sábado, 14 de setembro de 2013

Pedal da Primavera - SP a SC.



Olá amigos(as)!

Está bem próximo de se realizar o projeto de pedalar de Curitiba, PR a Florianópolis, SC.


A princípio esse projeto foi chamado de:

Projeto Sul - São Paulo, SP a Balneário Camboriú, SC.

 

Contudo, como ele ocorrerá em plena Primavera, estação das flores e do mel, vou chamá-lo de Pedal da Primavera - SP a SC.
Inicialmente o projeto seria pedalar até Balneário Camboriú, mas a convite de um grande amigo e parceiro resolvi estendê-lo por mais 80 Km e chegar a Florianópolis.


Logo de início à publicação do projeto o amigo e atual parceiro Emerson R. Lacerda se propôs a me acompanhar. Fiquei felicíssimo, pois embora não o conhecesse pessoalmente já havíamos trocado vários e-mails e ainda por cima, por várias vezes fui por ele gentilmente convidado a participar de algumas de suas brilhantes cicloviagens. Moramos a menos de 5 Km um do outro, portanto um fator positivo a mais para que pedalemos juntos.
Dias atrás fizemos um pequeno ciclotur juntos, para nos conhecermos pessoalmente, e como não poderia deixar de ser, estreitamos ainda mais a nossa amizade. 
Percebemos que iremos nos dar muito bem nessa cicloviagem,  pois temos muito em comum, a começar pela fé  no Criador e o amor à Sua criação.


Quando publiquei o projeto fiquei pasmo ao ver quantos amigos cicloturistas se propuseram a nos ajudar no itinerário, outros ofereceram suas casas para que  passemos a noite, ou seja, um exemplo fantástico de união e amor fraternal. Como talvez passemos por suas cidades em dias de semana, muitos que não podem deixar os seus afazeres querem pedalar conosco nem que seja por apenas alguns Km e isso nos deixa muito lisonjeados. De antemão agradecemos todas essas manifestações.

Por razões de tempo e segurança, começaremos o pedal em Curitiba, PR, de onde seguiremos para Morretes, via Estrada da Graciosa. Sairemos de São Paulo, Capital, em ônibus da Viação Cometa, a Empresa amiga do cicloturista.

Estrada da Graciosa, PR
Descer a Estrada da Graciosa, creio, seja um desejo de todo cicloturista brasileiro. Como não sou diferente dos meus amigos de pedal, também sempre nutri esse desejo e fico feliz em poder realizá-lo em breve.

De Morretes seguiremos para o litoral paranaense, seguindo então pelo litoral catarinense, até atingir a bela capital Florianópolis.

Estive em Curitiba umas duas ou três vezes, mas sempre rapidamente, à negócios. Dá última vez foi diferente: Encontrei os amigos cicloturistas do Odois e fomos nos empanturrar de pizza e rir bastante das nossas peripécias sobre as bikes. Agora, em companhia do Emerson, espero revê-los novamente.




Matinhos, PR

Santa Catarina.




Já conheço Floripa - como carinhosamente chamamos Florianópolis - de longa data. Já tive o prazer de caminhar por suas belas praias e comer os deliciosos pratos de peixe e outros frutos do mar, na Lagoa da Conceição. Um povo maravilhoso, acolhedor e hospitaleiro nos espera, com certeza.

A partir da próxima segunda-feira começam os preparativos dos alforjes. A escolha e separação das roupas, tralhas de cozinha, alimentos, ferramentas, barraca, colchonete, saco de dormir, etc. Essa é uma fase muito prazerosa que antecede a cicloviagem. É como um prólogo de uma história bela e perfeita. Fazer com que tudo caiba nos alforges, controlando o peso, não é uma tarefa muito fácil, mas é um deleite para quem gosta de cicloviajar. E o mais interessante nisso tudo, é que por mais refinadas e minuciosas que sejam as nossas escolhas, sempre haverá os improvisos ao longo da cicloviagem. Nunca ouvi dizer que uma cicloviagem obedeceu rigorosamente o seu planejamento. Aí é que está o sabor da aventura.

Então, não demora e estaremos na estrada.

Prometemos (mas não sabemos se iremos cumprir à risca, hehehe!) que iremos publicar no Facebook os resumos de nossos dias.

Por ora, um grande abraço do...


Encontre-me no Facebook: www.facebook.com/waldson

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Instalando guidão trekking (Borboleta, Butterfly, Multibar) na Soul D 60, aro 20", dobrável.

Olá, pessoal!

Como dizia o nosso amigo e cicloturista Fábio Tux, as implementações nunca terminam. A gente sempre está arrumando um jeito de alterar alguma coisa em nossas bicicletas.
Desta ver mudei o guidão. De um "Flat" para um "Trekking".

Guidão Flat (plano) que vem com a Soul D 60 e 70




Guidão Trekking (Borboleta, Butterfly ou Multibar)
Neste artigo vou explicar passo a passo como fiz e (alguém também o pode fazer) para instalar um guidão trekking em minha Soul. Lembrando que, ao fazer a adaptação, pode-se futuramente usar qualquer modelo de guidão, até um modelo Road, curvo. Apenas deve-se levar em conta se o guidão a ser colocado permitirá a dobragem da bicicleta.

Há muito tempo observando fotos e imagens de dobráveis na Internet eu pensava em instalar um guidão trekking na minha Nanika. Notei que as bicicletas Dahon, voltadas para cicloturismo, sempre traziam instalados esse modelo de guidão.
Como eu já tinha um desses guidões instalados em minha outra bike de cicloturismo, sabia perfeitamente da sua versatilidade no tangente às várias posições das mãos.
Em cicloturismo, pedais de longas distâncias, passamos horas com as mãos no guidão. Se não houver espaço para que mudemos as posições das mãos enquanto pedalamos, corremos o risco de ter dormência, formigamento, cãibras e até dores. O guidão trekking, como atualmente é conhecido, nos oferece várias opções de posições para as mãos, impedindo os problemas acima citados.
No guidão flat - plano - podemos apenas acrescentar mais uma posição quando instalamos uma extenção em suas extremidades conhecida como Bar hand.

Nanika com guidão plano e bar hands.


Honestamente eu não sei se vale a pena fazer a troca do guidão plano para um modelo trekking se a pessoa usa a bike apenas para ir e voltar do trabalho, se vai transportá-la em sacola no trem, metrô ou ônibus. Como veremos adiante para dobrá-la será necessário soltar o parafuso da mesa, etc. Contudo, para quem faz pedais de longa distância como eu, acho uma boa opção.

Bom, vamos ao tutorial:

Ferramentas necessárias:

  • Jogo de chaves Allen,
  • Arco de serra com a respectiva serra.
  • Morsa nro.2 ou maior.
  • Tesoura.

Materiais necessários:

  • Um guidão trekking, preferencialmente em alumínio.
  • Uma bucha que acompanha os adaptadores (explico mais adiante o que é essa bucha).
  • Uma mesa (avanço de guidão) regulável, na medida do diâmetro do guidão.
  • Uma tampinha de mesa (a aranha que prende o parafuso não será usada, só a tampa)
  • Cola do tipo Loctite (super bonder, Super cola, etc).
  • Um pedaço de câmara de ar velha.

Bucha - explicação: Imagine um sujeito que tem uma bike com garfo Over mas de rosca. Como ele faria para instalar uma mesa Ahead set? Existe um tipo de adaptador exatamente para esse fim.  Esse adaptador vem com uma bucha, pois o diâmetro interno da mesa é maior que o diâmetro externo da espiga, que tem 25,4 mm. No caso da Soul D 60/70 a espiga  do guidão tem exatamente 25,4 mm (vem marcado na espiga) de diâmetro. Assim, se não tiver essa bucha a mesa não dará aperto.
Se conseguir uma mesa com o diâmetro interno igual ao da espiga, 25,4 mm não vai precisar da bucha.
 
Mas atenção!: Por favor, não confundir com "instalar mesa ahead set em garfo STANDER de rosca!"

Bucha e mesa regulável


Bom, vamos ao trabalho.

Limpei o guidão da Nanika, removendo manetes de freio, manoplas, trocadores e tudo que ali estava instalado. Assim, bastou soltar a blocagem que regula a altura do guidão para tê-lo em minhas mãos. Esse guidão e sua espiga é uma peça só, não tem um sistema de avanço/mesa como em outros modelos de dobráveis.

Guidão "pelado".





Uma vez retirado o guidão, agora precisei serrá-lo, já que a espiga é imprescindível para a nova instalação.
Prendi-o na morsa e com o arco de serra, serrei bem no topo, próximo a parte horizontal.

Guidão plano serrado e o novo trekking que será instalado.


Esse guidão plano é fabricado em alumínio reforçado, portanto ele tem uma espécie de colméia em seu interior. Mesmo assim, não é tão difícil serra-lo.

A princípio tentei fazer a instalação usando um avanço (mesa) Ritchey que eu já tinha nos meus guardados. Contudo, pelo fato de não ser regulável não permitiu que uma vez tudo instalado eu dobrasse a bicicleta. A mesa pegava na bike que virava um L. Ou seja, iria ficar pior do antes!!!


Com a mesa regulável, na hora de dobrar a bicicleta, apenas faz-se necessário afrouxar o parafuso que regula o ângulo da mesa e levantá-la para que fique num ângulo de 90º graus. No final deste artigo há foto da bike dobrada.
Bom, ao instalar a mesa na espiga que foi separada do guidão é interessante deixar a mesa um pouco acima da espiga e não rente. Como a espiga tem um reforço interno não será possível inserir a aranha que prende a tampa da mesa, portanto será necessário colar a tampa. Deixe então uns milímetros de espaço para que a tampa possa ser colada com a cola loctite, como eu fiz.
Obs.: Se a bucha, que também é de alumínio, tiver ressalto, como a da foto, pode ser serrado o ressalto para não impedir o "degrau" que precisa ser deixado, para a colagem da tampinha.

Observe o ressalto entre a mesa e a espiga.
 

Mesa que eu usei - Kalloy Over com regulagem.



Uma vez a mesa centralizada, basta aperta-la com a chave Allen correspondente. Verifique se ficou bem apertada mesmo.
Testei e verifiquei que estava tudo bem ajustado, portanto passei cola para prender a tampinha e ficar esteticamente um serviço mais apresentável.
Já com a tampinha colada.
Tampinha, parafuso e aranha. Não usei nem a aranha, 
nem o parafuso. Só a tampa.

No furo do centro da tampa, recortei com a tesoura um pedacinho de câmara de ar velha e colei para tampar o furo e pronto, ficou show de roda!
Depois de tudo isso feito, só foi instalar os manetes de freio, trocadores, suporte de farol, ciclocomputador e etc.
O resultado é o das duas fotos abaixo.


E para dobrar a bike? Será que dá?
Bom, para dobrar a Nanika, como eu comentei previamente, é só afrouxar o parafuso de regulagem do ângulo da mesa com uma chave Allen, levantá-la e deixa-la em 90º graus. Dá um pequeno aperto no parafuso - só encostar e dobrar normalmente, como manda o manual.
O resultado será este:

Observe na foto acima que eu não baixei o selim, portanto o guidão está no chão. Se baixar o selim como nas dobragens tradicionais o guidão fica alguns centímetros do chão. Eu não o fiz realmente de preguiça de tirar meu suporte de caramanhola.
Contudo, como bem observou a amiga e biker Ana Maria, nem precisa. Basta enfiar a bike do jeito que está no bagageiro do ônibus e viajar sossegado. Se eu achar necessário, posso enrolar um plástico nesse ponto do guidão para não ralar a fita e ponto final.
Ontem fui pedalar com a Nanika já pronta. O novo guidão ficou muito mais confortável. Já ouvi um pessoal que estava sentado na porta de uma oficina dizer: Olha fulano, que bike da hora!!!
Pedalei no asfalto, na terra e no meio de umas pedras soltas e foi tudo ótimo. A modificação ficou perfeita!
Não gastei um centavo sequer nessa mudança, pois a mesa, o guidão e a tampinha eu já tinha. A bucha ganhei do amigo e ciclomecânico Paulo.
Agora é aguardar mais uns dias e coloca-la na estrada, se Deus quiser. Antigão e a Nanika rumo à Florianópolis, SC!

Grande cicloabraço do...


quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Sacos de dormir



Olás,
Neste artigo, embora eu não seja um expert no assunto, gostaria de falar um pouco sobre sacos de dormir.
A década de 80 ficou marcada para mim como o período que eu mais acampei durante a minha vida. Foram praticamente todos os anos da década e em campings, digamos, selvagens, já que foram em sua maioria no Pantanal Sul-Matogrossense.
Até então, salvo algumas poucas exceções, todos os meus acampamentos foram feitos em regiões praianas, portanto de climas quentes ou amenos.
Assim, como esses acampamentos eram feitos em locais de climas quentes ou bem quentes, nunca me preocupei com sacos de dormir. Dormia com apenas uma coberta fina, sobre um colchonete e estava tudo bem. As barracas do tipo canadense, com toda aquela lona grossa que a envolvia e estrutura de ferro também eram mais quentes, dispensando o uso de sacos de dormir.
A partir de 2008, quando comecei a praticar o cicloturismo, muitas vezes dormindo em regiões mais frias, logo senti a necessidade de adquirir um saco de dormir. Não que eu tenha muito dinheiro agora, mas naquela época eu tinha menos dinheiro ainda, portanto precisava de um saco de dormir que atendesse às minhas necessidades, mas que custasse pouco: eu precisava do raríssimo bom e barato!
Depois de muito pesquisar e analisar os locais para onde eu ia com frequência, baseando-me nas temperaturas médias locais, comprei um saco de dormir da Nautika, modelo Viper.



Esse saco de dormir, ideal para temperaturas entre 5 e 10ºC (positivos), além de pesar 1,100 Kg, tem um volume um pouco grande, mesmo prensado em sua embalagem. Contudo foi dormindo nele que eu fiz a maioria das minhas cicloviagens até a data de hoje.
Ele chegou a rasgar no final do zíper, mas eu o costurei à mão e o continuei usando. Nos dias mais frios dormi usando roupas quentes, pois o ideal dele é em torno de 10ºC.
Um grande inconveniente, além do volume e peso, é o fato de seu zíper só chegar até o meio. Incomoda um pouco para entrar e sair as pernas.
Há alguns meses atrás, com todo aquele frio que fez em quase todo o Brasil, embora eu estivesse um pouco ausente das cicloviagens em virtude de problemas de saúde, achei que estava na hora de comprar alguma coisa melhor, tanto para temperaturas mais frias quanto mais quentes. Encontrei muita coisa importada, ótima, mas com preços muito absurdos. Ademais, aborrece-me o fato de ter que pagar imposto quando importo alguma coisa.
Lá fui eu a pesquisar de novo alguns produtos nacionais, com preços mais razoáveis.
Para temperaturas mais frias encontrei um saco de dormir da Guepardo, com preço bom, que prometia conforto de 0 a 5ºC. Trata-se do modelo Ômega 1, pesando 1,400 Kg. Á princípio achei-o pesado demais, pois seria 300 g mais pesado que o meu antigo Viper! Contudo eu havia de convir que o Guepardo oferecia muito mais conforto para temperaturas mais frias. Resolvi arriscar e comprar. Aproveitei os dias frios de inverno para testá-lo e me surpreendi com a qualidade do produto. Dormi com ele em temperaturas por volta dos 5ºC, apenas de cuecas e camiseta e não senti frio. Dormi confortavelmente.
O revestimento parece-me bem resistente á umidade e o zíper é por inteiro, proporcionando muito mais conforto na hora de por e tirar as pernas. Gostei! Como AINDA não tenho nenhum projeto de pedalar em temperaturas muito abaixo de zero, acredito que com esse saco de dormir meus invernos nas cicloviagens estão garantidos.

Dados do fabricante:



  • Guepardo - Saco de dormir Ômega 1.
  • Material externo: 190T Poliéster W/R W/P
  • Forro: 100% Algodão
  • Enchimento: Poliéster tipo hollow fiber
  • Conforto: 0 a 5ºC

  • Dimensões: 230 x 80 x 55 cm
  • Peso: 1, 400 Kg


Acompanha a sacola para o transporte







Bom, resolvido o problema para os dias mais frios... e os dias mais quentes?
Para as temperaturas mais quentes ou mais amenas, predominantes no Norte, Nordeste e Sudeste, optei por um modelo da Nautika: O Micron X lite.





 Pesando apenas 600 g e com um volume bem pequeno esse saco de dormir é ótimo! Também o testei e gostei. Dormi muito bem num dia de temperatura mais amena, em torno de uns 12ºC.


Características segundo o fabricante:
  • Medida: 215 x 80 x 55 cm
  • Peso aprox.: 600 g.
Temperatura:
  • Extrema 5ºC
  • Conforto 8ºC
  • Enchimento Hollow Fiber
  • Siliconado X-Lite
  • Externo: Nylon RipStop 190T
  • Interno: Nylon 70D
O ziper é total do lado esquerdo e o mesmo possui capuz.

Este saco fechado fica com 29 cm de comprimento por 16 cm de diâmetro. Ou seja, uma embalagem compacta e prática para transporte, bem apropriado para quem pratica cicloturismo pelas regiões citadas.

É importante que se use sempre um isolante térmico, seja ele de que material for, sempre que usar o saco de dormir. Isso aumenta o poder de aquecimento do mesmo e evita que a umidade do solo entre em contato com o saco de dormir, danificando-o e assim diminuindo a sua durabilidade.

No canal do Tocandira há um vídeo falando um pouco sobre esse saco de dormir:





Bom, espero que este artigo posso te-lo(la) ajudado.

Um grande abraço do...



segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Vila de Paranapiacaba, Sto. André, SP.

Olás, meus amigos e amigas!

Nestas últimas semanas tenho feito bastante contato com o amigo cicloturista Emerson Lacerda (http://adhocbikers.blogspot.com.br/). Ele será meu companheiro de cicloviagem para Florianópolis, SC daqui há alguns dias. Nessas boas prosas surgiu o convite para pedalarmos juntos até a Vila de Paranapiacaba, no Município de Santo André, em São Paulo. Ora, como eu não sou bobo, aceitei o convite! Assim, o último dia de agosto foi de pedal em uma ótima companhia! Mas, vamos ao relato.


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31/08/20013 - O celular nem chegou a me despertar. A ansiedade era tamanha que minutos antes eu já estava acordado! 5:45 horas, pulei da cama.
Nós havíamos combinado de nos encontrarmos por volta das 7 horas da manhã, na casa do Emerson, onde tomaríamos o café da manhã juntos. Portanto eu tinha que pedalar uns 5 Km até a residência do amigo.
Passei numa Padaria aqui perto de casa, peguei dois pãezinhos quentinhos e coloquei 100 gr de mortadela em cada um deles. Uma mini garrafinha de guaraná completou o lanche. 
Rapidinho venci os 5 Km que separam as nossas casas e por volta do horário marcado lá estava eu pronto para o café da manhã que a senhora mamãe do Emerson preparara com todo o carinho. Tomamos café, batemos papo e saímos para o pedal. Iríamos por Santo André, Mauá, Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra, até chegarmos à Vila.

Assim que chegamos a Av. dos Estados furou o pneu traseiro da minha bike. Estranho que a câmara estava com um pequeno corte. Acho que foi "mordida" na hora de montar.

Cicloturistas de verdade consertam o pneu sorrindo!



Com a ajuda do Emerson em poucos minutos coloquei uma câmara nova e remendamos a velha para guardar de estepe.

Ói nóis na estrada novamente!


Prefeitura Municipal de Mauá, SP.


Um sábado de sol maravilhoso! Rindo e batendo papo logo chegamos a Ribeirão Pires.


Portal de Ribeirão Pires.



Olha a cara de "tristeza" do Emerson!


Demorou mas voltou, hein véio?!




Logo deixamos as cidades para trás e chegamos na Rodovia com acostamento largo e perfeito para cicloviajar. É fato que as tartarugas que cruzam o acostamento a cada, sei lá, 200 metros, incomoda um pouco, mas se removerem os carros acabam trafegando no acostamento! Pior ainda, né?!



Estradão sem fim!



Nossa, eu estava que nem criança em dia de Natal: Super feliz! Sentir o vento no rosto novamente, encher os olhos de verde, respirar um ar puro da Serra do Mar, ouvir os pássaros e estar em ótima companhia era tudo o que eu queria! E ali estava eu... que prazer! Um pouco fora de forma, reconheço, mas o que importa? O Emerson dissera que o ritmo da pedalada seria "o ritmo do último" e estava seguindo à risca, ahahahah! Com metade da minha idade e muito bem preparado fisicamente ele poderia me dar um banho de pedal, mas cicloturista de verdade pedala devagar, curtindo e sentindo a natureza. Paramos muitas vezes, para fotografar, tomar café, tomar água ou simplesmente para descansar um pouco.

E assim, logo chegamos ao trevo onde pegaríamos uma estrada de terra, que beira a linha férrea e iria nos deixar na parte baixa da Vila.

Comentei com o Emerson que, quando eu era menino se alguém me perguntasse o que eu seria quando crescesse eu diria: Maquinista de trem! O Emerson disse que adora trens e que responderia a mesma coisa! Meu finado tio Emílio era operador de telégrafo na Estrada de Ferro Sorocabana, Estação de Mairinque. Eu vivia ali vendo os trens de passageiros e os trens de carga com uma quantidade quase infinita de vagões passarem. Conversava com os maquinistas... era a década de 60, bons tempos!








Um véio, uma bike e um barração surrado pelo tempo. Uma composição perfeita!



A Nanika também estava satisfeita, encarando o asfalto, 
terra e cascalho com a maior naturalidade.


A estrada é muito bonita, com algumas boas subidas e pedras soltas. Eu, como estou retornando agora depois de longa ausência, senti bastante as subidas, mesmo na "vovózinha" (coroa de 39 dentes na Nanika). Cheguei a empurrar a bike subida acima. O Emerson aproveitou uma dessas para pedalar na Nanika e ficou surpreso com a estabilidade da pequenina! Parece que a Soul vai acabar vendendo mais uma!





No caminho o Emerson já meu mostrou umas trilhas para chegar numas cachoeiras. Já estamos combinando de num futuro próximo chegarmos até elas para uma noite de acampamento. Eu amo acampar em meio a Natureza, fazer uma fogueira e passar horas contanto histórias à beira do fogo! E a janta e o café feitos na lenha então!

Paramos num lago de água cristalina para nos refrescarmos um pouco. O sol estava quente, não tórrido, mas estava quente e a poeira da estrada grudava no corpo suado.




Chegamos no Portal da Vila e já saímos disparando nossas objetivas.







Com 43,610 Km pedalados chegamos à Vila. Nem lembro a hora exatamente, mas sabíamos que era hora do almoço, afinal nossos estômagos estavam nos avisando.

Hum... parece que "alguém" está com fome!



Ô coisa boa! Arroz, feijão, salada, legumes, filé de tilápia e filé de frango grelhados. Comemos que nem gente grande! Pedalar é bom, mas dá uma fome!!! A Vila estava cheia de turistas, bikes, motos de trilha e praticantes de Trekking.

Mal acabamos de almoçar uma neblina envolveu a Vila. Dá para notar nas fotos.




Na foto abaixo, a casa do engenheiro inglês, construída no alto para que ele pudesse ver panoramicamente a construção da estrada de ferro. A expressão não nasceu aqui como eu pensava, mas conta-se que foi muito usada pelos trabalhadores da estrada de ferro. O engenheiro inglês aparecia lá no alto e os trabalhadores gritavam uns para os outros: "Vamos trabalhar, só para o inglês ver!" O engenheiro olhava e se recolhia satisfeito.





É, o ciclopasseio está muito bom, mas está na hora de voltar para casa. 
Nós havíamos combinado de pedalar até Rio Grande da Serra e embarcarmos no trem, para fazer parte da viagem de volta. O Emerson desceria na Estação de Utinga e eu na Estação Ipiranga, de onde continuaríamos o pedal para nossas casas. A Estação Ipiranga, embora ficasse um pouco mais distante, me evitaria boas subidas.



E assim encerramos mais um prazeroso pedal.


Desci na Estação Ipiranga e parte do meu retorno foi pela Rua Cavour, onde morei por muitos anos. Fiquei emocionado ao passar por aquela rua que eu conhecia desde os idos de 1959. Revi a Escola no Parque Sevilha, que naquela época era de madeira pintada de azul, onde fiz parte do meu 2º ano primário. Doces lembranças.

Um sábado memorável! Um pedal maravilhoso!


Agradeço a Deus por mais essa oportunidade de curtir a beleza de Sua criação, acompanhado de um grande amigo e parceiro. Agradeço à Sra. mamãe do Emerson pelo lauto e delicioso café da manhã.

67 Km pedalados.
Um pneu furado e só alegria!

Até a próxima e obrigado por todos(as) que prestigiam o nosso Blog!

Um caloroso cicloabraço do...