terça-feira, 7 de maio de 2013

Novas mudanças na Nanika, minha dobrável de cicloturismo.

Nanika


Não sei se já comentei com vocês, mas a minha proposta em relação a Soul, dobrável aro 20 que hoje possuo, é torná-la uma verdadeira bike de cicloturismo. Não quero dizer com isso que não se possa comprar uma Soul igual a minha e usá-la largamente para pegar as estradas por aí.
Ocorre que, a minha Soul, carinhosamente chamada de Nanika, é o modelo D60 em aço carbono. Esse modelo, como pude observar possui peças simples, pois é uma bike destinada ao uso urbano, onde não há uma carga a ser transportada como no cicloturismo.

Normalmente esses modelos de bicicletas são usados para o dia-a-dia, conduzindo as pessoas aos seus ambientes de trabalho. Dobradas são conduzidas em bolsas nos meios de transporte urbanos e até nos bagageiros dos veículos de passeios. Já as vi nos parques e em ciclovias urbanas, enchendo de prazer quem as conduzia.

Cicloturismo de longa distãncia é uma outra história. São vários dias pedalando uma delas com carga total, por estradas de terra, asfalto, longas subidas ou grandes pirambeiras. Estradas litorâneas com sua peculiar maresia e areia são as grandes detonadoras de equipamentos frágeis que porventura possam equipar esse tipo de bicicleta. Contudo, com apenas uma cicloviagem efetuada em minha "Nanika" pude perceber a grande vantagem que ela leva sobre as bicicletas convencionais, quando se trata de transportá-la nos bagageiros dos ônibus interestaduais, como normalmente faço. Ao dobrá-la seu tamanho não ultrapassa o tamanho de uma mala de viagem qualquer, faciclitando em muito o seu transporte, bem como embarque e desembarque.
Imagino que nos aeroportos, quando necessário transportá-la de avião, possa levar a mesma vantagem.

Acrescente-se a isso a postura do ciclista praticamente sentado. Essa posição, embora seja mais resistente ao vento contra, oferece um conforto a mais. Não quero dizer com isso que a velocidade será a mesma conseguida com uma bike convencional, devido a postura mais agressiva. Mas essa "perda" é em grande parte compensada pela postura quase ereta, que dá ao seu condutor uma visão de 180º graus. Para um cicloturista como eu, que gosta de apreciar as paisagens á sua volta e tirar as mais variadas fotos isso é um prato cheio! Ademais, quem precisa de velocidade em cicloturismo? Eu não!

Mas, diante do exposto, o que estou fazendo para tornar a minha Nanika mais robusta para a prática do cicloturismo? Mudanças estruturais! Algumas mais simples, outras mais radicais.
Obviamente que não me baseio em dados técnicos. Faço todas as mudanças embasado na minha modesta experiência, adquirida nos últimos 5 anos de estradas e, com certeza, na opinião de amigos bikers experientes.

Num artigo anterior eu já havia comentado sobre algumas mudanças que fizera. Para ler esse artigo clique AQUI.

Neste último mês, aproveitando o meu recesso cicloturístico, promovi novas alterações na Nanika, visando torná-la ainda mais robusta e preparada para uma longa cicloviagem.

Recomeçamos trocando a caixa central por uma selada e com eixo mais curto, compatível com o coroa dupla que já estava instalada. Essa mudança já estava prevista, mas tivemos que antecipá-la haja vista que a caixa original pifou completamente. Como eu disse anteriomente da fragilidade das peças, rodei muito pouco com ela. Após a troca, devido ao eixo de 113 mm,  a corrente passou a ficar mais alinhada com a coroa e catraca de 7 V.

Corrente alinhada.



A segunda mudança foi a troca dos manetes de freio, antes de plástico, que deram lugar a um modelo de alumíno da marca Shimano. Confesso que eu não tinha muita confiança em descer serras com a bike carregada, apertando aqueles manetes plásticos que poderiam se romper a qualquer instante.

Novos manetes Shimano.



Esse modelo da Soul é equipado com rodas de alumínio de folhas simples e cubos de ferro. Os cubos de ferro são frágeis, principalmente o traseiro onde o peso estará concentrado ao transportar alforges carregados, barraca, saco de dormir, colchonete, etc. Assim, achei por bem efetuar uma troca mais radical nesses componentes: Instalamos uma roda de folha dupla, modelo Vzan Aero, com cubo cassete Shimano Paralax e raios em Inox. A outra vantagem dessa troca é o sistema de blocagem que substituiu as porcas de 15 mm.

Cubo Shimano Paralax e Roda Vzan Aero 36 F, com raios inoxidáveis.



Uma curiosidade é que os aros originais são de 28 furos e não existe - pelo menos no Brasil - nada que a Shimano produza em matéria de cubos para essa quantidade de raios. Assim, instalamos cubos e rodas com 36 furos.

E a roda dianteira? Bom a roda dianteira é um caso a parte. Primeiro, a distância das flanges do cubo é de 74 mm e não encontrei nada com essa medida no mercado brasileiro. Segundo, o problema da quantidade de raios. Pesquisei alguns fóruns internacionais e vi que lá fora o pessoal tem o mesmo problema com as Dahon, fabricante do quadro da Soul: garfos estreitos. A única saída seria contratar um frame builder para confeccionar um garfo novo e mais largo, compatível com os cubos Shimano Paralax.
Essa hipótese foi totalmente descartada, pois na frente da bicicleta não irei carregar peso. Apenas o saco de dormir e isolante térmico inflável ocuparão o bagageiro dianteiro, o que não comprometerá a durabilidade do cubo e roda dianteira. Contudo, já estou vendo com outro fabricante de dobrável a possibilidade de adquirir um cubo dianteiro de alumínio, que possa pelo menos permitir a troca das "bacias" onde repousam as esferas.
Mas, para que a roda dianteira não ficasse tão diferente, instalamos raios inoxidáveis e eu mesmo providenciei uma pintura em preto brilhante.

Uma lixa bem fininha, duas demãos de primer cinza, três demãos de spray preto brilhante e duas demãos de verniz tornaram a roda bem mais compatível com o cojunto todo.

Roda em preto brilhante.


Finalmente, já que estava mexendo na relação da bike e colocara um cubo cassete Paralax, instalei um cassete Shimano de 8 V. Para completar o conjunto falta apenas o trocador Shimano altus de 24 V que deverá chegar ainda nesta semana. Com essa mudança mais o adaptador que deverá chegar em meados de junho, a Nanika passará a dispor, nada mais nada menos do que 16 marchas. Nada mal para uma dobrável aro 20!



Por ora é isso, pessoal.

Agora vamos aguardar uns dias para colocá-la em teste, pegando uma estrada por aí.

Novas mudançs virão, aguardem!

Grande cicloabraço do...






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