segunda-feira, 25 de julho de 2011

O novo brinquedo do Antigão! (Novas fotos)

Olás,

Bom, para quem ainda não sabe, desde o começo do ano que venho pesquisando sobre bicicletas reclinadas. No começo uma pesquisa "light", mais por curiosidade do que outra coisa. Essa "curiosidade" se transformou em "necessidade" á medida que os meus problemas de dores cervicais e lombares foram se intensificando.

Encontrei um grande amigo forista, o Nino Coutinho, que de maneira bastante sábia,  espontânea e dedicada respondeu todas as minhas perguntas sobre o assunto reclinadas. O Nino é, sem dúvida, um "expert" no assunto.


O Nino, a simpatia em pessoa!



Nas minhas pesquisas eu havia encontrado o Site da Solyom, (http://www.solyombikes.comfabricante paulista de bikes reclinadas. Na visita ao site, apaixonei-me á primeira vista por uma Explorer S20. Me pareceu uma bike leve e robusta, pronta para cicloturismo. O fato de ser "dobravél" animou-me ainda mais. Cheguei a contatar via e-mail o Davilson, proprietário da Solyom, que me atendeu com muita presteza dando-me mais detalhes sobre o modelo em questão.


Explorer S20 - Amor á primeira vista!




Neste mês de julho voltei a contatar o Nino e entre e-mails trocados entramos em negociação com a Explorer S20 que ele possuía. Como ele está com uns projetos mais ousados e eu querendo uma S20, unimos o útil ao agradável e ele me vendeu a Explorer.


Hoje, domingo, 24/07/2011, nos encontramos no Terminal Rodoviário do Tietê, em São Paulo, pois o Nino trouxera a bike no bagageiro do ônibus desde Itajubá-MG.

Foi um encontro memorável, regado a café com leite e, para deixar o encontro bem á mineira, acompanhado com pães de queijo.
Além o mais, ganhei do Nino uma caixa contendo saborosos pés-de-moleque tipicamente mineiros. Uma delícia!


Nino e Antigão. Não precisa dizer quem é o Antigão, né!?






Para mim reconheço que foi uma honra conhecer o Nino pessoalmente. Trocamos várias idéias, sobre vários assuntos e, como eu disse acima, ele é a simpatia em pessoa.

Despedi-mo-nos e eu segui para a Zona Leste de Sampa, onde moro. Cheguei e como vi que era facílimo  montar a bike o fiz rapidinho.
Como ainda estou em tratamento e não posso pedalar, fui á rua paralela á minha casa e dei apenas duas voltas para sentir a bike. Fantástica!
Creio que, a medida que me familiarizar com ela, vou sentir-me mais a vontade, mais solto, até que chegue o dia de colocá-la na estrada, carregada com as tralhas inerentes a um ciclotur de um ou mais dias.

Por enquanto é só pose para retrato!



Meu novo brinquedo.



Já na próxima semana vou instalar a roda traseira com aro 26, como eu planejava antes mesmo de adquirir este exemplar maravilhoso.

Gostei. Estou muito contente com mais esta aquisição. Foi o MEU ( De eu para eu!) presente de aniversário!


Agradeço a Deus por me dar a oportunidade de adquirir mais este meio de locomoção e prazer, para os meus passeios cicloturísticos. Assim, logo, se Ele quiser, estaremos nas estradas fazendo o que mais amamos: cicloturismo.


Não posso deixar de agradecer também ao ao amigo e também cicloturista Nino pela honradez, presteza e a confiança em mim depositada. 
Obrigado amigo, que Deus nunca deixe de iluminar os seus caminhos!


Site sobre bicicletas reclinadas: 
http://recliforum.forumeiros.com


Atualização.


Hoje, 31/07/2011, estou acrescentando novas fotos da Explorer, em razão das modificações efetuadas.

A roda traseira passou de aro 20 para aro 26. Ficamos com um aro Vzan Drop 20 na frente e Vzan Extreme 26 atrás. Ambas as rodas raiadas com raios pretos e niples prateados.
Pneus CST em ambas as rodas.
Na roda traseira, entre o pneu e a câmara. colocamos uma fita anti-furo de uma marca importada.
Ambas as rodas estão equipadas com câmaras Pirelli novas.
Finalmente foi efetuada uma pintura no tubo que prende a mesa ao guidão (preto brilhante) e no horn que prende o câmbio dianteiro (preto fosco). O guidão foi equipado com os acessórios de praxe, espelho, ciclo-computador, etc.




Detalhe da roda dianteira.




Detalhe da roda traseira




Detalhe do Cockpit com acessórios.




Detalhe dos "pilotos", Gabriel e Miguel, as jóias da casa.




Deus é fiel!


Antigão.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Montando uma bike híbrida (Touring).

Em agosto de 2009, após ler e pesquisar sobre o assunto, principalmente no Fórum Pedal (www.pedal.com.br) que eu acho um dos melhores do Brasil, resolvi montar uma bike híbrida. Eu queria uma bike mais adaptada ao cicloturismo, como as bikes importadas, mas sem ter que investir num quadro Surly, por exemplo. Como eu não tinha experiência prática sobre o assunto, concluí que esse projeto deveria ser colocado em prática usando o máximo de peças que eu já possuía. Dessa maneira, caso o projeto não fosse avante por alguma razão, eu teria investido o mínimo possível.

A idéia era montar uma bike com guidão road e rodas 700 num quadro de MTB. Eu queria a estabilidade e leveza das rodas 700 aliadas a um quadro que me permitisse usar uma relação de MTB, com suporte para bagageiro e para-lamas.
Eu tinha em casa algumas peças, dentre as quais, um quadro de aço-carbono que sobrara de uma Caloi Aspen, que eu comprara usada há alguns anos atrás.


Caloi Aspen, cujo quadro usei nesse projeto. (Bike azul)




O garfo não serviu, pois não comportava o diâmetro de uma roda 700, portanto comprei um garfo novo em aço-cabono.
Mandei quadro e garfo para a pintura, esquecendo-me de antes soldar os adaptadores para os freios  que seriam adaptados, haja vista que os bosses para v-brake ficaram inutilizados.

Pouco tempo depois quadro e garfo chegaram da pintura. Como eu esperava ficaram caprichados e belos num tom dourado que eu escolhera, juntamente com o Paulo, amigo e mecânico encarregado de montar a bike.







O próximo passo foi encomendar aros, câmaras e pneus, pois precisávamos montar as rodas para acertar a altura dos adaptadores dos freios novos.


Aros V-Zan, 700c foram escolhidos.




Pneus e câmaras Kenda, 700 X 38 equipariam a bike








Cubos, selim Caloi, câmbios Tourney antigos, freios Cant'lever, cubos Sugino de 36F, para catraca de rosca eram alguns dos itens que constariam nesse projeto, digamos "econômico".








Os adaptadores foram instalados e foi dado um pingo de solda por dentro, para que ficassem bem fixados e sobremaneira confiáveis.
Com isso, tive que mandar quadro e garfo para retocar a pintura. Pequena falha de projeto.




O pedivela Sugino foi um achado! Praticamente sem uso por apenas R$ 20,00! A caixa central selada eu já tinha. Era uma boa caixa, embora não fosse Shimano.




Posteriormente foram trocados o câmbio dianteiro e os freios, pois ganhei um câmbio Deore e um jogo de freios ferradura Shimano, de amigos foristas.

O guidão road de ferro, também ganhei do amigo Paulo mecânico. Futuramente também tive que trocá-lo por um de alumínio, com 46 cm, pois o de ferro se mostrara muito estreito.






Comprei um bagageiro Wencun de alumínio para equipar a "belezinha", que aos poucos foi se transformando numa verdadeira Touring, pronta para enfrentar as estradas, carregada com os alforges, barraca, saco de dormir e etc.



Furei o quadro e adaptei suporte para mais uma caramanhola, extremamente necessária nas viagens longas que eu pretendia fazer. Acabei também comprando um selim usado (Velo Plush) que substituiu o velho Caloi, duro como uma pedra!

Adesivos colocados, tá na hora de testar a máquina!



No começo instalei esses trocadores. Mas os substituí tão logo eu fiz a primeira pedalada experimental. Senti que tirar a mão do guidão e mudar a marcha acionando o trocador na mesa não seria muito seguro.




 Acebei substituindo por esses Shimano indexados, mais práticos e eficientes. Note nesta foto que a mesa também foi substituida. Presente de Papai Noel de um grande amigo. A troca da mesa possibilitou elevar um pouco o guidão,






Aqui a bike praticamente pronta para os primeiros pedais experimentais.






Pedalando experimentalmente no Parque do Carmo, SP.



A primeira impressão ao pedalar na nova bike foi ótima. A bike ficou um pouco arisca, mas confortável. Fiz uns passeios curtos, acreditando que seriam suficientes para aprovar o projeto. Estava redondamente enganado, como eu iria descobrir num ciclotur que fiz para a Cidade de Analândia, no ano seguinte, pois a minha coluna lombar e cervical não aprovaram o guidão road. Poderia eu ter apenas trocado o guidão, mas como a bike em si ficara boa, parti para um projeto mais ousado, que está relatado aqui no Blog como "Montei a minha nova estradeira, Partes I, II, III e IV". Essa última é a estradeira que eu uso até a data de hoje e tem me proporcionado muito prazer e deliciosas aventuras. Acabei provando a mim mesmo que é possível montar uma touring boa de estrada, sem gastar muito dinheiro. Aguardem, pois em breve publicarei o relato e as fotos do primeiro passeio feitos com essa bela bike híbrida.



Veja também "A nova Mentika" minha atual bike de cicloturismo:




quarta-feira, 20 de julho de 2011

São Paulo terá rota para bicicletas, diz secretário dos Transportes

A prefeitura pretende fazer até 100 km de ciclofaixas, ciclovias e rotas compartilhadas ate o final de 2012. l Foto: Mayra Rosa / CicloVivo
Em entrevista à Rádio CBN nesta segunda-feira (11/07/2011), o secretário municipal dos Transportes de São Paulo, Marcelo Cardinale Branco, confirmou que será implantado até o final de julho um sistema de rota para bicicletas na cidade.
Segundo ele, através de indicações preferenciais, o ciclista vai saber onde será o local mais seguro para ele trafegar. Carros, motos e bicicletas utilizarão o mesmo espaço, porém, o motorista será orientado para ter mais cuidado com o ciclista. "Vamos fazer numa sequência de onde já tem a ciclofaixa. É uma rota cicloviária, onde as pessoas vão ter uma indicação de que naquela via anda bicicleta e carro, isso vale 24 horas por dia e não só no fim de semana", disse. Ele afirmou que essa rota terá 15 km inicialmente.
Segundo o secretário, a prefeitura pretende fazer até 100 km de ciclofaixas, ciclovias e rotas compartilhadas ate o final de 2012. "É uma faixa protegida, que permite que as pessoas enxerguem de forma diferente o ciclista. É uma questão de comportamento e cultura achar que o ciclista está atrapalhando o trânsito. É uma visão antiga e inadequada. Temos que mudar essa cultura", afirmou ele.
A rota deve ser ampliada para diversos pontos de São Paulo. "Vai mais ou menos do Parque dos Cordeiros na Vicente Rao, ligando a Severo Gomes, que é no Alto da Boa Vista, com o final da Berrini. Depois vamos fazer outras propostas em outros locais da cidade", afirmou. "Queremos também que as pessoas deem sugestões. É um exercício da sociedade."
Durante a entrevista Branco afirma que a bicicleta pode, sim, ser usada como meio de transporte. "Essa é uma preparação que se dará gradativamente. Na minha avaliação, o preparo para uma cidade inclui o compartilhamento como sendo a principal virtude para a utilização da bicicleta”. De acordo com ele, a cidade só estará preparada para receber os ciclistas quando houver respeito entre carros, motocicletas e pedestres. "Mais importante do que atingir metas em quilômetros é atingir em pessoas utilizando e com segurança", completou.
A opinião dos moradores onde a rota está sendo implantada foi favorável. “Eu já utilizava a CicloFaixa aos domingos, porém achava perigoso chegar até elas de bicicleta, agora ficou muito mais fácil e seguro” diz Bruno Rodrigues, morador da região. “Acharia melhor se as rotas fossem específicas para ciclistas. Muitos locais onde a rota já está sendo implantada não possuem semáforos e os cruzamentos são muito perigosos, pois os automóveis andam em alta velocidade”, complementa.
Fonte: http://ciclovivo.com.br/noticia.php/2904

Postado em 11/07/2011 às 17h07

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Protegendo a barraca de Camping - Dica.




Olás,

Sei que muitos cicloturistas são como eu, adoram acampar. Têm aqueles que acampam por razões meramente econômicas. Ou, ainda, aqueles que acampam por não terem outras opções.
O fato é, seja por prazer, razões econômicas ou falta de opções, acampar exige alguns conhecimentos primários. Um deles é proteger a barraca principalmente em locais onde chove muito. Neste caso, além da proteção para a barraca, podemos montar e desmontar a barraca sem molhá-la, mesmo em tempo chuvoso.
É um grande problema desmontar a barraca e guardá-la molhada numa viagem, pois além de nos molharmos enquanto o fazemos, tememos que a barraca irá mofar e estragar.

Assim, uma dica é cobrí-la com uma lona plástica. A lona deve ter a dimensão necessária para não ficar colada á barraca, deixando-se um espaço mínimo de 10 cm entre a lona e a barraca, para ventilação.

Eu recomendo essas lonas plásticas , vendidas em lojas de materiais para construção, preferencialmente nas cores claras. Essas lonas costumam ser leves e com preço bastante convidativo, não onerando o ciclopasseio.

Acrescente uma média de mais 6 (seis) ferrinhos (espetos) iguais aos que se usam para prender a barraca ao solo, para prender a lona ao gramado, passando uma cordinha de nylon entre eles e ligando-os por cima, de maneira que o vento não arranque a lona com facilidade.

Para o teto, como normalmente nos Campings há bastante árvores e/ou postes, estica-se uma corda de nylon mais resistente entre dois pontos, uns 10 a 15 cm acima do ponto mais alto da barraca e monta-se a barraca por baixo. Depois é só jogar a lona e prendê-la ao solo com os espetos.

Preparando uma lona para a próxima viagem.



Observe que o volume a ser transportado não é grande, tratando-se de uma lona de 3 m X 3,5 m, suficiente para cobrir e deixar espaço para varanda, numa barra Nautika, modelo Falcon 2, por exemplo.



Uma vez o aparato montado, observe que ainda fica um espaço para uma pequena "varanda" na entrada da barraca. Eu costumo deixar 1,5 m de espaço na entrada e 1 m de espaço nos fundos da barraca. Nesse espaço posso deixar meus chinelos, tênis, saco para lixo e até um pequeno tapete, sem que os mesmos se molhem,  caso houver chuvas.


Na foto abaixo, não encontrei o plástico na cor clara e como chovia, tive que me virar com lona preta mesmo!



Nos lugares de climas muito quente, usa-se a mesma lona para dissipar o calor, caso a barraca não esteja montada sob uma sombra.

Ao final da viagem, o cicloturista pode doar a lona para o Camping, pois o pessoal sempre guarda para o caso de alguém que precise no futuro, ou trazê-la de volta para uma próxima viagem. 
Já aconteceu comigo de precisar de uma lona e o pessoal do Camping me forneceu uma, pois eu esquecera de levar a minha.

É uma dica simples, mas que ajuda bastante, principalmente em dias chuvosos.


Conforme comentário do amigo Eric, que prefere as redes, pesquisando encontrei um site que comercializa as redes usadas pelo Exército, com cobertura e mosquiteiro. Vejam no link abaixo:


CLIQUE AQUI.


Segue um vídeo que ilustra muito bem o que eu digo.






Abraços.

Antigão.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Nova pausa nas cicloviagens.



Olás,

Na segunda-feira, 04/07/2011, fui acometido de uma nova crise de dores lombares, portador que sou do que os médicos chamam de "Discopatia Lombar".



Até o final do mês passarei por um procedimento cirúrgico que consiste em infiltrar um anti-inflamatório, via agulha, próximo ao nervo, o qual insiste em manter-se inflamado, causando as dores lombares.

Esse procedimento, segundo o médico, antecede um processo cirúrgico mais agressivo, o qual seria o último caso.

Assim, ficarei ausente dos pedais por volta de uns 90 dias.

Embora eu não poste novas cicloviagens durante esse período, sempre teremos algum tema interessante e relacionado ao cicloturismo para  postar e comentar.

Como eu sempre digo, trata-se apenas de uma pausa. Em breve estaremos novamente postando as cicloviagens, com relato e fotos.

Abraços


Antigão.

Para mais informações sobre o assunto: 

Clique aqui

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Dando a volta por cima - Ilhabela via Salesópolis-SP - Demais dias.

25/06/2011 - Sábado

3º Dia:

Do ponto de vista do cicloturismo, neste terceiro dia praticamente não pedalei. Fiz apenas alguns pedais curtinhos pelas redondezas e aproveitei para ir ao mercado encher a despensa.

Fui até a Vila, pedalei na ciclovia e fiz algumas fotos.

(Clique nas imagens para ampliar)

No Camping...


A preguiça do gato...


A beleza da fruta-pão...


Opa, água no fogo! Vai sair o café fresquinho!...


A lavadeira (pássaro) que me acompanha 
onde quer que eu vá e tenha água.


As praias da Barra praticamente desertas...




A ciclovia á beira mar...



A homenagem ao caiçara...



Logo após a hora do almoço o sol desapareceu. A tarde ficou escura e um pouco fria. As ruas ficaram desertas e o Antigão foi tirar uma boa soneca.



Assim terminou o 3º dia, vendo tv, ouvindo música e descansando.

26/06/2011 - Domingo.

4º Dia:

Acordei com um dia maravilhoso, cheio de sol e a musicalidade dos pássaros. Até os roncos estranhos dos Biguás estavam afinados com o som estridente das Maritacas.

Caprichei no café da manhã, por mim mesmo preparado. Haviam apenas mais duas outras barracas no Camping e pertenciam a dois rapazes de Campinas-SP.

Café, leite, chocolate, pão, frios e frutas faziam 
parte do meu cardápio naquela manhã.



Uma vez bem abastecido de proteínas parti para o meu programa de domingo, que consistia em pedalar pelo Sul da Ilha em direção a Ilha das Cabras.
Bike arrumada, vesti-me a caráter e sai pedalando de boa, sem pressa.

As paisagens vão surgindo de encontro á câmera enquando a bike sobe e desce naquela estradinha cheia de subidas e descidas.



Logo avistei a famosa Ilha das Cabras. Este local é uma reserva ecológica conhecida por apresentar ótima fonte para os mergulhadores. Contém cardumes de espécias diversas e naufrágios repletos de vida marinha.




Uma paradinha para uma foto e descanso.




Aqui é a Praia Grande, local onde acabara de ocorrer uma prova de corrida.



Estradinha pitoresca, com pouquíssimo 
movimento para o feriadão.


Alguns hotéis/pousadas com fachadas belas e pomposas.

Será que se hospeda só quem tem carro preto?



Praia do Curral, onde parei para um descanso, 
pois a estradinha é um sobe e desce só.



Casarão muito antigo confeccionado com barro e bambús.



A beira da estradinha há recantos tranquilos e calmos como esse.



Só fui até a Praia do Curral e comecei a voltar, pois começou a ventar bastante denotando uma grande mudança de tempo que estava por vir.


Numa das praias (passei por várias durante o trajeto) fui abordado por um amante do ciclismo como eu. Ele ficou maravilhado com a estradeira e sua configuração. Chamou até uns amigos para vê-la e fez vários comentários. É proprietário de um bar na praia. É portador de um grave problema de saúde e encontrou nas bikes a maneira de manter-se em forma. Ficamos um bom tempo falando sobre bikes e componentes.

Para o lado da Ilha o tempo parecia bom, mas o vento estava forte do lado do mar.





Ao longe pode-se ver a Ilha das Cabras no meu caminho de volta.


Fiz uma curva, iniciei uma subida e... avistei um cicloturista que vinha em sentido contrário com uma bike carregada.
Adivinha se não paramos para um bom papo e umas fotos!

Tratava-se do Samuel, cicloturista que saira do Guarujá pedalando para cá. Estava em busca da casa de um amigo caiçara que lhe daria abrigo.
Sua viagem se iniciou em Bauru, no Estado de São Paulo, de onde saiu de ônibus até o Guarujá. Nunca tinha feito uma viagem dessas, mas estava visivelmente maravilhado.
Não há dúvida que foi infectado pelo vírus do cicloturismo. Agora não tem mais jeito!

Samuel e nossas bikes.


Da esquerda para a direita, eu e o Samuel.


Estávamos num bom papo, eu de costas para o mar, quando o Samuel disse: Olha a chuva que vem vindo lá! Quando eu olhei, tomei um susto! Do mar se via um chuvão ao longe. Despedimo-nos rapidamente com a promessa de trocarmos e-mails futuros e cada um seguiu o seu caminho.

Voltei pedalando forte, a despeito das subidas, pois queria chegar ao Camping antes da chuva e cobrir a barraca com a lona plástica que eu levara exatamente para esse fim.

Cheguei. Bem cansado mas cheguei antes da chuva! Corri cobrir a barraca e mal acabei de fazê-lo a chuva chegou, trazendo com ela o frio e o vento forte.

Barraca coberta, até com varanda!




A temperatura comecou a cair abruptamente e o vento foi ficando cada vez mais forte. A noite chegou e eu estava com fome mas não queria sair da barraca. Estava chovendo muito forte. O som dos grandes pingos sobre a lona plástica era amplificado dentro da barraca.
A chuva e o vento deram uma pequena pausa e saí correndo até a lanchonete mais próxima onde enguli famelicamente uma calabreza com queijo no pão francês. Uma Coca zero fez companhia ao sanduba. Que delícia!

Estava ficando cada vez mais frio e, como estamos no inverno, preventivamente levei gorro, luvas e meias de lã, assim como calça de agasalho forrada e camisetas de algodão com mangas longas.  Vesti tudo isso e entrei dentro do saco de dormir. Mas... dormir como??? O vento uivava assustadoramente lá fora! A barraca estava para ser arrancada com plástico e tudo a qualquer momento! Era assustador! Eu, mesmo aos 61 anos, nunca tinha passado por uma sensação dessas, dava medo!
Pensei até em sair com colchão e tudo para a área coberta do Camping, onde há a churrasqueira, mesas e cadeiras, mas confiei no Papai do Céu e fiquei dentro da barraca mesmo.

Foi uma noite medonha! A chuva parava um pouco, o vento amenizava e minutos depois tudo recomeçava novamente. Da barraca, por volta das 22 horas até quase o clarear do dia entre cochilos eu podia ouvir os motores das Balsas trabalhando a todo o vapor para não irem a pique, mesmo ancoradas!

No dia seguinte, ao conversar com um dos operadores das balsas quando fui a São Sebastião comprar a passagem de volta, eu soube que as balsas interromperam os serviços as 22 horas e só retornaram por volta das 6 da manhã do dia seguinte. Muita gente que chegara nesse horário no pier em S. Sebastião buscando a travessia para as suas casas, dormiram improvisadamente nos bancos gelados, enfrentando a noite álgida.

No Camping, além de galhos, garrafas plásticas espalhadas, latões de lixo virados um velho e alquebrado abacateiro sucumbiu diante da força do vento.



Galho da Fruta-Pão quebrado e caído ao chão.


27/06/2011 - Segunda-feira.

5º Dia.

A segunda-feira amanheceu fria e chuvosa. Ainda ventava, mas já não era tão forte. Fiquei deitado até tarde ouvindo a chuvinha lenta e metódica caindo sobre a lona plástica que, salvo um lado que se despreendeu, resistiu heroicamente á força do vento da noite anterior. 
Eu estava com muito sono.

Mesmo assim, acabei vestindo uma capa de chuva e saí para tomar o café da manhã. Tomei o café e fiquei por ali vendo tv, todo encapotado. Liguei para Dna Fátima avisando-a que eu não iria embora naquele dia como prometera no dia anterior. Sair com aquela chuvinha e frio não estava no programa. Apostei numa melhora do tempo no dia seguinte.

A hora do almoço a chuvinha passou e chegou até a sair uns raios de sol. Parece que a minha aposta daria certo!

Fui a S. Sebastião comprar a passagem de volta para o dia seguinte, como relatei acima.

Na balsa, de blusa de Nylon e tudo.


As imensas nuvens sobre o continente 
era um espetáculo a parte.



No caminho para a Rodoviária aproveitei para dar uma prosa com  o pessoal da Radical Bike, os quais me ajudaram muito em 2009 quando tive o cubo traseiro da bike quebrado, quando ia em direção á Paraty-RJ.


Assim, comprei a passagem da Viação Litorânea, com destino a Rodoviária do Tietê, em São Paulo. Sairia no bus das 10:40. Quando perguntei sobre o embarque da bike para o atendente, ele me respondeu sorrindo: "Sem problemas, Sr." 
Esse pessoal da Litorânea é muito bacana com os cicloturistas.

Voltei para a Ilha na balsa das 17 horas. Ah, eu fui a pé, queria caminhar um pouco para esquentar, portanto deixei a bike no Camping.
Fui dormir cedo, pois queria levantar cedo no dia seguinte.

28/06/2011 - Terça-feira.

6º Dia.

A aposta deu certo!!! O dia amanheceu belo e ensolarado!

Aproveitei a manhã ensolarada para dar uma limpada na barraca, antes de desmontá-la totalmente.




Peguei a balsa das 9:30 para S. Sebastião e 9:55 já estava do outro lado, pedalando em direção á Rodoviária.



Rua da Praia, em São Sebastião.


Chegando na Rodoviária e se preparando para o embarque.



Bom, agora é descansar um pouco, curtir a viagem de volta até a Rodoviária do Tietê e de lá, sair pedalando até em casa.



Ás 14:30 horas, chegada á Rodoviária do Tietê em Sampa.


Passando por sobre a Marginal do Tietê em direção ao Brás.


Duas horas depois cheguei em casa. Estranhei ter demorado tanto, mas estava muito trânsito, muitos semáforos fechados, pessoas com imensos carrinhos na região do Brás. Mas cheguei de boa.

 Foram apenas pouco mais de 250 Km pedalados no total, mas seis dias cheios de aventura e emoção.

Agradeço a Deus por ter me proporcionado mais esses momentos de graça e ventura ao contemplar a imensa obra de Sua criação.

Agradeço a todas as pessoas que encontrei pelo caminho, com as quais de uma forma ou outra interagi.

Agradeço mais uma vez ao pessoal do Camping Mandizeiro (Sr. Otávio, Marcelo e Joseano) pela calorosa acolhida. Agradeço também a Allany e demais pessoas do Camping Palmar, os quais sempre me receberam com muito carinho e calor humano.

Não posso me esquecer daqueles que oraram e torceram pela minha recuperação, em especial aos meus Fisioterapeutas, Ronaldo e Kasuo da Clínica Astarte.

Um abraço especial a todos aqueles e aquelas que nos lêem e incentivam as nossas viagens cicloturísticas.

Obrigado Jesus!

Até a próxima!

Antigão.