terça-feira, 12 de março de 2013

Novas impressões sobre a dobrável.


Creio que todos os meus amigos leitores já perceberam que estou apaixonado pela Nanika. Sim, a bicicleta dobrável!

No domingo passado, 10/03/13, estive treinando na ciclovia do Parque do Carmo. Quem conhece o Parque sabe que a ciclovia ali oferece um ótimo treinamento para subidas, pois há subidões danados naquele local. A ciclovia completa tem 6 Km. O percurso que eu faço dá 5 Km, pois evito uma pontezinha de madeira, onde a gente tem que frear muito devido á trepidação.

Durante a semana que antecedeu esse pedal, coloquei uma coroa dupla na Nanika, com coroas de 39 e 52 dentes. Em virtude de ainda não ter o câmbio dianteiro instalado, a corrente ficou na coroa de 39 dentes, de modo que as relações ficaram definidas da seguinte maneira: 

  • Mais leve: 39 X 34
  • Mais pesada: 39 X 14.


Dessa maneira, a bikezinha apresentou um alto desempenho nas subidas, tornando-as muito mais leves e acessíveis. Acredito que será possível vencer as grandes serras das estradas em cicloviagens, mesmo com a bike carregada. Gira-se um pouco mais, mas poupa-se as pernas, principalmente os joelhos.

Na parte plana, ao usar a relação mais pesada (39 X 14) notei que chega-se á 18 Km/h. Para cicloturismo em regiões montanhosas, onde a altimetria nos conduz aos famosos "tobogãs" até que não é mal, mas nas grandes regiões planas litorâneas por exemplo, faz-se necessário o uso da coroa maior, 52 dentes para se atingir uma velocidade média mais aceitável, com menos giros. Para tanto, o uso de um câmbio dianteiro torna-se imprescindível, embora as trocas manuais também podem ser feitas.


Adaptador para o câmbio dianteiro.


Provavelmente em abril, mesmo que eu ainda não tenha instalado o câmbio dianteiro, pretendo fazer uma cicloviagem por estradas com altimetrias mais variáveis, onde o esforço exigido será bem maior. A carga será a mesma que levei na cicloviagem passada para a Praia de Boracéia, em Bertioga-SP, constituída de roupas, alimentos, barraca, colchonete/isolante térmico e saco de dormir. Algo em torno de uns 15 Kg.


Finalmente também instalei um par de bar-hands no guidão, criando com isso uma zona maior de conforto para as mãos, uma vez que possibilitam um maior número de "pegadas" no guidão.

O próximo upgrade além do câmbio dianteiro, foi um novo par de manetes de freio, da famosa marca Shimano.



Por ora essas são as minhas impressões sobre a Nanika. 

No final de março farei uma cicloviagem, mas usarei a Mentika, minha bike quase convencional (MTB com aros 700).

Quem quiser saber mais sobre as mudanças já efetuadas na Nanika (Soul D-60) clique AQUI.

Por ora é só!

Um grande, imenso cicloabraço do ...


sábado, 2 de março de 2013

Dobrável na estrada - Um show de cicloviagem!

Esta pequena cicloviagem, além do  incomensurável prazer de pedalar na estrada, teve como objetivo testar a dobrável (Nanika) e eu na estrada.
A "Nanika", uma Soul D-60, modificada em sua relação para câmbio de 7 marchas, sendo a primeira de 34 dentes - conhecida como Mega-Range.
Saí de São Paulo, Capital, com destino a Praia de Boraceia, no Litoral Norte de São Paulo. A Praia de Boraceia fica dividida entre dois municípios: Bertioga e São Sebastião, ambos no Estado de São Paulo.

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Domingo, 24 de fevereiro de 2013. Era 4 horas da manhã e eu já estava acordado. Lógico, a Sra. Ansiedade me acordara bem cedo! Mesmo assim, fiquei na cama mais um pouco, pois embora eu quisesse sair bem cedo, não precisava exagerar, né!
A minha ideia era pegar trem da CPTM até Mogi das Cruzes, SP, por volta das 5h30m e 6h.
Pulei da cama ás 5h e fui arrumar o que faltava. Pouca coisa, pois eu tenho o hábito de deixar tudo pronto no dia anterior, assim, no dia da cicloviagem apenas repasso se não estou esquecendo de nada.


(Clique na imagem para ampliar)

Nanika pronta para sua primeira cicloviagem.




Como a minha ideia era acampar, estava levando barraca, colchonete e saco de dormir. Não pesei a tralha, mas estava bem carregado.

Escolhi esse trajeto pois sabia que a altimetria não seria tão puxada. Não queria me expor ás grandes serras com uma relação tão pesada (52 X 34), que eu ainda não havia testado com a bikezinha carregada. Exceto o trecho de Mogi até o pé da serra, o resto é tudo praticamente plano.


Uma vez tudo arranjado, saí de casa por volta das 5h30m da manhã, com  destino a Linha Coral, Estação Tatuapé da CPTM (Companhia de Trens Metropolitanos).

A manhã estava fresca, ótima para pedalar, mas eu sabia que durante o dia o calor ia pegar no breu. A previsão era de 32º C.

Avenida Rio das Pedras.


Estação Carrão do Metrô - Linha Vermelha.


Agora é fazer a travessia pela Radial Leste e pegar a ciclovia até o Tatuapé.

Ciclovia - A foto saiu um pouco tremida.


Vista da rampa de acesso á Estação Tatuapé. Á direita a Av. Radial Leste.


Nanika na plataforma aguardando a chegada do trem.


Tem algumas coisas que eu não entendo, ou honestamente nem quero entender: Pega-se um trem semi-novo, com ar condicionado, muito confortável até Guainazes. De lá faz-se uma baldeação e pega-se um trem velho, quase caindo aos pedaços, onde a poluição sonora impede qualquer diálogo entre as pessoas. Esse trem segue até a Estação Estudantes em Mogi das Cruzes. O que eu não entendo: Porque o trem confortável não segue até Estudantes?
No trem encontrei alguns cicloturistas que se dirigiam á Bertioga, mas via Estação Brás Cubas, enquanto eu desceria na estação Mogi das Cruzes, uma depois. Conversamos um pouco, mas no trem velho isso se tornou impossível. Em Brás Cubas nos despedimos e eles seguiram suas cicloviagens. Voltariam no mesmo dia, de ônibus.

Cheguei em Mogi. Era 7h10m quando olhei no relógio, já do lado de fora da Estação.

Lateral da Estação Mogi das Cruzes.


Até aqui, 10,90 Km pedalados de casa á estação Tatuapé.
Peguei as ruas que já conheço e num instante estava na padaria onde ia parar para tomar um café reforçado. Café com leite e um pão com manteiga na chapa.

Assim que começou a rodovia encontrei um grupo grande de ciclistas, dentre os quais o Edson Dias, da Bicicletaria Ipiranga e o Rodolfo Passos Gallo, ambos de Mogi das Cruzes. O Edson eu já conhecia desde há muitos anos, mas não o via pessoalmente também o mesmo tempo. Curioso que o Rodolfo eu vira de relance em Paraty,RJ, quando estava na fila do guichê de passagens da Viação Reunidas. Se não me falha a retentiva, isso foi numa quarta-feira.
Foi um grande prazer reencontra-los e batermos um papo rápido. O grupo estava se dirigindo á Serra, onde fariam umas trilhas.










Fiquei muito feliz quando um dos integrantes do grupo disse que a Nanika estava em perfeita harmonia.

Pedalamos um trecho juntos, mas eles logo pegaram a dianteira e desapareceram.
A Nanika estava deslizando no asfalto. Uma bike leve, muito gostosa de pedalar na estrada. Apenas nesse trecho com mais subidas senti a falta de uma marcha mais leve. No mais, só parei em Biritiba Ussu para tomar um cafezinho e continuei viagem até o pé da serra mantendo uma média boa e tranquila para a minha idade e preparo físico.

Oba, faltam só 40 Km para a Baixada!



O pé de milho solitário com sua espiga jovem.




Esse telhado está resfriado. Vai espirrar a qualquer momento, hehehe!




Dez minutinhos de descanso!






Ah, se todos obedecessem!



A estrada estava muito bela, exibindo seus Manacás da Serra todos floridos.




Que placa linda maravilhosa!







A Nanika sendo apresentada à Cachoeira da Serra de Bertioga.







Desci a serra numa média de 60 Km/h. Os pneus Kenda mistos, 20 X 1,50 grudaram muito bem nas curvas, num equilíbrio perfeito. A bike é super estável na descida da serra. Na frente estava levando apenas o colchonete e o saco de dormir.


Reta depois da descida da serra.




Trevo da Mogi Bertioga com a BR-101 - Rio-Santos, diante do posto da Polícia Rodoviária.



Cheguei no trevo ás 10h09m. Considerando que saí de Mogi por volta das 7h15m, fiz algumas paradas para fotos, café e descansos, o tempo decorrido foi ótimo com a bikezinha carregada. Neste momento o ciclocomputador marcava exatamente 58,93 Km pedalados desde casa.
Agora mais uns 30 Km e estaria no meu destino.
O sol já se fazia sentir e eu estava bem abastecido de água e eletrólitos dissolvidos na mesma.

Peguei a BR-101 no sentido S. Sebastião e fiquei na média de 18 e 19 Km/h.

Neste trecho, até a Riviera de São Lourenço, bicicletas devem seguir pelo acostamento oposto.



O Portal da Riviera de São Lourenço, o point de Bertioga.




Parada para uma água de côco - de caixinha.





Só 17 Km e o sol está abrasador! Mais uma parada para descanso e jogar uma água na nuca.







Chegando...










Doze horas e quarenta e seis minutos. Considerando as paradas para fotos, lanches e o sol abrasador, cheguei mais rápido que das outras vezes, quando estava usando uma bike convencional. Daí já dá para entender que a Nanika anda bem mesmo na estrada. 
Parei diante do Camping Beira Mar, que num passado não muito distante foi alvo das minhas críticas. Minha ideia inicial era chegar ao Camping Ilha do Mel, que fica há mais 7 Km, já em São Sebastião.
O local estava lotado. Resolvi dar uma olhada se algo mudara desde a última vez que eu lá estive e saí bufando de raiva, no meio de uma madrugada. (Veja AQUI).
Nossa, tudo estava mudado! Foram construídos vários chalés ao longo dos muros, os banheiros ganharam novos revestimentos de azulejos, chuveiros novos e o principal: Não haveria barulho após ás 22 horas, como constatei com o rapaz que me atendeu. O preço estava um pouco mais salgado, R$ 30,00 por pessoa, mas devido a vários fatores eu resolvi ficar por ali mesmo.

Aqui cabe um observação em relação aos dois grandes Campings, Ilha do Mel e Beira Mar. O Ilha do Mel fica mais isolado de tudo. O comércio local é mais distante, não há padarias próximas e a praia fica do outro lado da pista. Ou seja, não é "pé na areia". Já o Beira Mar é pé na areia, tem bar e restaurante interno, amplo estacionamento e é rodeado de mercados, padarias, lanchonetes. Por isso optei em ficar por lá. A gente pode levantar ás 6 horas da manhã, atravessar a avenida, entrar na padaria e tomar o café da manhã sossegado.
Ainda falando em Camping Beira Mar, notei que faltavam os tanques e pias na área masculina. O rapaz disse que eu poderia usar a área feminina (essa parte é aberta), pois eles acabaram de reformar e ainda não dera tempo de instalar essas peças. Realmente dava para notar que os pontos estavam lá na parede só aguardando a instalação dos componentes.

Montei a barraca rapidinho, joguei tudo dentro e fui para o banheiro tomar uma ducha fria, pois o calor estava de amargar! Troquei de roupa e fui curtir uma praia, além de procurar um quiosque para tomar um lanche. Pastel de Bauru, espetinhos de camarão e duas latinhas de cerveja me devolveram para o mundo dos "sem fome".
A praia estava lotada! Eu nunca vira tanta gente naquela praia.







Apresento-lhes o mar, belo e imponente!



Seguro morreu de velho! a previsão é de chuva forte durante a noite!




Cai a tarde, todos vão se embora e eu fico ali admirando o mar e o entardecer.



Vamos preparar o jantar? Que tal dois pacotes de macarrão instantâneo, linguiça defumada e pãozinho francês? Não comprei nada na praia, exceto o pão e o álcool para espiriteira, levei tudo nos alforges. No mercado próximo a minha residencia um pacote de macarrão instantâneo sai por R$ 0,45.
Ainda tinha guardado, cebola, tomate, atum ralado e temperos. Um pouco mais cedo, numa barraca ao lado o pessoal estava fazendo uma macarronada. Comeram e foram embora antes do cair da noite.




Jantei ao luar... exuberante, ouvindo música no celular.



Não fui dormir muito tarde, mas já tinha decidido: ficaria por mais um dia!
Essa foi a parte mais difícil, pois o calor estava insuportável. Se abria a barraca até que entrava um arzinho mais fresco, contudo os pernilongos também entravam com os seus ferrões afiadíssimos! Ah, já sei: Puxei a cobertura plástica e removi o sobre teto da barraca. Ah, agora sim, entra ar e não entra pernilongo.
Por volta das 4h30m acordei assustado com o som dos pingos de chuva batendo no plástico que sobrara. Pulei rapidinho prá fora da barraca e tratei de puxar a cobertura plástica que eu deixara no jeito, para o caso de uma emergência como essa. Ufa, ainda bem! Deu tudo certo!
Dormi mais um pouco, mas logo acordei para curtir a segunda-feira. Tomei um banho para tirar o suor da noite, tomei café da Padaria em frente ao Camping e fui para um pedal matinal de 15 Km até o município de São Sebastião.


Uma manhã super pedalável!







Foi uma segunda feira memorável. As praias semi desertas, tudo muito calmo e sossegado. Do jeito que um paulistano e cicloturista gosta.



Acertei mais uma estadia no Camping por R$ 25,00. Lanchei na padaria. Deixei a salada de atum para o jantar.
após um lanche caprichado, que tal uma boa soneca sob a sombra de uma frondosa Sete Copas? Acho que até ronquei! Nesse momento não havia mais ninguém no Camping. Um Motor Home de um pessoal de Mairinque que ficara para a segunda feira, acabou indo embora antes do almoço. Minha companhia no Camping foi um casal de Quero-quero, que nem se importou com a minha presença.






Acordei e tomei mais um banho frio. Perdi a conta de quantos banhos frios tomei nesse dia.
Bora caminhar descalço ao longo da praia para trocar energias com o meio ambiente.






Essa Ilha ao fundo é conhecido na região como "Montão de Trigo". Pertence ao Município de São Sebastião, SP. Já estive lá algumas vezes em anos passados pescando embarcado.






E a segunda-feira foi chegando ao seu final. Amanhã cedo é pedalar até Bertioga, 34 Km e pegar o ônibus para São Paulo, Terminal Rodoviário do Tietê.



Enquanto de um lado da praia o Sol se põe magnifico...



Do outro a Lua nasce com todo o seu esplendor!



 O jantar foi uma bela e apetitosa salada de tomates, cebola, atum ralado. Tudo temperado com sal e uma mistura que eu preparo contendo azeite extra virgem, alho picado, azeitona e vinagre de maça. Esse tempero eu deixo curtir uns dias sempre antes de levá-lo em cicloviagens. Uma delícia!

Fui dormir cedo e desta vez não choveu.

Acordei por volta das 4h30m de terça-feira. Cedo prá caramba! Estava muito escuro, assim fiquei mais uma meia hora deitado, navegando no FaceBook e ouvindo música.
Ás 5 horas comecei a desmontar a barraca, ainda com o uso do farolete. Deixei a arrumação mais fina para quando o dia estivesse claro e fui tomar um  banho frio. Estava calor e eu queria sair cedo. Enquanto eu tomava banho o dia clareou. Ajeitei tudo, peguei a Nanika e rumei para o café da manhã na padaria.


Nanika pronta para pegar a estrada de volta.




Liguei para a esposa avisando que estava saindo de lá e caí na estrada. O relógio marcava 6h55m.



O Sombra, grande companheiro, estava empolgado.



Que delícia de estradão! Pouco movimento e o sol ainda não está tão quente.



A única subida  forte da volta. A pedra que divide a estrada.




Por que será que eu amo tanto essas plaquinhas?



Rodovia Mogi-Bertioga sentido Mogi das Cruzes.



Uma cachoeira ao longe rasgando a mata virgem.



Bom, agora o sol já está pegando, mas falta pouco, pouco.


Nanika sendo apresentada ao "Moai" de Bertioga.



Pedalando pelas ciclovias de Bertioga, SP.



Um senhor me informou que a Empresa Litorânea voltara a operar próximo a Balsa. Cheguei no guichê de passagem por volta das 9h10m. Duas horas e 15 minutos, considerando a baixa velocidade que é preciso para pedalar pelas ruas de Bertioga (perímetro urbano), o tempo decorrido na estrada foi muito bom.
Ainda tinha passagem para Sampa, para ás 10:40, via Mogi/Guarulhos. Comprei praticamente a última poltrona disponível. Como tinha muito tempo disponível ainda, antes do embarque, fui ao Pier de pesca bater papo com os pescadores.


Nanika no Pier. ao fundo, lado esquerdo, o Forte São João.




Voltei para a Rodoviária e tratei logo de desmontar tudo para o embarque. Dobrei a Nanika e observei que todos os passageiros que ali estavam me observavam curiosos, mas sem comentar nada.

Quando o ônibus chegou corroborou-se aquilo que eu vinha comentando há tempos com os amigos cicloturistas, sobre as vantagens de usar uma bike dobrável no cicloturismo. O bagageiro do ônibus estava lotado, hiper lotado. Ajeitei a Nanika dobradinha num cantinho e escorei-a com o resto da bagagem. Pena não ter fotografado esse evento. Mas quando o motorista fechou o bagageiro, não havia simplesmente lugar para mais nada. Todas as passagens foram vendidas. O ônibus saiu com quase meia hora de atraso.

Passava das 13h30m quando desembarquei em São Paulo. Montei a bike sob o olhar curiosos das pessoas que por ali transitavam e caí nas ruas e avenidas do Brás, para chegar até em casa pelas "quebradas", evitando as vias movimentadas, principalmente pelos ônibus que não hesitam e tirar fininha de ciclista.
Mas, assim que comecei a pedalar, começou a chover. A princípio chuva leve, mas quando cheguei aos arredores do Tatuapé a chuva virou toró. Parei apenas num bar e restaurante para colocar as capas nos alforges, comer um salgado e continuei a pedalar mesmo no meio da chuva. Atravessei verdadeiras lagoas urbanas.
Na ciclovia do Tatuapé, um ônibus que vinha em sentido contrário pegou uma poça enorme de água suja e me deu aquele banho da cabeça aos pés! Que cheiro horrível! Apenas lavei o rosto com água da caramanhola e apressei ainda mais a pedalada para chegar em casa e tomar um banho.

Pedalar no trânsito de Sampa e com toda aquela chuvarada me fez perder um bom tempo. Cheguei em casa são e salvo por volta das 16 horas. O corpo estava sujo e suado, mas a alma estava limpa e lavada!

Obrigado meu Deus amado por mais esses momentos de pura alegria e emoção. 
Obrigado Nanika por ter provado que és pequena no tamanho, mas grande em provocar essa sensação de prazer e aventura que tanto atrai a todos os cicloturistas.

Resumo:

De casa até Boraceia foram .....82:37 Km 
De Boraceia até em casa foram 57:37 Km
Passeio em S. Sebastião......... .15:00 Km
Total ....................................154:74 Km pedalados.

Velocidade máxima............. 60.8 Km/h

Nenhum incidente foi verificado.

Considerações finais:

A Soul D60 é realmente uma ótima bike para cicloturismo, mas precisa de uma relação mais leve nas grandes subidas. Uma coroa dupla e um câmbio dianteiro realmente tornará a bike um aviãozinho.

As adaptações que fiz foram:
Coloquei um bagageiro Wencun, portanto bem mais alto, na traseira. Assim foi possível cicloviajar com alforges, sem que esses pegassem no câmbio ou nos meus calcanhares, ao pedalar.
coloquei um bagageiro dianteiro, Tranz-X CD 220, visando distribuir melhor a carga. A bicicleta em momento algum perdeu a estabilidade nas retas ou nas curvas, mantendo-se totalmente estável.
Mudei o Câmbio original de 6 marchas por um Shimano TX-51 de 7 velocidades.
Mudei o trocador original por um Shimano SYS de 7 velocidades, indexado.
Mudei catraca de seis velocidades por uma Shimano Mega-Range de 7V (14/34)
Mudei corrente original por uma Shimano HG-51 com dois Links, pois a corrente original era curta para usar com Mega-Range.
A relação mais pesada ficou 52 X 14 e a mais leve 52 X 34.

As demais peças todas originais.

Na minha modesta opinião a bike está totalmente aprovada para asfalto, pois ainda não a usei em estradas de terra ou outro tipo de solo.

Assim, até a próximo e um grande cicloabraço do...