia inguinal.
Fiquei muito aborrecido com o diagnóstico, haja vista que não existem remédios para hérnias inguinais, somente um processo cirúrgico pode resolver o problema.

Dias depois fui ao Hospital Estadual de Vila Alpina, onde sei que esse tipo de cirurgia é praticado. Examinado pelas cirurgiãs presentes, elas rejeitaram o diagnóstico de hérnia inguinal e me encaminharam para um Ambulatório Médico de Especialidades, onde um urologista me examinou fisicamente e pediu alguns exames. Esse urologista disse que o meu problema era uma hérnia inguinal e me encaminhou para o setor de Cirurgia Geral do AME.

No setor de Cirurgia Geral fui examinado pela Dra. Cirurgiã, onde segundo o exame físico por ela realizado não apresentou sinais de hérnia inguinal. De forma que, para tirar a dúvida de uma vez por todas, ela pediu novos exames de sangue e ultrassonografia.

Dias 16 e 17 retornei ao AME para passar pelo urologista e fazer a ultrassonografia da região inguinal. O urologista disse que, da parte dele, tudo está em ordem. Rins, bexiga e próstata não apresentam nenhum problema. Depois fui para setor de ultrassonografia.

Segundo a médica operadora do equipamento de ultrassonografia, não há hérnia inguinal alguma, mas ela não conseguiu dizer o que há, que provoca dores e inchaço. Assim, sigo aqui parado, sedentário, apenas com vontade de praticar as tão prazerosas pedaladas e cicloviagens.
No próximo dia 21 passarei em consulta com a Cirurgiã, para ouvir dela qual será o procedimento investigativo a partir de agora. Espero em Deus resolver o mais breve possível essa incógnita.

Confesso que, nem quando operei a lombar em 2011 (Artrodese), senti tanta falta dos exercícios físicos e das tão prazerosas pedaladas!



Naquela época sabíamos exatamente qual o mal que nos acometia e quais os procedimentos seriam tomados. No caso atual vivemos uma incógnita que, segundo a médica do ultrassom, precisa ainda ser investigado. Disse mais: pode ser um problema muscular, nervo ou mesmo alguma artéria com problema. 
Como o dia 21/06 está bem próximo, estou ansioso para ouvir da médica uma resposta alvissareira.

No próximo dia 26/06 será o aniversário de 1 ano da inauguração da Ciclovia da Av. Paulista, aqui em Sampa e, lógico, eu gostaria imensamente de estar presente com a minha Nanika. Sei não, mas acho que vou para o sacrifício e darei os ares da minha humilde presença no evento. Posso sair de casa, pedalar até a Estação Vila Prudente do Metrô, embarcar com a Nanika e chegar até a Estação Paraíso, bem próximo da Av. Paulista. Nesta próxima semana vou fazer um pedal-teste leve com a bike e ver se haverá mesmo inchaço e dor. Se for moderado, irei.


No dia 28/06/2015 na Av. Paulista.



No mais, vamos vivendo pela fé e esperança de dias melhores...

Grande cicloabraço do ...



sexta-feira, 3 de junho de 2016

Colchonetes e isolantes térmicos - minha experiência.

Olás, meus amigos e minhas amigas,

Boa tarde!


Não é de hoje que eu acampo em barracas e, consequentemente, durmo em colchonetes e colchões improvisados.
Lembro-me quando acampava na Ilha Santo Amaro, SP, década de 60, e pescava no Canal de Bertioga, Naquela época meu colchão (se é que podemos chamar assim) era uma esteira, feita de Taboa do brejo.


Esteira confeccionada com Taboa do Brejo





Taboa do Brejo




O travesseiro era uma sacola com as trocas de roupas que eu levava e pronto. Durante anos eu acampei assim. Normalmente a barraca era do tipo "bangalô", com todas aquelas ferragens pesadas e incômodas. Dava para levar a barraca, pois eu ia de carona com um amigo português, num belo Aero Willys!


Modelo de barraca do tipo bangalô.




Já no início da década de 80 vieram as pescas no Mato Grosso do Sul, primeiro no Rio  Miranda, região de Jardim/Bonito e posteriormente no Pantanal, nos rios Nabileque e Paraguai. Nessa época eu já usava um colchonete de pano, cheio de algodão. Não tenho imagens desse colchonete, mas era algo bem simples: Um saco retangular de pano, com as dimensões de um colchão de solteiro, cheio de algodão. Possuía algumas costuras transversais e longitudinais para que o algodão do seu interior não se acumulasse em um só local e formasse pelotas. Mesmo assim, vez ou outra, algumas pequenas pelotas eram formadas. Aí a gente ajeitava com as mãos e ficava tudo certo.

A barraca continuava o modelo bangalô e canadense e suas peculiares ferragens. Não nos incomodava o peso, pois nessa época tudo era levado de carro ou caminhonete.


Modelo de barraca tipo canadense.



Parei com as pescarias e acampamentos, e durante alguns anos foi só trabalho e sedentarismo. Em 2008, quando parti para o cicloturismo, imediatamente me veio a ideia: Por quê não cicloviajar acampando?
Comprei uma barraca bem simples, dessas sem sobreteto, com apenas duas varetas e um colchonete de pano recheado de algodão.


Modelo de barraca sem sobreteto.
Modelo de colchonete de tecido.

Esse tipo de barraca é muito bom para dias ensolarados, mas se cair um chuvão... inunda rapidamente. Se você acampa em Campings lonados, como o El Shaddai em Caraguatatuba, SP, ou o Camping do Bicão em Ilha Grande, RJ, não haverá problema, pois a lona-teto impede que a chuva chegue até a barraca.

Camping El Shaddai


Camping do Bicão.


Voltando ao item colchão, houve um tempo que eu usei um desses colchões infláveis, que podem ser enchidos com o pé. Esses colchões são confortáveis e isolam bem o contato com o solo, ou melhor, com o piso da barraca. Contudo, são volumosos e mais pesados que os colchonetes auto-infláveis atuais. 

Imagem de colchão inflável.



Cheguei a usar também uma barraca Azteq Mini Pack. Excelente barraca no que tange à resistência à coluna d'água, mas encontrei alguns problemas que me levaram a vendê-la e não recomendá-la para cicloturismo. Por quê? Bom, primeiro porque não é auto-portante. Existem vídeos de gambiarras que podem torná-la auto-portante, mas não deixa de ser uma gambiarra. Outrossim, ela não tem nada de avanço no teto. Assim, se você abre a porta da barraca em dias chuvosos ou com sereno, este imediatamente entra na barraca.


Barraca Azteq Mini Pack



Atualmente tenho uma barraca Falcon 2, da Nautika e um colchonete auto-inflável, modelo Smart da Guepardo.


Barraca Falcon2 da Nautika.




Colchonete/Isolante térmico Smart da Guepardo.





A barraca Falcon2 é mais pesada que uma Azteq Mini Pack e menos resistente à coluna d'água, não há dúvida. Porém, leva duas vantagens: É auto-portante e tem um pequeno avanço no sobreteto, de maneiras que a chuva não entra na barraca se abrirmos a sua porta. Esse pequeno avanço ainda permite que guardemos um calçado ou recipientes de pequeno porte. No caso da minha barraca Falcon2, tornei-a mais resistente à coluna d'água, dando uma demão de impermeabilizante no piso e sobreteto. Veja em Impermeabilizar barraca Falcon2.

Quanto ao colchonete auto-inflável Smart da Guepardo, á principio eu não o recomendava, pois o meu abriu com pouco tempo de uso e fui obrigado a colar a parte que abriu com cola Amazonas. Mas, pesquisando porquê ele abriu, cheguei à conclusão que colaborei indiretamente para essa abertura, uma vez que eu assoprava ar dentro dele até ficar bem cheio. Isso, somado ao meu peso na época, contribuiu para que o colchão se abrisse. Cheguei a essa conclusão pois, depois de colá-lo, nunca mais o enchi demais e ele continua sem vazamentos até a presente data. Não nego que existam produtos similares importados muito melhores, mas os preços são bastante proibitivos. O famoso Therm-a-Rest é um deles. Existem outros produtos nacionais, mas como não os usei, não posso opinar sobre eles.
Sob o colchonete Smart da Guepardo, eu uso um isolante de E.V.A. aluminizado. Como é levíssimo, não acrescenta praticamente peso algum à carga a ser transportada, mas ajuda bastante no isolamento térmico. A face aluminizada deve ficar em contato com o corpo e a outra face em contato com o piso da barraca. Assim, fico duplamente isolado da friagem proveniente do solo.




É importante guardar o colchonete sempre aberto (desenrolado) e não inflado. Como seu interior é composto de espuma de poliuretano, que se expande quando solto de sua embalagem e com o registro aberto, guardá-lo enrolado pode viciar a espuma de maneiras que, quando for aberto, não se expanda o suficiente para torná-lo confortável. O meu eu guardo debaixo da cama, assim, quando vou usá-lo está perfeito e enche bem rápido. 
Quanto ao isolante aluminizado, nunca devemos guardá-lo molhado ou mesmo úmido, pois como ele é guardado enrolado, a umidade pode mofá-lo e estragar o seu material.

Para o clima brasileiro, podemos dormir confortavelmente sem investir muito dinheiro na barraca, colchonete/isolante e saco de dormir.

Para conhecer minha opinião sobre sacos de dormir, clique AQUI.

Espero que a minha simples experiência possa ajudar os nossos leitores e leitoras nos seus propósitos de acampar, sejam em cicloviagens ou não.

Um grande cicloabraço do...






sábado, 28 de maio de 2016

Enfim, tenho ou não tenho hérnia inguinal?

Olás, meus amigos e minhas amigas!

Boa tarde!

Como podem constatar, ando sumido do nosso Blog, das cicloviagens e mesmo dos pedais de fim de semana. Não consegui ainda me livrar da hérnia inguinal (se é que é isso que eu tenho!) e poder voltar aos exercícios físicos, os quais incluem as prazerosas pedaladas.



Esta semana abri o quartinho das bicicletas para pegar um recipiente. Parei e fiquei olhando para as minhas bikes (Nanika e Full) ali trancafiadas há meses. Apalpei os pneus das mesmas: estavam murchos. Fiquei ali parado, imóvel, olhando para elas,  enquanto meu pensamento voava e visualizava as cicloviagens passadas... Ah, quantos momentos de felicidade essas danadinhas já me proporcionaram! Está certo que nem cheguei a cicloviajar com a Full, mas, exceto o quadro, todas as demais peças já estiveram na estrada comigo, montadas em outros quadros. Hoje estou aqui forçado ao sedentarismo por problemas de saúde.



Tudo começou quando numa manhã acordei com dores na virilha. Pensei tratar-se de uma íngua devido a algum ferimento. Mas, se não há ferimento como pode haver uma íngua. A princípio não dei muita bola, esperando que no dia seguinte a dor desapareceria da mesma forma como apareceu.
No dia seguinte a dor continuava lá, pior, estava mais forte! Após alguns dias e vendo que a dor não passava, resolvi ir ao PS do Hospital Benedicto Montenegro, próximo á minha residência.
No hospital fui atendido pelo médico de plantão, que calçou  luvas,  me examinou fisicamente e disse tratar-se de uma hérnia. Desculpou-se por não ter como pedir para fazer uma ultrassonografia e sugeriu que eu o fizesse por meus próprios meios, de maneiras a confirmar o diagnóstico. Sugeriu que eu não pegasse peso e não fizesse nenhum tipo de exercício físico.

Na semana seguinte fui ao Laboratório Lavoisier e fiz a ultrassonografia, a qual confirmou o diagnóstico: Hérnia inguinal!. Nesse ínterim as dores foram ficando cada vez piores e, após uma semana resolvi procurar um hospital, onde eu soube que fazem constantes cirurgias de hérnias.
No Hospital Estadual de Vila Alpina - HEVA - fui encaminhado ao setor de Cirurgia Geral, onde três jovens cirurgiãs me examinaram fisicamente. Segundo elas, não detectaram nenhuma hérnia inguinal em minha virilha. Perguntei-lhes sobre o diagnóstico médico anterior e o resultado da ultrassonografia que apontaram para hérnia inguinal. Elas responderam que os diagnósticos estavam errados e eu poderia estar com problemas urológicos. Pediram então um encaminhamento para o médico urologista do AME BARRADAS, 




No dia aprazado fui para o AME BARRADAS, onde fui muito bem recepcionado. Um local enorme, muito bem limpo e organizado. No horário marcado o médico urologista me atendeu. Um senhor de meia idade que ouviu pacientemente a razão que me levara até ele e então resolveu me examinar fisicamente, como fizeram as jovens cirurgiãs no hospital HEVA. Assim que terminou o exame físico, olhou para mim e exclamou: "Você tem uma hérnia aí! Você não tem problemas urológicos!" Continuou dizendo: "Mas já que está aqui, vamos pedir alguns exames de sangue, ultrassonografia dos rins e próstata e encaminhá-lo para a Cirurgia Geral".
Caramba, pensei ao sair da sala, tenho ou não tenho essa tal de hérnia inguinal?

Dias depois estive no AME para fazer a coleta de sangue e ultrassonografias. Tudo bem com o exame de sangue e negativo para as ultrassonografias, graças a Deus! Rins e próstata OK.
Mais uns dias e lá estava eu diante da Dra. Cirurgiã, para ser examinado novamente. Levei todos os exames anteriores, os quais ela examinou, fez uma bateria de perguntas e pediu para que eu ficasse em pé e abaixasse a roupa. Pronto, lá vem o exame físico outra vez! pensei. Dito e fato, a médica calçou luvas e examinou detalhadamente a região afetada. Ao término do exame, olhou para mim e disse: "Seu Waldson, não constatei nenhuma hérnia inguinal". Ah, não, outra vez, não!!! Caramba, cada exame físico é uma dor lascada! Os médicos não têm dó, apalpam fortemente a região afetada e dói prá caramba!
Voltou para sua mesa e, enquanto eu me vestia, preencheu novos pedidos de exames de sangue e ultrassonografia a fim de confirmar mais uma vez o diagnóstico de hérnia inguinal. Falei que já fizera um exame de sangue, mas ela disse que esse era específico, pois como sou diabético precisava se prevenir em caso de intervenção cirúrgica.

Assim aqui estou, ainda sem diagnóstico confirmado. Agora no mês de junho tenho retorno com urologista, com a cirurgiã e farei os exames por ela solicitados.
A grande vantagem desse AME é o fato de tudo ser marcado com a devida antecedência.

Só me resta ter fé em Deus e esperar que tudo se acerte, que o diagnóstico saia o mais rápido possível para que providências sejam tomadas no sentido de resolver logo esse problema. Já engordei alguns quilos e me sinto algemado, sem pode praticar exercícios físicos.

Por ora é só e assim que houver novidades prometo postar aqui para que todos os nossos leitores amigos e amigas possam acompanhar. 

Enfim, um grande cicloabraço do...




sábado, 16 de abril de 2016

Entenda a unidade de impermeabilização para barracas e vestuário




Olá meus amigos e minhas amigas!

Quando procuramos uma barraca ou jaqueta impermeável frequentemente nos deparamos com um dado técnico: resistente à 1500 mm de coluna d’água. Mas que diabos é isso?

Primeiro você deve saber que não tem nada a ver com medida pluviométrica (intensidade de chuva) que é em ‘mm’ (milímetros).
impermeabilização desse tipo de equipamento é definida por meio de um teste de pressão hidrostática (hydrostatic head – em inglês).
Para medir a pressão histrostática de um tecido uma coluna d’água é pressionada contra ele. A altura da coluna é aumentada até que a água consiga penetrar no tecido.
Quanto maior o valor da pressão hidrostática maior a resistência do tecido à chuvas.
Segundo o Ministério de Defesa Britânico para um tecido ser considerado completamente à prova d’água ele deve resistir a uma pressão hidrostática de no mínimo 1000 mm de coluna d’água.
Barracas e jaquetas por natureza protegem o usuário contra chuva, ventos, sol, etc. Regiões com baixa pluviosidade requerem equipamentos com menos resistência à chuva que regiões com alto índice pluviométrico.
Tecidos que sofrem pressão requerem uma resistência maior à pressão hidrostática. Esse é o caso do piso das barracas que sofrem a ação do peso dos equipamentos e dos campistas. Já o teto da barraca por não sofrerem pressão por peso (exceto pelas condições do tempo local) requerem uma resistência menor.
Não aconselhamos comprar barracas com resistência menor que 1000 mm de coluna d’água.
Para enfrentar as condições climáticas brasileiras o ideal seria uma barraca com no mínimo 1500 mm de impermeabilização no teto. A estrutura da barraca, o tecido, resistência à raios U.V. também devem ser levados em consideração.
Resistência à pressão hidrostática e uso:
  • Barracas com 1500 mm de resistência garantem uma boa proteção
  • Para barracas para todas condições climáticas brasileiras é desejável ter 2000 mm de resistência
  • Barracas para expedição: 3000 mm de resistência
  • Para pisos, 4000 mm é uma resistência decente
  • Para jaquetas, no mínimo 3000 mm.

Espero que tenham gostado deste artigo. Deixe seu comentário.
Agradecemos por prestigiar o nosso Blog.

Um grande cicloabraço do...


sexta-feira, 15 de abril de 2016

Como comprar e cuidar de sua barraca de camping.



Olás, meus amigos e minhas amigas!

Desta vez gostaria de falar-lhes sobre os cuidados a serem tomados com sua barraca de camping.

Todos os cicloturistas que fazem cicloviagens autônomas dependem de uma barraca de camping para se abrigar durante a noite. Se você ainda não tem uma barraca, pode adquiri-la na Loja Pedarilhos, a qual pode ser acessada no lado direito do alto deste Blog. Contudo, se você já tem uma barraca, é necessário cuidar bem dela, afinal, ela é a sua casa nas cicloviagens!
Assim, neste artigo vamos ajudá-lo(a) a cuidar direitinho de "sua casa".

No final deste artigo, vídeo de como reimpermeabilizar sua barraca.

Barraca Falcon 2 da Nautika.


 Barraca Nepal da Aztek

Bem, não importa a marca ou o modelo de sua barraca, o importante é conservá-la sempre pronta para uma cicloviagem. Para que isso aconteça, alguns cuidados devem ser tomados.

Como escolher o tamanho da barraca:


Use sempre o critério de escolha com folga, ou seja, se você vai acampar mesmo sozinho, leve uma barraca para 2 pessoas, pois lembre-se que não apenas você irá dormir na barraca, mas também serão armazenadas dentro delas alforjes, tênis, lanterna e outros utensílios. Além do mais você vai querer levar um colchonete, isolante térmico, saco de dormir, etc.. Mais espaço em uma barraca significa uma ou mais noites mais confortáveis e a tecnologia de hoje permite uma barraca maior por um peso e preço razoáveis. Minha experiência de alguns anos com cicloviagens autônomas tem mostrado que o cicloviajante que compra uma barraca para uma pessoa, acaba comprando em seguida uma outra para 2 ou mais, para acampar com mais espaço e conforto..

Aprenda a montá-la:

Nunca saia para viajar sem ter antes montado sua barraca e conferir se o conteúdo está completo. Aprender no meio da natureza, quando o sol está se pondo ou, pior, debaixo de uma chuva, não é a melhor hora.
Fora isso, montá-la errado pode danificá-la seriamente já no primeiro dia de uso, sem contar com a desagradável descoberta de que seu amigo pode não ter devolvido os espeques que pediu emprestado na temporada passada.
Se não está cicloviajando há um tempo, monte sua barraca a cada seis meses, pelo menos, para arejá-la.

Como limpar:


Não a lave em máquina de lavar nem a seco. Para limpá-la, use apenas uma esponja e água. Se você for limpá-la inteira, lave-a em uma banheira ou um tanque grande cheio de água fria. 
• Nunca use água quente, amaciantes, detergentes, sabão em pó ou qualquer tipo de removedor. Se você quiser ou precisar usar um sabão, use sempre um biodegradável, que não seja detergente.

Seque a barraca apenas na sombra:


Pode ser montando-a em uma sombra (e verifique se, durante o dia, a sombra permanece em cima da barraca) ou pendurando-a no varal.
Nunca use máquina de secar! Depois de uma lavagem ou limpeza poderá ser preciso reimpermeabilizá-la. Não deixe para descobrir isso quando for usá-la de novo.

Mantendo os zíperes bem lubrificados:

Os zíperes devem ser mantidos limpos e longe de partículas que possam emperrá-los. Água limpa e uma escovinha são suficientes. Procure não usar lubrificantes a base de petróleo.
Se eles emperram com facilidade, ou não correm como deveriam, procure amaciá-los com silicone em pasta ou líquido ou mesmo com parafina. Se você acampou perto do mar limpe os cursores do zíper antes que comecem a oxidar, pingando em seguida algumas gotas de silicone. Mas, ATENÇÃO: silicone de verdade é transparente e espesso. Não compre aqueles vendidos para lustrar painéis de carros que são dissolvidos e ficam muito fluidos, pois os solventes, corantes e perfumes adicionados podem piorar as coisas.
Aumente a vida útil dos zíperes evitando levar seu curso até o final, tanto ao abrir como ao fechar - deixe uma folga de no mínimo 1 cm. Eu não espero que fiquem duros. Costumo periodicamente pegar uma vela (parafina) e esfregar nos zíperes. Isso faz com que corram mais leves e mais suaves.

Guarde-a em lugar seco e arejado:

De preferência, fora do saco. Nunca, em hipótese alguma, guarde sua barraca úmida ou suja – poucos dias são suficientes para ela começar a estragar e mofar, além da resina impermeabilizante ser atacada. Caso você precise desmontá-la ainda suja ou úmida, limpe-a e seque-a assim que possível. Procure mantê-la sempre longe da umidade.

Cuidado com o mofo!:

Além do cheiro ruim, se a sua barraca mofar isto irá destruí-la. O mofo usa a sujeira como nutriente para crescer e se reproduzir. Pior, ele cresce entranhado no tecido da barraca, o que também prejudica a impermeabilização. Se ele começar a crescer, lave-a imediatamente com água limpa e fria. Depois, passe uma solução de um copo de suco de limão e um copo de sal para três litros de água quente. Use uma esponja para espalhá-lo principalmente nas áreas afetadas e deixe secar naturalmente, sem enxaguar, nunca usando a luz do sol diretamente. Verifique se há necessidade de reimpermeabilizar.

Redobre a Impermeabilização:

Com a exposição ao sol e a chuvas, chegará um tempo em que será preciso reimpermeabilizar o sobreteto de sua barraca. Sua barraca durará ainda mais anos com este cuidado, oferecendo uma excelente performance mesmo sob forte chuva.
Sugerimos sempre que possível fazer uso de uma cobertura extra que pode ser uma lona esticada por cima da barraca, sem contato com a mesma. Caso não seja possível fazer isso, arme sua barraca em área com o máximo de sombra e aplique sobre os tecidos um impermeabilizante/hidratante existente no mercado (recomendamos o uso do Scotchgard da 3M) e na estrutura, zíper e partes metálicas aplique vaselina líquida ou um lubrificante spray a cada camping. Nunca deixe sua barraca exposta ao sol contínuo por mais de 15 dias e evite esticar demais os tirantes.


Caso a época de seu camping seja de chuvas fortes, recomendamos o uso de uma lona debaixo da barraca e ainda que você cave uma valeta de aproximadamente 25cm, em volta da barraca, para evitar que a água fique acumulada debaixo do piso. Essa lona tem que ser exatamente do tamanho do piso, pois uma lona que fique com laterais além do piso, faz com que a água corra para debaixo da barraca e se acumule, trazendo mais problemas que soluções.
Existe ainda um fenômeno chamado de condensação, ele acontece quando o suor dos corpos ou pela armazenagem dentro da barraca de roupas ou toalhas molhadas elevam a temperatura interna da mesma formando gotículas que se acumulam no teto e caem em forma de gotas. Muitas vezes temos a impressão de que choveu dentro da barraca mesmo sem ter chovido fora. Para evitar este fenômeno, procure manter sua barraca o mais ventilada possível, deixando a porta parcialmente aberta e o sobreteto o mais separado do dormitório possível.

Se quebrar o elástico das varetas:

Meça o tamanho do conjunto de varetas. Vá a uma loja de armarinhos com uma amostra do elástico e compre semelhante, na medida necessária. Passe o elástico por todo o conjunto, estique-o e dê um ou dois nós em ambas as pontas - para que não solte - e está pronto. Se tiver dificuldade para passar o elástico prenda-o a um arame fino e vá passando pelas varetas, como se fosse uma agulha.

Fazer o quê no caso de quebra de vareta:

Recomendo colocar uma tala no ponto quebrado com uso de um galho ou outro objeto firme e fixá-lo na vareta com o uso da uma fita forte. Na ocorrência de uma ruptura da vareta tome muito cuidado para que a mesma não perfure o tecido com a parte pontiaguda que é gerada pela quebra. Varetas de alumínio e fibra de vidro não quebram se forem usadas adequadamente e mantidas com uso da vaselina líquida ou outros lubrificantes. Apos a cicloviagem, entre em contato com o fabricante da barraca para adquirir um jogo de novas varetas. A Náutika mantém esse tipo de serviço, basta acessar o Site e entrar em contato com o SAC para comprar um jogo novo. Já fiz isso e foi super fácil.

O quê fazer caso você seja obrigado a desmontar a sua barraca molhada:

Ao chegar em casa retire a barraca da embalagem e a coloque para secar à sombra, só quando estiver totalmente seca é que você deve colocá-la na embalagem. Atente também para retirar qualquer resíduo de areia ou terra, pois eles são agentes corrosivos das partes metálicas. Sempre lubrifique as varetas e suas partes metálicas antes de guardar, NUNCA guarde a barraca suja ou molhada.

O transporte da barraca na bicicleta.



Observem na foto acima que a barraca (item amarelo no bagageiro traseiro) está envolta em um plástico vinil, por cima da capa por mim confeccionada em Nylon 600. Dá para ver a ponta do saco de vinil sobrando para trás. Faço isso para que, se pegar chuva no caminho, minha barraca não se molhe.
Aliás, todos os meus itens de camping são transportados dentro de sacos de vinil. Além da barraca, colchonete, isolante e saco de dormir.

Checagem antes de sair de casa:

Antes de fechar os alforjes, ou a mochila, tenha certeza de ter montado sua barraca e checado se todas as partes dela estão ali, inteiras, limpas e em ordem. Lembre-se que sua barraca será sua casa ao ar livre nos próximos dias. Cuide bem dela e tenha de volta proteção e conforto por muito mais tempo.

______________________________________________________




Depois dessa reimpermeabilização já acampei inúmeras vezes, inclusive em dias de chuva forte, e a barraca permaneceu sequinha.
O produto não é caro, portanto vale a pena manter a barraca sempre bem impermeabilizada.

(Entenda o que é  "resistência à coluna d'água", clicando AQUI,

Bom, amigos e amigas, espero te-los(as) ajudado nesse mister.

Nos próximos artigos falaremos sobre sacos de dormir e colchonetes/isolante térmico auto-inflável.

Inté e deixem seus comentários!

Um grande cicloabraço do...






Fontes de pesquisa: Internet - Sites "O Campista" e "Náutika".


sábado, 9 de abril de 2016

Reedição - Montando uma bike de cicloturismo com pouco dinheiro

Reeditamos este artigo com valores atualizados em abril/2016.
O objetivo deste artigo é mostrar que podemos montar uma bicicleta razoável para cicloturismo sem ter que importar uma bicicleta de marca renomada, e desembolsar uma pequena fortuna.
Outrossim, ao montar uma bicicleta para cicloturismo, as peças podem ser compradas aos poucos, de acordo com a disponibilidade financeira do cicloturista.

_______________________________________________________________

Há tempos observo a dificuldade que nós brasileiros, em sua maioria, temos para comprar uma bicicleta destinada ao cicloturismo.
Primeiro que não temos uma marca nacional específica para esse fim. Até alguns anos atrás a Caloi tinha o modelo City Tour, mas saiu de linha. Segundo que a importação, como dissemos acima, fica uma pequena fortuna.


Caloi City Tour, atualmente fora de linha.





Existem alguns modelos de bicicletas prontas, importadas, vendidas no mercado nacional, que podem ser adaptadas, mas normalmente os quadros não oferecem suporte para bagageiro, para-lamas e dois suportes para caramanholas.

Um quadro nacional que eu usei por muito tempo em minhas cicloviagens, que suporta todos os itens acima é o Gios Rally USA. Um quadro que se presta muito bem para cicloviagens, que pode ser visto em www.giosbr.com.br O tamanho do quadro pesquisado foi o 18, mas convém ao cicloturista verificar o tamanho exato do quadro para a sua necessidade. Isso é importante para que não adquira um quadro com tamanho incompatível com a sua altura e venha a sofrer dores lombares, cervicais ou em outras partes do corpo. Você pode ver o tamanho do quadro que mais se adapta ás suas medidas, clicando AQUI.


(Foto extraída do site da Gios BR)

Para o meu objetivo usarei esse quadro como referência, embora não tenha nenhuma ligação com o fabricante ou representante do mesmo. Apenas porque a experiência com esse quadro foi excelente, durante 5 anos de uso.

Há outras marcas de quadro disponíveis no mercado. O importante é verificar se os mesmos possuem os olhais para prender para-lamas e bagageiro. Caso contrário, será necessário prender esses acessórios com abraçadeiras-borracha, as quais podem ser encontradas em lojas destinadas a produtos hidráulicos.


No link a seguir há um quadro aparentemente muito bom também, com preço bem acessível: http://www.ciadopedal.com.br/quadros/4488-quadro-26-aluminio-gtw-heiland.html



Abraçadeiras Borracha.


Assim, fiz uma pesquisa de preços em várias lojas virtuais. 

Valores pesquisados em abril de 2016. 

Quadro Gios Rally USA tamanho 18, R$ 366,00

Grupo Shimano Mtb 27v Acera M390 Freio Disco Mecanico




  1. Maçaneta BL-M421
  2. Pinças BR-TX805
  3. Corrente CN-HG53 114 elos
  4. Cassete CS-HG20 - 11/34D Marron
  5. Pedivela Shimano acera FC-M391 - 175MM - 22/32/44D
  6. Movimento Central BB-ES25 - 126MM
  7. Cambio Dianteiro Shimano Acera M390 Duall Pull
  8. Cambio Traseiro Shimano Acera M390
  9. Alavanca Shimano Acera M390 9v
  10. Par de Cubos RM35 36furos
R$ 969,00 No Mercado Livre (sem frete).
Obs.: Essa relação de engrenagens, contendo uma coroa com 22 dentes e uma engrenagem do cassete contento 34 dentes, torna a bicicleta bem leve nas subidas de serras, principalmente quando a bicicleta estiver carregada.
  1. Garfo Rígido Alumínio FIB (disco e V-Brake) R$ 99,00 Ou...Suspensão RST Gila com trava, 100 mm, R$ 412,40
  2. Aros Vzan Aero 36 Furos R$ 50,00 (O par)
  3. Raios Inox (72 peças) R$ 30,00
  4. Pneus Kenda Kwest, 26 X 1,5. R$ 117,80 (O par).
  5. Câmara de ar 26" Kenda R$ 30,00 (O par).
  6. Mesa (avanço) Promax  R$ 50,00
  7. Guidão Kalloy 24,5 mm com rise de 1 polegada R$ 41,90
  8. Canote GTS 27,2 mm c/carrinho R$ 36,00
  9. Selim Velo Plush Confort R$ 91,00
  10. Pedais GTS plataforma R$ 54,00 (O par).
O valor total pesquisado é: Com garfo rígido R$ 1.934,70 e com Suspensão R$ 2.248,10.

Não é de maneira nenhuma um valor alto para uma bicicleta de cicloturismo. Lógico que ainda faltarão o bagageiro, os suportes para caramanhola, manoplas de guidão, espelho retrovisor, farol e lanternas, bomba de encher pneu, algumas ferramentas,  isso para a bicicleta, e capacete e luvas para o cicloturista.

No futuro, o cicloturista poderá adquirir um par de alforjes, para o transporte da tralha e, se quiser acampar, barraca, colchonete e saco de dormir.
Quanto aos alforjes,  recomendo os da Pedarilhos, cujo site você pode acessar no topo direito deste Blog. Eu uso o Alto Estilo 60 litros. São excelentes, com muito espaço para se fazer longas viagens sossegado. Aproveite e compre também as capas impermeáveis dos alforjes, pra protegê-los das chuvas.
No que tange à barraca, pode-se comprar uma Aztek, também encontrada no site da Pedarilhos, ou uma Falcon 2, da Náutika. Eu, particularmente, uso uma Falcon 2, mas devo admitir que a resistência às chuvas é bem menor do que as Aztek. No meu caso, faço uma impermeabilização periódica na minha Falcon 2.
Veja em Impermeabilização de barraca.


Barraca Nepal Aztek 2 pessoas.




Barraca Falcon 2 da Nautika.





Alforjes Alto Estilo 60L

Colchonete/Isolante térmico auto inflável


Eu, particularmente, uso um isolante térmico aluminizado sob o colchonete auto-inflável. O Meu colchonete auto-inflável é da Guepardo, mas eu não o recomendo, pois vazou com pouco tempo de uso e eu tive que colar com cola Amazonas.



Isolante térmico aluminizado.




O saco de dormir, para as temperaturas brasileiras, recomendo o Nautika Micron, pois tem um bom custo X benefício e é muito leve. Apenas 600 gr.




Nota: Na Loja do Onde Pedalar.com há um bagageiro com preço acessível e muito bom. Sei porque já tive um desse modelo. Serve para quadros 26" e 29". Segundo o pessoal do site, que por sinal também são cicloturistas, o bagageiro foi testado com 40 Kg e passou no teste. 
R$ 159,00


______________________________________________________________

Essa pesquisa é apenas para dar uma ideia de bicicleta ao futuro cicloturista. Com certeza eu teria confiança suficiente para cicloviajar com a bicicleta fundamentada no setup acima por longos dias e distâncias.

Por outro lado, você pode pesquisar sites com classificados e comprar peças usadas e de boa qualidade por preços bem acessíveis. Em 2008, quando montei a minha primeira bike de cicloturismo e passava por um momento de crise financeira, não hesitei em comprar um par de câmbios Shimano usados para por em minha bicicleta. Com eles fiz longas e prazerosas cicloviagens.

Um ótimo e recomendável site de classificados é o setor de classificados do www.pedal.com.br. Lá é possível encontrar peças de boa qualidade com preços bem acessíveis.

O importante é ter uma bike confiável para pegar a estrada. Mas, o prazer de cicloviajar está no conjunto de fatores e não necessariamente na marca da bicicleta que se está usando no momento.


Cicloturismo com quadro Rally USA.
São Paulo-Cananéia a Ilha Grande-RJ.
714 Km pedalados.


O mesmo quadro Rally em 2008.


No proximo artigo falaremos dos cuidados a serem tomados com Saco de dormir, Barraca e Colchonete/Isolante térmico.


Um grande cicloabraço do...