quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Feliz Ano Novo! Bem-vindo 2016!

(Foto Algarvebike)

Olá, meus amigos e minhas amigas!

2016 está às portas e eu quero desejar a todos vocês um Feliz Ano Novo. 
Que neste novo ano tudo se renove em nossas vidas, que possamos gozar de muita saúde e que todos os nossos projetos se realizem. Se pedalamos ou praticamos qualquer outra modalidade esportiva, que Deus nos permita fazer aquilo que gostamos com muito prazer e alegria.
É sabido que todos nós precisamos de um pouco - ou muito! - de grana para que possamos realizar os nossos projetos, mas sabemos que com saúde e paz teremos a disposição necessária para corrermos atrás do que precisamos.
No livro de Provérbios há estas sábias palavras em oração:

Senhor,
Eu te peço duas coisas, não mas negues antes de minha morte:
afasta de mim a falsidade e a mentira, não me dês nem pobreza nem riqueza, concede-me o pão que me é necessário, para que, saciado, eu não te renegue, e não diga: Quem é o Senhor? Ou que, pobre, eu não roube, e não profane o nome do meu Deus.

Provérbios 30:7-9

Esse é o 2016 que eu desejo para mim, para minha família e para  todos vocês.

Aproveito para agradecer a todos que nos prestigiaram durante todos esses anos, visitando o nosso Blog e lendo com prazer os nossos relatos de cicloviagens e artigos. Espero que em 2016 eu possa cicloviajar mais e compartilhar os relatos e fotos com vocês.

Assim, agradeço a Deus pelo ano que se vai e mais uma vez...


Um grande e fraternal cicloabraço do ...



sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

O verdadeiro Natal

O Verdadeiro Natal

Autor Guilhermina Batista Cruz - guilherminabcruz@bol.com.br

As festividades em comemoração ao Natal e a chegada do Ano Novo se aproximam e tudo fica mais bonito nesse período: ruas iluminadas, lojas enfeitadas, shoppings decorados. Todo o comércio com presentes disputando a preferência do consumidor.

Desse modo, nessa época do ano, boa parte da nossa sociedade costuma dar mais ênfase às festas e a troca de presentes entre as pessoas, do que a real comemoração do aniversário de nosso Mestre Jesus.

Será esse o Natal de Jesus? Temos a certeza que não. O Natal do Cristo Jesus é bem diferente de tudo isso.

É o Natal do amor, no sentido universal, é o Natal da solidariedade, da caridade para com o nosso próximo. Pensando assim esse é o momento certo para olharmos para dentro de nós mesmos e fazermos um balanço de tudo aquilo que fizemos durante esse ano que termina.

Será que comemoramos o Natal de Jesus no decorrer deste ano? Será que fizemos a caridade como mandam os ensinamentos do Mestre Maior? Isso é o que deve tocar fundo em nossos corações.

Que tudo possa se transformar em paz, harmonia, em serenidade para todos nós, de acordo com os ensinamentos do Evangelho de Jesus.

Com força, com determinação e coragem haveremos de construir um mundo melhor, onde todas as nossas crianças crescerão dentro dos ensinamentos evangélicos, onde as lágrimas da fome e do desamparo desaparecerão dando lugar ao sorriso de confiança e de segurança, de que o nosso Planeta tanto precisa para sua transformação de um mundo de provas e expiações em um mundo de regeneração.

(Editorial OSCEB)

Desejo a todos muita paz e luz, que o Natal do Mestre Jesus penetre em seus corações, inundando-os com seu amor sublime e que no ano que se iniciará em breve, nossos própositos para o bem se fortaleçam cada vez mais na prática da caridade, do amor e do perdão.

Muita Paz e Luz!

Faço minhas as palavras da autora e esclareço a todos os amigos e amigas que nos lêem, que coloco o texto acima sem nenhum vínculo com "religião".
Deus seja com todos! 

Um grande cicloabraço do...


sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Antigão, graças a Deus, renascendo das cinzas!


Olá, meu amigos e minhas amigas!

Boa noite!

Quando escrevi o artigo relatando que adiara a cicloviagem para o sul, meu coração estava deveras angustiado. Parecia-me que nunca mais eu subiria numa bike e que estava tudo acabado. No filme da minha vida esse não era o final feliz que eu esperava. Talvez, naquele momento eu não estivesse preparado para ouvir da Endocrinologista aquelas duras palavras. Dizer que o meu pâncreas não funcionava mais e que eu estaria sujeito às aplicações de insulina para o resto da vida soou para mim como uma sentença de morte. Mas, agora, passados alguns dias, depois de meditar bastante na situação, tenho notado que a coisa não é tão feia como me pareceu naquele fatídico dia.

Hoje, quando eu voltava do laboratório, onde fora buscar o resultado de um exame de urina, uma voz sussurrou suavemente no meu interior: "Neste mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo". Palavras do Mestre! (João, 16:33).
Mas então é isso, é só ter bom ânimo!!! Mas... o que significa ter bom ânimo?
Ter bom ânimo é ter fé. Fé no Criador e em si mesmo. O que o Apóstolo Paulo nos diz sobre a fé?
"Ora, a fé é a certeza de cousas que se esperam, a convicção de fatos que se não vêem" (Hebreus 11:1).
Então estou convicto que faltou-me a fé naquele fatídico dia. Tivesse tido a fé proposta por Paulo e eu teria tirado de letra aquelas palavras aparentemente tão duras. Embora eu seja fraco e falho, Deus é maior e tem restabelecido a minha fé, de maneiras que hoje já posso dizer que estou renascendo das cinzas como o faz a Fênix da mitologia grega.

Desde que voltei a pedalar, em 2006, já passei por 4 cirurgias de coluna lombar (artrodese) e, a despeito do ceticismo de alguns, voltei a pedalar. Demorou, não nego, mas voltei. Passei por uma angioplastia em 2013 e logo estava pedalando de novo. Assim o Papai do Céu, com a Sua graça incomensurável, tem me mantido firme, sempre me fazendo renascer das cinzas . Ele também tem preparado pessoas amigas que sempre me enviam palavras de fé e otimismo, as quais têm me ajudado muito na minha recuperação. Obrigado a todos vocês, amigos e amigas!

Ontem passei por três hipoglicemias. A princípio isso parece muito mal, mas para mim isso foi uma vitória, pois significa que a medicação tem surtido o efeito desejado. Passei muitos meses com hiperglicemia. Várias vezes estive no Pronto Socorro com a glicemia altíssima; tanto que o meu glicosímetro nem conseguia marcar (HI)! Lá tomava insulina, soro e voltava de madrugada para casa. Hoje, 11/12/15, tomei insulina NPH apenas de manhã e estou até o presente momento, 19 horas, numa boa.

Graças a Deus já comecei a vislumbrar novas e prazerosas cicloviagens. Enfim, há uma luz no fim do túnel! Que venha 2016!!!



Ainda não posso dizer que pedalarei de Floripa até o Chuí, como planejara há meses atrás, mas, certamente cicloviagens de dois ou três dias poderão ser executadas mais breve do que eu imaginava,

Bom, vou ficando por aqui, lembrando que, curiosamente na minha terceira cirurgia lombar, faltava apenas uma semana para o Natal, quando eu saí do hospital.

Um grande e fraternal cicloabraço do...




sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

O Pâncreas para, as cicloviagens também.

Fig. fonte Site Dr. Dráuzio Varella

Olá, meus amigos e minhas amigas!

Infelizmente as notícias não são alvissareiras.

Nos últimos dias achei por bem adiar por prazo indeterminado a cicloviagem que eu faria para o sul do Brasil, que eu chamara de Projeto Floripa-Chui. Nesse projeto a ideia seria sair de Florianópolis, em Santa Catarina e chegar até a cidade de Chui, no Rio Grande do Sul. Do Chui voltaria pedalando até Porto Alegre e de lá pegaria um ônibus para São Paulo, onde resido.


Mas, por que adiar uma cicloviagem na qual me empenhei tanto na tentativa de transformá-la de sonho em realidade?
Creio que todos sabem que sou diabético e fazia tratamento com medicamentos do tipo comprimidos. Há poucos dias retornei à Endocrinologista e lhe entreguei o resultado de alguns exames laboratoriais, que ela solicitara. Também lhe entreguei um gráfico das medições da glicemia, onde constava uma grande descompensação, com uma média de aproximadamente 300 Mg/dl. Ao ler o gráfico e o resultado dos exames, ela olhou bem nos meus olhos e disse: "Sinto muito Sr. Waldson, mas o seu pâncreas não funciona mais". E arrematou dizendo: "A partir de agora o Sr. terá que tomar injeções diárias de insulina, humana e regular, e passou a me informar como eu faria para misturá-las, etc.
Isso caiu como uma bomba na minha cabeça! Aquelas palavras "seu pâncreas não funciona mais" ficaram martelando na minha cabeça e me acompanharam no caminho de volta e nos dias seguintes. Infelizmente não posso negar, fiquei deprimido.
Atualmente já estou melhor. A fase depressiva já está ficando para trás, afinal eu não sou o primeiro e nem o último a fazer tratamento com insulina para continuar vivendo. Conheço pessoas que o fazem desde criança. Evidente que, até então, eu nem me lembrava dessas pessoas como diabéticos insulínicos mas, após o meu diagnóstico, elas passaram a fazer parte integrante dos meus pensamentos mais positivos.
Assim, estou assimilando a medicação e aprendendo a lidar com a doença. Não teria a menor condição de fazer uma cicloviagem dessa envergadura. Não, pelo menos, nesse momento. Os diabéticos insulínicos, quando viajam, precisam levar consigo seringas, ampolas de insulina, glicosímetro, etc. Sem contar que a insulina precisa ser conservada em temperatura entre 15 a 30 graus centigrados.
Posso no futuro retornar á esse projeto, contudo num mês de temperatura mais amena e quando já estiver mais preparado psicologicamente para fazê-lo.
No mais, penso em fazer cicloviagens de um ou no máximo dois dias até que tudo se resolva a contento.
Por ora vou me dedicar ao equilíbrio emocional e pedir a Deus que seja feita a Sua vontade soberana. Não sou eu que vivo dizendo o homem faz seus planos, mas quem dá a última palavra é Deus? Assim que seja feita a vontade Dele e não a minha.

Agradeço a todos que colaboraram com a minha vaquinha afirmando que, a cicloviagem não foi excluída dos meus projetos, apenas adiada para um momento mais oportuno.

Aproveito para desejar a todos um Feliz Natal, muita Paz e muita alegria!

Um grande cicloabraço do...

terça-feira, 17 de novembro de 2015

5 Razões para se cicloviajar com uma bicicleta dobrável.



A combinação de duas coisas legais - ciclismo e viagem - pode se tornar a coisa mais prazerosa do mundo! Viajar com uma bicicleta tem muitas vantagens. É uma grande tendência mundial, hoje em dia,  os viajantes levarem consigo uma bicicleta, além de sua bagagem.
Mas neste artigo, gostaríamos de ter uma visão em particular, cicloviajando com uma bicicleta dobrável. 
Por que você deve escolher uma bicicleta dobrável ao invés uma bicicleta normal? Abaixo está a lista de 5 boas razões :
  1. Você pode guardar a bicicleta com segurança: Com uma bicicleta de tamanho grande, você certamente não obterá autorização para traze-la para dentro do quarto do hotel, pousada, albergue, etc. Terá que deixá-la trancada do lado de fora, no quintal, garagem, etc. Nesse caso, o risco de ter sua bicicleta roubada é realmente alto. Mas uma bicicleta dobrável pode ser facilmente dobrada em um tamanho pequeno e poderá permanecer no seu próprio quarto. Obviamente, é muito mais seguro lá, ao seu lado que em qualquer outro lugar.
  2. Você pode sair para explorar os arredores com facilidade: Em vez de andar em turnê, com trajetos previamente traçados por terceiros, você tem  poder para ir mais rápido e mais longe. É super fácil pegar sua bicicleta dobrável, montar e explorar muitos lugares interessantes. Você também tem maiores chances de explorar locais menos conhecidos que outros viajantes. Não há nada tão divertido como explorar o seu destino de viagem livremente com uma bicicleta dobrável.
  3. Você pode economizar uma boa grana:  O meios de transporte sempre levam uma grande parte do orçamento da viagem. Em alguns países é extremamente caro usar o serviço de transporte local. É quando uma bicicleta dobrável é definitivamente útil. Ela te permite cortar os custos de aluguel de automóveis ou despesas de transporte público durante a viagem.
  4. Você pode trazê-la consigo sem nenhum problema: Com um design tão compacto e um peso relativamente muito mais leve do que outras bicicletas regulares, uma bicicleta dobrável é facilmente transportados por viajantes para onde quer que vá. Especialmente quando se vai junto com a bike, no interior do meio de  transporte, o espaço ocupado por uma bicicleta dobrável definitivamente faz com que você tenha menos problemas. Normalmente nem é permitido transportar uma bicicleta grande no interior do transporte público, exceto nos bagageiros.
  5. Você viaja e ao mesmo tempo faz exercício cardio respiratório: Um viajante normal não tem tempo para trabalhar seu corpo fisicamente enquanto viaja. Mas viajar com uma bicicleta dobrável torna isso muito mais fácil. O ciclismo é uma ótima forma de exercício físico. Se você é uma pessoa alegre e ativa, viajar com uma bicicleta dobrável será uma experiência incrível. Experimente! Mesmo que você não tenha familiaridade com viagem sobre rodas.
Texto traduzido e adaptado do: Folding Bike Guru - 
http://www.foldingbikeguru.com/5-reasons-travel-folding-bike/


Certa feita desci a Serra, com destino a cidade de Bertioga, com a minha bicicleta dobrável. Passei a noite na cidade e na manhã seguinte cheguei à Rodoviária uma hora antes do embarque que faria para São Paulo.
Comecei  a retirar alforjes, barraca, colchonete, etc. do bagageiro da bikezinha, preparando-a para o embarque, enquanto algumas pessoas me observavam atentamente. Tirei tudo, dobrei a bike e fiquei a espera do ônibus. Foi quando uma moça que me observava se aproximou e disse: 
- Nossa, estou observando o senhor ajeitar a sua tralha e dobrar a sua bike! Nem parece aquela bicicleta carregada que chegou aqui!
E passou a me perguntar tudo sobre a bike dobrável, marca, modelo, como faria para comprar uma e por aí afora.
Para vocês verem que as dobráveis são ótimas em todos os aspectos.

Um grande cicloabraço do...




sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Sugestão de ciclopasseio: Ilha Comprida a Cananeia, SP. pela areia da praia.



Olás, meus amigos e minhas amigas,

Todos sabemos que o paulistano vive correndo, num dia-a-dia cheio de afazeres. Um passeio de bike, bem leve e prazeroso é sempre uma boa pedida, principalmente se puder ser feito em apenas um final de semana.
Quantas vezes você já leu relatos de cicloturistas, viu as fotos, se entusiasmou, mas ficou frustrado ao perceber que o passeio não poderia ser feito, uma vez que você só tem o final de semana e o passeio relatado abrange vários dias.
Pois bem, este você poderá fazer num sábado/domingo!

O passeio consiste em sair de Ilha Comprida, SP com destino a Cananeia, SP, pela areia da praia.

São, mais ou menos, 60 km de pedal, parte por uma estradinha até o bairro de Pedrinhas e depois aproximadamente 20 km restantes pela areia da praia. Tudo plano, belas paisagens e muitas praias desertas.





O ônibus para Ilha Comprida sai da Rodoviária de Barra Funda e o tempo de viagem é de aproximadamente 4 horas.
Se o cicloviajante quiser, pode sair mais tarde de São Paulo e pernoitar numa pousada em Pedrinhas, fazendo os 20 Km restantes até Cananeia no dia seguinte.


A areia é dura, portanto ótima para se pedalar. Apenas sugiro ao cicloviajante que atente para a Tábua das Marés, para não se arriscar numa maré muito alta. http://www.mar.mil.br/dhn/chm/box-previsao-mare/tabuas/

O caminho não tem erro: Saindo da Rodoviária de I. Comprida é só pegar a Av. Beira Mar á direita e seguir no sentido Sul - Pedrinhas/Cananeia. Quando chegar no trevo de Pedrinhas, virar a esquerda no sentido praia e continuar na areia, no sentido sul. Se for pernoitar em Pedrinhas, siga a direita no trevo. Há sinalização no local indicando o caminho para Pedrinhas.



No final da praia tem uma estradinha que segue á direita até o embarcadouro de balsas para Cananeia.


Uma vez em Cananeia, é só curtir a cidade, pegar o ônibus para São Paulo e retornar.

Cananeia é uma cidade aconchegante e tem boas opções de  restaurantes e lanchonetes. Seu povo é bastante receptivo. Vale a pena fazer esse passeio.


Se chegou cedo em Cananeia, uma opção a mais é seguir em direção ao Mirante da cidade, de onde se avista tudo até onde a vista pode alcançar.
Aconselho o uso de calça, camiseta de manga comprida e um tênis. Passe repelente nas partes visíveis do corpo, pois como a subida é feita no meio da mata há muitos pernilongos




Mais informações sobre Cananeia: http://www.cananeia.net/home/index.php


Por ora...


terça-feira, 10 de novembro de 2015

Iniciativa traz mais segurança para o ciclismo nas ruas de Porto Alegre



Com esse título, no último dia 09/11/2015, o Blog da Itati, Água Mineral Natural, publicou uma excelente matéria, creio do interesse de todos os ciclistas deste país.


Como não poderia deixar de ser, inserimos aqui o link, para que os nossos amigos e amigas possam também se inteirar dessa matéria tão do nosso interesse.


http://www.itati.com.br/iniciativa-traz-mais-seguranca-para-o-ciclismo-nas-ruas-de-porto-alegre/

Uma boa leitura a todos!


quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Alimentação nas cicloviagens.

Seguindo o princípio do "O que será que o Antigão leva nesses alforges?", este artigo tem por objetivo comentar sobre a minha alimentação nas cicloviagens.


Olá meus amigos e minhas amigas! 

Começo por lembrá-los que o item principal é, sem sombra de dúvidas, a água. Sem ela sequer sobreviveremos. Portanto levem sempre consigo muita água, tanto para beber quanto para cozinhar.

Não quero neste artigo listar alimento por alimento que preparo e consumo nas minhas cicloviagens. A  ideia é "bater um papo" sobre o assunto e, a partir daí, os nossos seguidores e seguidoras vão criar os seus próprios kits de alimentação, de acordo com a sua vocação alimentar.

Bom, praticamente 90% das minhas cicloviagens são auto-suficientes. Isto quer dizer que, em 90% espero não depender de lanchonetes ou restaurantes. Evidente que há exceções, por isso 90%. 
Podemos classificar a minha alimentação nas cicloviagens em duas etapas: Antes e depois do diagnóstico de portador de diabetes tipo 2. 

Antes porém, vamos falar um pouco do meu contato com o fogão, pois uma pessoa que pretende cicloviajar de maneira auto-suficiente, além de levar as tralhas de cozinha e alimentos in natura, tem que possuir um mínimo de conhecimento de como preparar os alimentos.



O meu contato com o fogão vem de longa data. Meu pai faleceu quando eu tinha apenas 11 anos de idade. Naquela época minha mãe era apenas uma costureira do lar e, com o falecimento do meu pai, precisou sair para trabalhar fora. Eu tinha um irmão mais novo, mas ele foi morar com a minha tia/madrinha, ficando só eu e minha mãe em casa. Como ela chegava tarde do trabalho e ainda precisava preparar o jantar, que deveria sobrar para o meu almoço, ficava muito cansada e ia dormir muito tarde. Assim, aos poucos ela me ensinou a acender o fogão, que naquela época era a carvão, e preparar alimentos mais simples. 



No começo eu apenas colocava o feijão de molho, mas com o passar do tempo eu já cozinhava o feijão e ela o temperava quando chegava do trabalho. Dessa forma os anos passaram e eu fui progredindo no preparo de alimentos. Anos depois, com uns 17 anos, cheguei a trabalhar de ajudante de cozinheiro, num canteiro de obras.
Já adulto, morei sozinho por alguns anos e os ensinamentos culinários de minha mãe sempre foram extremamente úteis. Naquela época a gente chamava de "queimar lata" o ato de morar sozinho e preparar seu próprio alimento.




Antes do Diagnóstico:

Por volta de 2009/2010 senti a necessidade de fazer a minha própria comida nas cicloviagens. Como eu cicloviajava com barraca, carregar uma espiriteira e preparar o próprio alimento seria uma mão na roda, principalmente por saber o que estaria comendo e também pela economia em $$$. O ato de economizar poderia me permitir ir mais longe nas cicloviagens. Como a maioria dos cicloviajantes auto-suficientes, comecei com o tradicional macarrão instantâneo (Miojo). Logo substituí aquele saquinho de tempero deletério por tempero próprio que eu carregava comigo: Alho frito, cebola, cheiro verde desidratado, óleo e sal. Também comecei a levar a linguiça defumada, aquela fininha, para dar mais substância ao macarrão instantâneo. Cortava a linguiça em rodelas e colocava na água para ferver. Uma vez fervida jogava a água da fervura fora, para eliminar o excesso de gordura, conservantes e outros produtos químicos. Assim, bastava cozer o macarrão e acrescentar a linguiça já previamente cozida. Acrescentava os temperos e pronto, comia tudo com pão francês ou torradas. Depois, comecei a levar macarrão normal, espaguete, parafuso, borboleta, etc. Também levei arroz branco em algumas ocasiões. Este último eu comprava daqueles que não precisam escolher nem lavar. Ao passar nalguma cidade, já próximo do horário do almoço, comprava um ou dois bifes grandes e comia arroz com bife e salada de tomates acebolada e com uma pitada de orégano

Até agora já temos:

Macarrão instantâneo; Sal; Óleo; Vinagre ou limão; Alho frito; Macarrão normal: Arroz; Cebola; Tomates; Orégano; Cheiro verde desidratado; Linguiça defumada; Bife; e por aí vai.




Já me utilizei de alimentos liofilizados, mas muito poucas vezes.




Aí, para quem não conhece, surge a pergunta: O que são alimentos liofilizados?

Liofilização é um processo de desidratação usado para preservar alimentos perecíveis, princípios ativos, bactérias, etc, onde estes são congelados e a água é retirada, por sublimação, sem que passe pelo estado líquido.

Fonte: Pesquisa na Internet.

Também me utilizo bastante de sardinhas e atum granulado em latas. Nesses casos, dou preferência às latas que já vem com a chavinha para abrir. Contudo, não adianta ter a "chavinha" mas ser um produto de qualidade duvidosa. Também carrego comigo, pão de forma, margarina ou manteiga, leite em pó, achocolatado, adoçante, café solúvel e, mais atualmente, um bom pedaço de carne seca e/ou salame. Sachês de molho pronto para macarronada também são legais, mas têm um inconveniente: São grandes demais e, uma vez abertos, se o cicloviajante estiver sozinho terá que guardar o molho restante por apenas mais um dia e depois jogar fora, pois eles azedam com facilidade, principalmente nos dias mais quentes.
Normalmente frios, tais quais mussarela e presunto, só uso no dia da partida, pois se estragam com facilidade.
Atualmente há grão-de-bico e feijão em embalagens tetra pak até nos menores mercadinhos de bairro. Já utilizei tanto o grão-de-bico como o feijão e foi muito bom.




Todas essas coisas, assim como o gás para o fogareiro ou etanol para a espiriteira, são quantificadas de acordo com os dias que passarei fora, ou mesmo os dias em que cozinharei minha própria comida. Na estrada ainda podem ser consumidas frutas secas ou frescas, de acordo com a oferta local. Não gosto de barrinhas de cereal! Para beber, além da água, eu levo pacotinhos de suco.

Se o cicloviajante vai passar por cidades onde há mercadinhos ou super-mercados, não há necessidade de sair de casa com os alforjes lotados de comida in natura, uma vez que pode ir comprando os mesmos no caminho, na medida em que estes forem acabando ou sendo necessários. Assim, a logística do que vai no alforje também depende do trajeto que se irá fazer. Tudo isso tem que ser levado em conta na hora do projeto. E, diga-se de passagem, o êxito da cicloviagem depende bastante de um projeto bem feito!

Acondicionamento: 

Leite em pó, sal, café solúvel, temperos, etc. acondiciono em potes plásticos, preferencialmente transparentes para eu saber o que tem dentro assim que pego o pote. Ou escrevo numa etiqueta o conteúdo do mesmo e colo numa face mais visível do pote.
Arroz, macarrão, quando os pacotes já estão abertos, coloco no interior dos sacos plásticos que comentei no artigo passado - Utensílios de cozinha nas cicloviagens - e fecho com aqueles fechos que vem nas embalagens de pão de forma, um araminho bem maleável.
Os líquidos, acondiciono em garrafas de coca-cola de 250 ou 600 ml, pois são embalagens de melhor qualidade e ficam bem vedadas quando fechadas com suas respectivas tampas. Às vezes o tempero de salada já levo pronto, num desses recipientes, com vinagre, azeite, dentes de alho e azeitona fatiada. Só acrescento o sal na hora de temperar.

Bom, depois do diagnóstico do diabetes tipo 2:

Uma vez diagnosticado diabético tive que mudar algumas coisas nas minhas refeições. O macarrão instantâneo foi totalmente banido. Ficou o macarrão normal, mas o tipo integral. O arroz e o pão também passaram a ser integral. A manteiga foi substituída pela margarina, á pedido médico. As frutas precisam ser aquelas que diabéticos podem comer sem culpa. Por exemplo: Um portador de diabetes não deve "chupar" o caldo da laranja. Se quiser degustar essa fruta, deve "comer" a laranja. Isto é, degustá-la com bagaço e tudo. Não existe fruta proibida para diabéticos, mas para degustá-las há que se pesar seu nível de frutose e quanto de carboidrato se consumiu na refeição. Assim é possível apreciá-las, mas moderadamente para algumas espécies. A banana nanica eu substituí por banana prata, haja vista que esta última é mais salutar para o meu caso.
Se faço um empanado, uso farinha de trigo integral.
No café da manhã, preparo um copo de leite, usando lente em pó e acrescento uma colher (café) de café solúvel. Adoço com adoçante, jamais uso açúcar. Em duas fatias de pão integral passo margarina e pronto! Aí está o meu café da manhã. Ás vezes acrescento uma fruta.

No almoço e jantar, uma receita que uso bastante é o macarrão alho/óleo com sardinha em lata ou atum granulado.



Cozinho o macarrão espaguete integral (ou outro formato), escorro e reservo. Numa frigideira, com pouco óleo, frito cebola picada e quando está dourada acrescento alho frito apenas para hidratá-lo. Misturo ao macarrão. Abro uma lata de sardinha e limpo tirando as espinhas ou abro uma lata de atum, escorro o óleo e também misturo ao macarrão. Acrescento sal a gosto, um pouco de manjericão fresco ou desidratado e cheiro verde, salpicados por cima completam o prato. Então como com pão integral ou torrada também integral. Normalmente prepao uma porção para almoço e jantar. Obs. Já incrementei essa receita colocando azeitona fatiada, tomate picado, e até mortadela picada, hehehe!

Assim é a minha alimentação nas cicloviagens.

Quanto à logística de como as coisas são acondicionadas nos alforges:



Normalmente nos alforges, costumo colocar os alimentos no lado direito da bike. Eu explico o porquê. Se paro numa estrada sem acostamento meu corpo fica mais seguro do lado direito para abrir o alforge e pegar o que comer. Quando coloco os alimentos no alforge direito, levo em conta o que vou consumir durante o trajeto e o deixo mais á mão, na parte de cima do alforje. Os demais alimentos acondiciono no alforje de maneira que os mais pesados ficam na parte de baixo e os mais leves na parte de cima. Os consumíveis no caminho o mais em cima possível. As tralhas de cozinha também ficam no alforje direito.
Do lado esquerdo da bike, coloco as roupas. Se pretendo trocar alguma roupa no caminho, esta ficará por cima para facilitar a sua retirada. Os meus remédios dependem, pois devem ficar o mais longe do sol possível.
A barraca e um pedaço de plástico amarelo vão em cima do bagageiro enquanto um saco de dormir, um isolante térmico de EVA e um isolante auto-inflável, que uso como colchonete, vão no bagageiro dianteiro. Uma bolsa de guidão completa a carga, onde a gente costuma colocar maq. fotográfica, celular, papel higiênico, etc.
No meu conjunto de alforges há duas bolsas voltadas para a parte de trás. Nelas acondiciono ferramentas, cordinha de varal, prendedores de roupa, etc. As câmaras reservas têm compartimento próprio onde também estão as espátulas e uma chave fixa 14/15 mm, pois a roda dianteira da Nanika está com eixo de parafuso.

O alforje é o Alto Estilo 60 litros, vendido na Loja Virual Pedarilhos, que eu recomendo a todos os amigos e amigas Cicloturistas. Ótimo custo X benefício!
As capas que, além da chuva, protegem o alforje da poeira e da sujeira,  podem ser adquiridas separadamente.

Alforje Alto Estilo 60 Litros.

Respectivas capas amarelo/laranja sobre o bagageiro.


Para acessar a loja Virtual Pedarilhos, clique AQUI.

Por ora é isso amigos e amigas. No próximo artigo do gênero vamos falar sobre as roupas, ferramentas, etc.


Grande cicloabraço do...










domingo, 11 de outubro de 2015

Parque Ecológico do Tietê: Só alegria!


Olás, meus amigos e minhas amigas!
Boa tarde!

Sabe aquele domingo que dar glórias a Deus é muito pouco? Sim, esse está sendo o meu domingo de hoje.
Até que não levantei muito inspirado, pois havia dormido muito tarde e às 6:30 da manhã o celular me despertou. Mas assim que lavei o rosto parece que o sono foi embora e a pedalada dominical que eu prometera a mim mesmo estava de pé.
Fiz a minha oração, tomei meus remédios e o café da manhã e saí. Na saída ainda tive tempo de ver a danada da minha amiga e consumidora de minhocas, a Sra. Sabiá, arrancando os anelídeos da terra que cobre os meus canteiros. Assim que me viu, bateu asas com uma suculenta minhoca no bico e desapareceu.

Enchi  bem os pneus da Nanika e sentei a bota! A miudinha rolava tão bem que parecia nem estar tocando no asfalto.

A temperatura estava bem agradável e pedalar era a melhor coisa que um sujeito como eu poderia fazer naquela manhã. Olhei no relógio, estava próximo das 8 horas. Até que não era tão cedo, pensei. Mesmo assim, as Avenidas Rio das Pedras, 19 de Janeiro e Cons. Carrão estavam bastante desertas, do jeito que um pedalante gosta.
17 Km depois, eu estava chegando no Parque Ecológico do Tietê.

Lateral da Marginal do Tietê


Entrada do Parque Ecológico. Á direita, início da "ciclovia".


Assim que cheguei na portaria lembrei do tombo de 15 dias atrás. acabei sorrindo, fazer o quê?

Peguei aquilo que um dia a gente podia chamar de ciclovia e quanto estava quase chegando no interior do Parque, eis que ouço um biker que vinha no sentido contrário gritar: "Antigão!!!, Antigão!!!" Parei a Nanika imediatamente. O biker, que havia passado por mim, fez meia volta e veio ao meu encontro. Tratava-se do Dario, um ciclista seguidor do nosso Blog. Ah, como é gratificante conhecer um amigo virtual pessoalmente! Obrigado, Dario, pela sua amizade e por acreditar em nós, prestigiando o nosso Blog.

Uma selfie dupla. O Dario e eu.


Já dentro do Parque, o ar estava um bálsamo para os pulmões!


Aproveitei para bater umas "chapas" como diz um amigo cicloturista.










Vi muitos Quatis, Macacos e, quando estava quase de saída, um belo Cardeal enfeitava um arbusto com seu colorido todo especial.

Observem essa beleza de flor. Não sei o nome, mas ficou show como pano de fundo para a Nanika, hehehe!


Um close das flores.


Dei apenas duas voltas no Parque. Mais ou menos 10 Km.
O Parque Ecológico do Tietê é todo plano. Para quem está voltando a pedalar; se recuperando de cirurgia, etc. é bom porque não força a musculatura. Como eu observei acima, da minha casa até o Parque são 17 Km praticamente plano. Assim, como fiquei uns 15 dias totalmente em repouso, foi uma boa ter escolhido o Parque Ecológico como local da pedalada neste domingo.

No caminho de volta ainda parei em dois lugares. Primeiro, numa feira-livre para pegar um pouco de legume e verduras e segundo no Residencial onde a Mamis está, para pegar uma receita médica. 
Cheguei em casa por volta das 11:30, após pedalar pouco mais de 44 Km.



Do portão, antes mesmo de entrar, pude sentir aquele aroma agradabilíssimo do almoço preparado pela Dna. Fátima.
O domingo estava supimpa! Mas, pera aí, tem mais! Entrei em casa e antes mesmo do banho peguei o glicosímetro e fui tirar o dextro. Resultado: 157 mg/dl. Dei um glória a Deus bem alto!
Depois de mais de um mês com a glicemia totalmente descompensada, agora eu estava vendo a vitória no visor do aparelho!
Obrigado Papai do Céu por mais vitória! Nem comentei com ninguém, mas no início da semana cheguei a registrar 452 mg/dl!!! 
Louvai ao SENHOR. Louvai ao SENHOR, porque ele é bom, porque a sua misericórdia dura para sempre.
Salmos 106:1

E assim cá estou eu feliz da vida dando este testemunho das bençãos divinas.

Um pedal dominical para ninguém botar defeito, hehehe!

Amanhã, feriado, pode ter mais pedaladas, vamos ver. O importante é viver cada dia.