domingo, 20 de setembro de 2015

Pedal no Parque Ecológico e um tombo caprichado!

Olás, meus amigos e minhas amigas que sempre nos prestigiam com as suas presenças. Boa tarde!


Amanheci com dores lombares na manhã de hoje. Aliás, desde ontem estava com dores lombares.
Ah, não é uma dorzinha qualquer que irá me impedir de pedalar num domingão lindo e cheio de sol!
Passei pomada na lombar, tomei um Dorflex e saí para o meu pedal dominical.
Antes de continuar, deixe-me fazer um parêntese: Nos dias anteriores pedalei com a Nanika, que é "Hard Tail" (termo usado para bicicletas sem suspensão ou balança traseira) e fiquei com dores lombares. Logo pensei, será que meu corpo já se habituou com a Full Suspension?

Para quem não conhece, esta é a Nanika. Aro 20", dobrável.


E esta é a Full Suspension - O sofá das estradas!


Quando pedalo com a full, nem uso bermuda de ciclismo, almofadada. As suspensões dianteira e traseira amortecem todas as imperfeições do terreno.
Assim, creio que o meu corpo já se acomodou ao conforto da full e quando pedalo com a Nanika, que é mais dura, ando sentindo dores lombares. Só me faltava essa!
Mas, voltando ao pedal de hoje, mediquei-me como disse anteriormente e saí pedalando normalmente em direção ao Parque Ecológico do Tietê. Fazia muito tempo que eu não ia para aquelas bandas. Só o fiz porque no Parque do Carmo tem muitas subidas e como eu estava com problemas na lombar, não queria forçar.

Saindo de casa.


Quem disse que eu não pedalo na Marginal do Tietê?


A ciclovia abaixo foi inaugurada pelo Luciano Ramos e eu, numa de nossas cicloviagens. Naquela época ficamos até com medo de sujar os nossos pneus de tinta, hehehe. Atualmente está toda remendada.



 Cheguei!


O Parque está do mesmo jeito que eu o conheci anos atrás. Estava repleto de ciclistas individuais e aos grupos.
O Parque é todo plano e cada volta interna tem em torno de 4.500 Metros. Um carro de segurança privada fica rodando o tempo todo pelo Parque e, nas portarias, têm guardas.

O Sombra, que sempre me acompanha, não saiu bem nas fotos hoje.


Antigão todo feliz.




Os cisnes pedalinhos.


Os Quatis pedindo comida!




Na Ilha dos Macacos.



Os macacos chegando para beber água.



E chegou a hora de voltar para casa. Imagino que até chegar em casa dará por volta de 50 Km pedalado, o que está de bom tamanho para quem saiu de casa com dores lombares.

Voltando pela velha e remendada ciclovia.


A ciclovia segue até a Portaria do Parque. Observem que a ciclovia segue pelo lado esquerdo da estrada. Isso indica que, ao final, para ficar na mão o ciclista terá que cruzar a estrada asfaltada. Ainda por cima, o local é todo cascalhado, sem asfalto. E tem mais: Tem uma espécie de retorno do lado esquerdo. Ou seja, quem bem do Tatuapé entra pela esquerda, passa em frente a portaria e, ou segue pela estrada no sentido Parque Ecológico, ou sai e retorna para a avenida. Esta saída é muito perigosa para ciclistas!
Vejam o desenho que eu fiz:


O ciclista que sai da ciclovia tem que atravessar olhando para frente, á sua esquerda e olhando para trás à sua direita.
Tenho certeza que fiz isso. Na minha frente vinha um celta com seta ligada para fazer o retorno à sua esquerda.  Entrei para a direita para pegar a minha mão e sair da frente do celta e, confesso, não vi o carro que vinha por trás. Quando escutei a freada e o carro escorregando no cascalho, meti a mão no freio, pois assim eu ficaria no meio e o carro poderia seguir à minha direita, mas não deu. É cascalho e eu não sabia que o meu freio traseiro estava com problemas. Freou só a roda dianteira e, no cascalho, todos sabem o que isso significa: Chão! Caí no cascalho e bem na frente do corsa que vinha por trás!

 Lateral do Braço esquerdo, próximo ao cotovelo.


Perna esquerda.


Cotovelo esquerdo. Uma pedra ficou por baixo da pele 
e a minha esposa removeu com uma pinça esterilizada.


Ombro esquerdo.


Perna direita, abaixo do joelho.


A lateral da bacia, devido à pancada nos cascalhos, inchou e tá doendo bastante.

Para aqueles que criticam o uso do capacete, aqui vai uma mensagem. Bati a cabeça que se arrastou pelo cascalho. Se não fosse o CAPACETE eu com certeza teria rebentado a cabeça. Quem sabe nem estaria aqui, escrevendo essas palavras. As luvas também protegeram às minhas mãos.
O motorista do corsa, seu passageiro e um ciclista que passava pelo local, correram em meu socorro. Todos foram muito gentis. Pedi desculpas pela caca que fiz, quase prejudicando-o, caso tudo tivesse sido mais grave. Ele disse que também pedala e que percebeu que eu iria para a direita e já foi freando o carro, que arrastou ao sair do asfalto e cair no cascalho, onde eu estava.
Lavei os ferimentos com a água da caramanhola e tratei de voltar a pedalar enquanto ainda estava quente, pois sabia que depois que esfriasse iria ser difícil pedalar novamente.

Do local do acidente até em casa ainda pedalei uns 15 Km. Parei numa drogaria para compra gase, Mertiolate e uma pomada bactericida.
Cheguei em casa fui logo pro chuveiro. Lavei bem os ferimentos com água e sabonete. Minha esposa fez os curativos.
A bike não sofreu nem um arranhão.

Agradeço a Deus por mais essa pedalada. O tombo é apenas um acidente de percurso. Se eu tivesse prestado mais atenção ele não teria acontecido.


Quarenta e nove Km para quem saiu de casa com dores lombares não é nada mal. Daqui uns dias já estarei pronto para um novo pedal, se Deus quiser.

Obrigado a todos que nos prestigiam acessando este nosso Blog.

Logo, logo, teremos uma nova cicloviagem mais longa, aguardem!




3 comentários:

Anônimo disse...

Waldson.

Ô, companheiro!... tava com a mente em outro canto, né?... Mas não esquenta... isso acontece até com a família real britânica, se eles resolverem andar de bicicleta, lógico, né?

Esses "sustinhos" até que servem para deixar a gente esperto outra vez. Às vezes, a gente repete tanto uma mesma rotina, que acaba se habituando com ela e relaxando. O nosso tão bem vindo e previdente medo vai indo embora de mansinho... de mansinho... e daí, BUM! Chão!

Tenho certeza que para uma raposa velha (no sentido de experiente, claro) como você, esse incidente vai se transformar em um belo ensinamento.

Realmente, um lindíssimo dia, viu? As fotos também estão muito bacanas. Gostei.

Falando sobre o tipo de bike mais apropriado para você, amigo... não vejo Waldson Gutierres sentado em cima de nenhum tipo de bicicleta que não seja uma "full". Sei que você tem seu chamêgo com essa baixinha aí, mas... ao menos para o ciclotur, você estará ligado para sempre às "full". A expressão "sofá da estrada" resume muito bem a idéia geral da coisa.

Por fim, parabéns pela lição de força de vontade. Ao invés de se entregar e desistir, subir na bike e ir à luta! Você já parou para pensar em quantos da sua idade tomariam a decisão que você tomou no domingo de manhã? Sair de bike mesmo com dores lombares? Pedalar 50km. para "relaxar"? Levar um tombo, se ralar todo feito moleque de 17 anos? Seu domingo foi um domingo típico de quem tem vida! Por isso sou teu fã. Tem outros motivos também, mas esse é o maior.

Boa semana pra ti, parceiro!

Gilmar Mendes disse...

Parabens Waldson por mais esse ensaio
para a grande aventura ;)

Acho que o sombra tava premeditando tudo
ate' tapou a cara para nao ver xD

Extremamente felizes os comentarios do
joaoramalho63 \o/

Ja' passei apurado em piso com pedrinhas...
sempre licoes a serem aprendidas.

Parabens e obrigado por mais esse relato
brioso ;)

[]s

Gabriel disse...

Ôloco!

Que bom que foram apenas uns arranhões e o susto. Capacete sempre!

Como li em algum lugar, existem dois tipos de ciclistas: os que já caíram e os que vão cair. Melhoras e bons pedais!