segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Feliz 2014!!!


Neste momento, quando a virada do ano está praticamente há poucas horas, quero desejar a todos os meus amigos e amigas um Feliz Ano Novo! Que 2014 seja uma ano de bençãos em suas vidas, que todos possam realizar os seus sonhos, que tenham muita saúde e muita paz espiritual. Um pouco de dinheiro também é bom, mas só o suficiente para se viver em paz e com tranquilidade.

Para aqueles(as) que pedalam em competições, bastante garra e sucesso em suas competições. E, para aqueles(as) que como eu só pedalam por puro prazer, que Deus nos mantenha firmes em nossos propósitos e nos guarde dos malfeitores.

Como diz o Salmista: "Mil cairão ao teu lado, e dez mil à tua direita, mas não chegará a ti. Somente com os teus olhos contemplarás, e verás a recompensa dos ímpios".
Salmos 91:7-8

Um grande e fraterno abraço do...









sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

O Verdadeiro Natal.


Amigos e amigas, chegamos a mais um dezembro e, consequentemente, mais um Natal.
Quero convidar a todos para ler o texto abaixo e meditar no verdadeiro espírito do Natal.
Ao mesmo tempo desejo a todos um Natal cheio de paz e alegria, juntamente com todos os seus familiares.

"Começamos o tempo litúrgico do Advento, em que várias tradições cristãs se preparam para a solenidade do Natal. Caberia, portanto, a pergunta: qual é o verdadeiro significado do Natal?
"Natal" significa "nascimento" e a Festa do Natal lembra o nascimento de Jesus, que se convencionou colocar no dia 25 de dezembro. Esse dia era, nas saturnálias romanas, dedicado ao nascimento de Apolo, cuja carruagem era o Sol, daí a expressão ‘Dies Natalis Solis Invicti’ ou o dia de nascimento do "Deus Sol Invicto". Vemos, então, que a festa do Natal surge como uma sacralização de uma festa que os romanos já consideravam sagrada em sua mitologia. Logo, dizer que o "nascimento de Jesus" é o "verdadeiro" significado do Natal é uma meia-verdade. Imaginem se fosse o contrário, com os herdeiros do antigo paganismo romano dizendo que o "verdadeiro" Natal era o deles, posto que historicamente tinha um significado mítico anterior ao da mitologia cristã e sua festa em honra de Jesus... teríamos de reconhecer que eles não estariam totalmente errados.

A perspectiva histórica é, talvez, a melhor forma de se relativizar interpretações rígidas da vida e do mundo, impedindo quaisquer discursos um pouco diferentes do lugar-comum. Encontramos hoje certo tom moralista naqueles que consideram os donos da "verdade" sobre o Natal. Gostaríamos, porém, de propor um "espírito natalino" e democrático que acolha a todos, independente de sua maneira de pensar, ainda que seja diferentemente de como a maioria das pessoas pensam o Natal.

Respeitemos uma condição de multiplicidade cultural crescente de nossa vida contemporânea. Muitos vivem radicalmente a secularização atual ou participam de confissões religiosas não cristãs, mas que, mesmo assim, também desejam vivenciar e dar um novo significado à festa do Natal. Talvez esse espírito de acolhimento do outro, na sua "verdade" - também sobre o Natal -, seja o verdadeiro espírito de Natal. Consideramos possível respeitar e legitimar uma vivência natalina sem uma referência forte ao cristianismo. Ateus e agnósticos, além dos membros de outras confissões religiosas, podem e devem fazer uma leitura do que se entende por "Natal".

De certa maneira, a sacralização empreendida pelos cristãos foi, paradoxalmente, uma ação também ela secularizante perante o que entendiam como sendo uma mentalidade religiosa a ser "superada" pela mensagem evangélica. Para muitos de nossos contemporâneos, o Natal significa uma experiência de confraternização e solidariedade, em que se deve estar junto em família e num clima de harmonia e paz. Apenas isso. O que não significa uma anulação ou desvalorização de Jesus e de seu nascimento. A possibilidade de se viver e conceber o Natal idiossincraticamente não é uma negação do cristianismo, mas um reconhecimento de que o amor-ágape trazido pelo cristianismo tornou-se um "fundo musical" de nossa vida sociocultural".

Fonte: Adital Autor: Prof. Dr. Marcelo Martins Barreira - Departamento de Filosofia/UFES

Disse Jesus: "Vinde a mim TODOS os que estão cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei".

Um fortíssimo cicloabraço do...



quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Boné à prova de chuva.

Olá pessoal!


Como eu comentei em novembro último, já preparei alguns bonés á prova de chuva para venda.  (Para ver matéria clique aqui)

Qual é a vantagem de usar um boné a prova de chuva: Não molha a cabeça (cabelo), cuja água junto com o suor, escorre para os olhos provocando uma ardência danada! Por outro lado, quem pedala usando óculos de ciclismo ou de grau, como a aba do boné também é impermeabilizada, as lentes permanecem secas, não atrapalhando a visão da estrada.

Ideal para a prática de esportes ao ao livre!

Por ora tenho as seguintes cores: Branco, Cinza, Verde escuro e Vermelho, conforme foto abaixo.


(Clique na foto para ampliar).




Todos são confeccionados em tecido 100% algodão, portanto respiráveis, com fecho metálico regulável na parte de trás.



Os bonés não tem quaisquer decalques externos, são bonitos, leves e confortáveis. Podem ser usados por ambos os sexos. Se alguém quiser na cor rosa, basta encomendar.


Para daqui a uma semana, ou seja, logo depois do Natal, terei nas seguintes cores: Marrom com aba verde escuro (muito bonito), Marrom com aba marrom no mesmo tom, mas com um detalhe creme na extremidade externa da aba e quatro exemplares azul e preto, com aba azul. Esses quatro exemplares têm elástico ao invés do fecho metálico. Os demais seguem a regra da regulagem por fecho metálico. Veja nas fotos. seguintes:






Não trabalho com fechos plásticos, pois se partem com relativa facilidade.

Valor de cada boné: R$ 24,90 + frete via PAC. Se for retirado no meu endereço, não há o custo do frete.

Contatos para aquisição do boné podem ser feitos via e-mail: antigao.waldson@globomail.com .
Por favor, se possível no assunto escreva BONÉ.

Se quiser a comodidade de pagar com cartão a vista ou em até 12 X, compre via Mercado Livre. O preço final é acrescido de R$ 5,00, saindo cada boné por 29,90 + frete. Acesse o link: 
http://produto.mercadolivre.com.br/MLB-530517282-bones-respiraveis-mas-prova-de-chuva-_JM

Cuidados com o boné:

Lavar com sabão neutro e à mão.
Secar à sombra.
Não torcer.


Então amigos, vamos unir o útil ao agradável: Usar um boné à prova de chuva e ao mesmo tempo ajudar o Antigão em sua luta diária?



Antigão e seu inseparável boné à prova de chuva.



Grande abraço a todos(as) e assim que tiver novidades vou postando aqui no Blog.

Antigão.



segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Experiência com formigas Correição no Mato Grosso do Sul.

Tudo começou quando meu primo Wilson e eu resolvemos pescar na semana do carnaval. Não, não queríamos pescar por perto de São Paulo. Montamos todo o esquema para pescarmos em Jardim, no Mato Grosso do Sul. 

Arrumamos a tralha toda num Volkswagem Passat 1980. Fomos, meu primo, sua esposa, minha esposa eu e a minha sogra. Além do porta-malas lotado de tralhas, levávamos ainda um bagageiro de teto cheio, tais como barraca bangalô, fogareiro, panelas, alimento, e tudo aquilo que um pescador leva para a beira do rio, quando pretende passar uns 5 ou mais dias pescando acampado.
O Passat ia tão lotado que raspava o fundo nas lombadas (quebra-molas) dispostos ao longo da Rodovia Raposo Tavares. 
Corria o ano de 1984. 1.240 Km nos separava de nosso destino.

Passat.



Nesse ano já haviam asfaltado o trecho entre Rio Brilhante e Jardim, MS.
Dividimos a condução do carro entre nós dois, de maneira a ficar mais ou menos a metade do trecho para cada um. Meu primo saiu dirigindo de São Paulo e eu peguei no volante já quase fazendo a travessia do Rio Paraná, que separa São Paulo do Mato Grosso do Sul.



Por volta de umas 20 horas de estrada chegamos em nosso destino: a casa de meu cunhado em Jardim. Descansamos e logo na manhã do dia seguinte já estávamos agitando meus cunhados para arrumarem um local bom para acamparmos e pescarmos.
Meu cunhado, o Beto, conseguiu um local á beira do Rio Miranda, numa fazenda de conhecidos dele. Arrumamos as nossas coisas, compramos o que faltava e rumamos para o local. 
Entramos por Guia Lopes e pegamos uma estrada de terra que seguia no sentido Bela Vista. O Rio Miranda ficou á nossa direita. Depois de rodar umas dezenas de Kms entramos numa porteira e começamos a descer em direção ao rio. Era um descidão lascado numa estradinha feita pra tratores e colheitadeiras e não para um Passat carregado! Do lado direito a terra toda arada, pronta para o plantio. A esquerda uma mata fechada e muito bonita. O carro não chegava até a beira do rio. Teríamos que parar num determinado ponto e continuar á pé. Havia muito barro, pois chovera bastante nos últimos dias.

Saímos do carro e começamos a descer a pé para reconhecer o terreno e encontrarmos um local adequado para montarmos a nossa barraca, um bangalô de dois quartos. Meu cunhado Beto levou rua rede com mosquiteiro. 
Paramos ao pé de um enorme eucalipto e quando íamos falar que aquele lugar era ótimo para montar a barraca, pois estava distante apenas uns 20 metros da beira do rio, um enxame de abelhas Europa nos atacou. Fui picado no peito e meu primo no braço. Corremos até a beira do rio, mas as abelhas não insistiram em nos atacar; foi só um aviso: olha o que vai acontecer se vocês montarem a barraca aqui! Desistimos daquele lugar, não tem dúvida.


Abelhas europa.



Já na beira do rio, doidos para pescar, encontramos um lugar bom para armarmos a barraca. Subimos e descemos várias vezes carregando a tralha nos ombros e tomando cuidado para não importunarmos as abelhas, cujo enxame estava no eucalipto.


Rio Miranda - Jardim, MS.



Barraca montada, descobrimos que havíamos esquecido os pratos. O Beto e meu primo Wilson pegaram o carro e foram de volta para a cidade comprar pratos. Eu preferi ficar sozinho pescando.
Pegava um peixinho aqui, outro peixinho ali, mas nada de um puxão daqueles que nos deixam com o sorriso de orelha a orelha. Sabíamos que ali tinham Pacus e Dourados enormes, mas nenhum deles queria algo comigo. Deu fome, fui ao isopor e peguei um bom pedaço de mussarela, presunto e pão para fazer um lanche. O sol estava de amargar, prenunciando muita chuva para os próximos dias. A mussarela derretia antes mesmo de eu ter cortado o pão, tal era o calor que fazia aquela hora da manhã.
Tive uma ideia: peguei um pedaço de mussarela, fiz uma bolota, isquei no anzol e mal a isca bateu na água foi um puxão só! Um enorme Mandi Chorão veio pendurado no anzol. Outra bolota de queijo, outro Mandizão e assim foi até eu encher um saco de cebola de peixe. Cansei de pegar Mandis e já estava na hora do almoço. Fui para a barraca limpar os peixes e preparar o almoço. Os dois que foram comprar pratos nada!

Mandi chorão amarelo.



Preparei uma panela de arroz, soltinho, soltinho! Salada de tomates com cebola. Estava começando a fritar os peixes quando os dois apareceram. Estavam alegres, felizes, riam a toa! Não acreditaram quando viram a quantidade e o tamanho dos Mandis que eu fisgara. Dava para mistura de almoço e janta e ainda sobraria. Uns mézinhos e umas cervejinhas e comemos a nos fartar. Como o sol estava muito quente resolvemos fazer uma sexta até umas 4 horas da tarde, quando então voltaríamos a pescar.

O sol ainda estava quente quando voltamos para a beira do rio. Meu primo pegou um Dourado pequeno (uns 3 Kg) e um Curimbatá médio. Tiramos os filés do Curimba para servir de isca, para a pescaria noturna. Traíras, Jurupocas, Jurupecem, Pintados e Cacharas adoram files de curimba.


Jurupecem.




Eu tinha levado minhocas daqui de Sampa, mas os Mandis só queriam queijo. Paramos de pescar com queijo, pois não queríamos mais pegar Mandis.

A tarde passou e a noite chegou. Pegamos mais uns peixinhos e como estávamos cansados, nos recolhemos para dormir. Porém, antes de nos retirarmos lançamos um anzol grande, iscado com a cabeça da curimba que pescáramos á tarde. Combinamos de levantarmos no meio da noite para verificarmos se havíamos fisgado alguma coisa.

Sei lá que hora era da madrugada, chamei o Wilson, pois o Beto se embrenhara no meio do mato para armar a rede, para que fossemos ver o anzol que deixamos iscado. Farolete na mão, ele saiu na frente e assim que deu uns dois ou três passou começou a pular e gritar: Formigas, formigas!!! Saiu correndo e sumiu, virando á direita no sentido de onde havíamos deixado o carro. Bati a luz do farolete no chão e quase caí de costas! Não havia um milímetro sequer de chão que não houvesse formigas. Um quintilhão delas!!! Fogão, panelas, pratos, tudo coberto de formigas. A gente só sabia que ali tinha alguma coisa sob as formigas, porque havíamos visto tudo antes de deitarmos. Era a famosa Correição que vinha limpando tudo o que encontrava pelo caminho!

(clique para saber mais)



Não dava para chegar onde havíamos deixado o anzol iscado, pois todos os cantos estavam tomado pelas formigas.
O Wilson gritou que iria dormir o resto da noite no carro. Sorte que o carro estava aberto. Eu que não iria levar a chave para ele, hehehe!
Fechei o zíper da barraca e agora prestando atenção dava para ouvir o ruído das formigas passando por baixo e ao lado da barraca! Foi dormir depois de averiguar que não havia um lugar sequer por onde as formigas pudessem entrar na barraca.

No dia seguinte nem sinal das formigas. Tudo estava limpo e tranquilo. Se eu estivesse sozinho diria que foi apenas um pesadelo, nada mais.

Quando puxamos o anzol, ah que felicidade. Um enorme Dourado estava fisgado! Ali estava o nosso troféu!


Dourado.




Naquele dia, como medo de novas "visitas", mudamos a barraca para um lugar diferente, mais para o alto, distante um pouco da beira do rio e mais próximo do carro.

Ficamos lá uma semana curtindo a Natureza. Fizemos amizade com alguns peões da fazendo que foram nos visitar e tomar uma cachacinha conosco. Outros comeram peixinho frito conosco; foi show a pescaria.

Anos depois, já morando em Campo Grande, MS eu teria uma outra experiência com essas formigas. Mas isso é assunto para uma outra história.

Grande abraço do...


Formigas Correição = http://pt.wikipedia.org/wiki/Formiga-correi%C3%A7%C3%A3o


quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Boné impermeável.

Você já pensou em usar um boné  respirável, mas impermeável, por baixo do capacete, protegendo-o da chuva?

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Você já reparou que eu sempre estou de boné por baixo do capacete?

Pois bem, meu boné embora respirável é totalmente impermeável. surpreso(a)?!



Uma das coisas mais chatas é usar uma Jaqueta corta-chuva, mas ter a cabeça toda "ensopada", com água e suor correndo para os olhos, não é mesmo? Os olhos ficam ardendo e atrapalham a pedalada. Usar capuz, nem pensar! A transpiração é terrível e acaba molhando mais do que a própria chuva.
E quem usa óculos como eu?! A água da chuva molha os óculos e ferra tudo. 
No caso do boné impermeável isso não ocorre, pois a aba do mesmo também é impermeável. Apenas se for chuva de vento, essa não dá para prever, não é mesmo?

Existem bonés de couro sintético por aí, mas... nem se atreva! Eles não são respiráveis e acumulam um odor super desagradável!



Poxa, Antigão, onde então encontro esse boné impermeável e respirável tão bom e barato?

Pois bem, gostaria de anunciar que  dispomos de bonés à prova de chuva para a venda. Não, não são aqueles bonés caríssimos que não cabem no seu orçamento! São bonés com preço justo que lhes permitirão usá-los por baixo do capacete sempre que estiver chovendo ou não.

Para ver e adquirir o seu boné a prova de chuva clique AQUI.



Abraços do...



segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Amigo

Há amigos mais chegados do que um irmão (Provérbios 18.24).




Quando propuz a mim mesmo fazer uma cicloviagem partindo de São Paulo, Capital para chegar até Florianópolis a maior dificuldade que encontrei foi como o faria com pouco dinheiro. 
Por vários dias, enquanto somente eu sabia do projeto, tentei encontrar Campings ao longo dos lugares por onde eu deveria passar. Ora todos sabem que nem todas as cidades possuem Campings, mesmo em se tratando de cidades litorâneas. Pernoitar em Campings para um cicloviajante significa uma boa economia, haja vista que os valores praticados são menores do que os Albergues, por exemplo. 

A alimentação não me preocupava, pois sempre levo comigo alimento in natura e os meios para prepará-los, tais como espiriteira, panelas, etc.

Consegui contatar alguns Campings. Uns dentro da minha logística, porém outros muito fora. Mesmo assim resolvi lançar o projeto.

Qual não foi a minha surpresa quando vários amigos cicloturistas fizeram contato comigo oferecendo suas casas para que eu pudesse passar a noite?! Até então eu iria fazer uma cicloviagem solo, mas dias depois o amigo e cicloturista Emerson perguntou se eu o aceitaria como parceiro na cicloviagem. Perfeito! Um amigo para dividir a estrada e muitos amigos para nos ceder lugares onde ficarmos.

Não estranhem quando eu digo que no cicloturismo não encontrei amigos e sim irmãos!

Agradeço a todos os irmãos/amigos que nos ajudaram; que nos ofereceram suas casas, que compartilharam seus lares conosco. Devo-lhes boa parte do sucesso da cicloviagem.

Compartilho aqui um texto da jornalista e escritora Martha Medeiros que ilustra muito bem o que é um amigo.


ENTRE AMIGOS
12 de abril de 1999 

Para que serve um amigo? Para rachar a gasolina, emprestar a prancha, recomendar um disco, dar carona pra festa, passar cola, caminhar no shopping, segurar a barra. Todas as alternativas estão corretas, porém isso não basta para guardar um amigo do lado esquerdo do peito. Milan Kundera, escritor tcheco, escreveu em seu último livro, "A Identidade", que a amizade é indispensável para o bom funcionamento da memória e para a integridade do próprio eu. Chama os amigos de testemunhas do passado e diz que eles são nosso espelho, que através deles podemos nos olhar. Vai além: diz que toda amizade é uma aliança contra a adversidade, aliança sem a qual o ser humano ficaria desarmado contra seus inimigos. Verdade verdadeira. Amigos recentes custam a perceber essa aliança, não valorizam ainda o que está sendo contruído. São amizades não testadas pelo tempo, não se sabe se enfrentarão com solidez as tempestades ou se serão varridos numa chuva de verão. Veremos. Um amigo não racha apenas a gasolina: racha lembranças, crises de choro, experiências. Racha a culpa, racha segredos. Um amigo não empresta apenas a prancha. Empresta o verbo, empresta o ombro, empresta o tempo, empresta o calor e a jaqueta. Um amigo não recomenda apenas um disco. Recomenda cautela, recomenda um emprego, recomenda um país. Um amigo não dá carona apenas pra festa. Te leva pro mundo dele, e topa conhecer o teu. Um amigo não passa apenas cola. Passa contigo um aperto, passa junto o reveillon. Um amigo não caminha apenas no shopping. Anda em silêncio na dor, entra contigo em campo, sai do fracasso ao teu lado. Um amigo não segura a barra, apenas. Segura a mão, a ausência, segura uma confissão, segura o tranco, o palavrão, segura o elevador. Duas dúzias de amigos assim ninguém tem. Se tiver um, amém.
Martha Medeiros

Agradeço a Deus pelos meus amigos/irmãos sempre presentes e dispostos a nos ajudar. Que Papai do Céu sempre os proteja e os envolva com as Suas ricas bençãos.

Grande e fraterno abraço do...






sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Entrevista com "Seu Zé", um ciclista de 74 anos.

Entrevista.



O Pediverde, site de cicloturismo, entrevistou o Sr. José, um ciclista de 74 anos. Como diz o site, uma história sobre duas rodas.

Para você que acha difícil sair do sedentarismo, ou está começando a pedalar, veja o que diz o Seu Zé, neste vídeo: 



E aí,você ainda acha que a idade impede alguém de pedalar e ter saúde? 
Bora esquentar essas canelas!


domingo, 3 de novembro de 2013

Pedal da Primavera - De São Paulo a Florianópolis - Final

Objetivo do dia e dia seguinte: 

Dormir em Balneário Camboriú.t

Chegar ao destino final, Florianópolis.


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(Clique na foto para ampliar)

Chegamos em Balneário Camboriú, SC.

Como eu disse anteriormente, chegamos sob uma chuva fina e perene, obviamente estávamos sujos, cansados e molhados até os ossos! Mas, felizes!

Na esquina da Avenida 3300 lá estava o grande amigo e anfitrião Roberto Kist, sorrindo, com sua filmadora na mão, à nossa espera. Alguns minutos antes eu ligara para ele e o posicionara sobre onde estávamos.
O Roberto fizera uma reserva no Hotel Gracher Praia para nós. Ele pensara em tudo. Havia até uma autorização para levarmos as bikes para o quarto, no 6º andar.
Conversamos um pouco, fizemos as apresentações, pois eu ainda não o conhecia pessoalmente, embora seja um fã incondicional das cicloviagens do Grupo Pedaladas, (http://www.pedaladas.com.br/) do qual ele faz parte. Subimos para o 6º andar, pois precisávamos muito de um banho quente e roupas secas.


Fotos tiradas da janela do quarto do hotel. Observe que ainda cai um chuva fina.





Enquanto o Emerson tomava banho, mesmo sob a garoa, ainda arrisquei caminhar duas quadras para conhecer a orla da praia de Balneário Camboriú, mas como chovia e já era noite, não levei a máquina fotográfica.

Havíamos marcado com o pessoal do Grupo Pedaladas, comer umas pizzas na Pizza Bis, de propriedade do amigo Roberto Kist. Quando fores a Balneário Camboriú, SC, não deixe de se programar para comer uma ou mais - não dá para comer uma só! - pizzas no Pizza Bis. Um ambiente familiar, de muito bom gosto, ótimo chopp e excelentes pizzas.

Na foto, da esquerda para a direita, Antigão, Fernando Cotta, sua filha que está escondida atrás do pai, sua esposa, Roberto Kist, Emerson e Marcelo. O Fernando, Roberto, Rodrigo e o Marcelo fazem parte do grupo Pedaladas.



Confesso que comi muita pizza e tomei alguns chopps, os quais me deixaram de olhos amortecidos. Mas estávamos em festa, pois há anos converso como todo esse pessoal maravilhoso e não os conhecia pessoalmente, exceto o Marcelo, que conhecia de longa data. O Roberto, assim como os demais amigos que nos receberam em suas casas, é um sujeito formidável. Pena que o Rodrigo, também membro do Grupo Pedaladas, não pode estar presente devido aos seus afazeres como professor de academia. Grande abraço Rodrigo, ainda no conheceremos pessoalmente se Deus quiser.

Fui presenteado com uma linda camisa do Grupo Pedaladas, a qual irei usar com muito orgulho.






Após o lauto jantar, despedi-mo-nos do pessoal e fomos para o hotel, pois precisávamos levantar cedo no dia seguinte e continuar a agradável aventura para o destino final, Florianópolis.

Durante a noite, não obstante eu levara minha caixa de medicamentos, nem lembrei das dores na coxa esquerda e não tomei um relaxante muscular, como deveria ter feito.

Na manhã seguinte, após um suculento café, saímos em direção a BR - 101. Pô, estar em B. Camboriú e pegar uma rodovia pesada?! Por que não seguir pela Interpraias? Decidimos unanimamente em seguir pela Interpraias. Não chovia e o dia estava bonito e agradável.


Olhem só o que nos esperava:





Lógico que eu empurrei a bike nas quatro grande subidas, né! O Emerson subiu todas elas pedalando. Como dizia o finado Chico Anísio: "Cabra bom, queria ter um parceiro assim!"
Contudo, apesar das subidas, o visual é de arrepiar! Um show de verde, de praias lindas, uma estrada sossegada, acertamos na mosca termos ido por lá.


















Olhem só o calçado nos pés! Isso mesmo, Havaianas. Meu tênis e minha sandália
 papete estavam molhadas, portanto...























A pedra rachada, muito interessante.






Ops, BR 101! Agora é socar a bota!




E assim, após enchermos os nossos olhos com o colírio da Natureza, chegamos à BR 101.

A pedalada ganhou mais velocidade, contudo minha coxa esquerda começou a doer. A princípio eram dores leves, mas foi ficando mais forte à medida que ganhávamos terreno em direção à Floripa.
Como disse o Emerson, eu estava pedalando como um Saci, pois procurava forçar mais a perna direita e menos a esquerda para poupá-la e podermos chegar em Floripa numa boa.






Com esse belo acostamento e "puxado" pelo vácuo dos caminhões, a bike voa!
















Paramos num pequeno restaurante para tomar um lanche e, acreditem, foi a primeira vez que eu comprei uma garrafa d'água em toda a cicloviagem. Toda a água consumida foi colhida nas torneiras de empresas de boa vontade. E olhem, não houve quem se negasse a encher as nossas caramanholas.
Aproveitamos a ocasião para nos lambuzarmos de protetor solar, pois enfim, o sol estava rachando mamonas!





Bora até Porto Alegre? Não, fica para a próxima vez! 
A próxima será de Floripa até POA, se Deus quiser!




A BR 101 é uma bela rodovia. Para cicloviajar, do ponto de vista da estrada é muito boa, mas do ponto de vista da Natureza é uma barulheira só. Muitas carretas seguindo para o Sul do Brasil, fazendo uma zuada terrível!

Logo entramos pelo Estreito e seguimos em direção à ponte, que liga a Ilha ao Continente. No Estreito, Bairro de Florianópolis, lembrei das várias visitas profissionais que fiz à Floripa. Várias vezes estive na Cidade,  inclusive no ano que conheci o Marcelo, do Grupo Pedaladas, pessoalmente.



Floripa, como toda cidade grande, tem os motoristas que adoram tirar fininha dos ciclistas, principalmente os ônibus! O Emerson comentou que talvez eles façam estágio em São Paulo para se habilitar, pois as atitudes são iguais em relação às bicicletas: finas, fechadas e tudo aquilo que nós paulistanos já estamos habituados no dia-a-dia. Mas tudo bem, quem nasceu para ser prego nunca chega a parafuso, dizia um amigo meu.

Depois de um pouco de ciclovia á beira mar... eis que surge a velha e bela ponte! Pena que ainda não a reformaram para disponibilizar às visitas públicas. Por ora continua interditada à visitação.



Passamos por baixo da velha ponte, chegamos na ponte nova e cadê a ciclovia na ponte? O Emerson já tinha passado quando avistei a entrada da ciclovia, gritei para ele voltar e entrei na rampa, á direita. Ocorre que eu estava com marcha pesada, então a roda da frente bateu na entrada, meu pé escapou do pedal esquerdo e o danado veio direto no meu tornozelo e canela! Quando pulei para não cair o pedal direito veio direto para minha perna direita. Agora eu tinha dores na coxa direita, um tornozelo inchado e tudo doído, caramba, miséria pouca é bobagem!!!





Sob a ponte, dava vontade de pular no mar para amenizar quem sabe um pouco as dores.



Passamos pela lateral do túnel, como nos ensinara o Fabio Almeida e outros e seguimos em direção ao Campeche, Sul da Ilha. O Fábio Almeida, companheiro de pedais, ora morando em Florianópolis, seria nosso anfitrião, portanto, seguíamos em direção á sua casa.



Vira daqui, pergunta dali, consulta o GPS e acabamos por chegar á casa do Fábio. Aliás, ele estava chegando e nos achou.





Da esquerda para a direita, Gabriela, namorada do Fábio,
 o Fábio, o véio Antigão e o Emerson Lacerda.




O Emerson dando uma de gaúcho, tomando chimarrão.




Foi uma noite de churrasco e umas geladinhas. 
Antigão pilotando a churrasqueira.



O Fábio e a Gabi dispensam comentários como anfitriões: Perfeitos! Embora eu e o Fábio já nos conhecíamos e pedalamos juntos, a recepção em sua casa foi por demais calorosa. Espero estar a altura de retribuir a todos esses amigos que nos recepcionaram em suas casas, se um dia resolverem vir para Sampa, seja para pedalar conosco ou não. No meu coração e nas minhas modestas orações, com certeza sempre haverá um lugar para cada um deles!



Quando eu entrei para o cicloturismo nunca pensei que conheceria tanta gente boa. Não consegui amigos, mas sim irmãos! Até as pessoas que nos recepcionam nas pousadas, campings, parece que dispensam um tratamento diferenciado para nós cicloturistas! É fantástico!

É, a viagem foi ótima, as recepções nota dez, mas chegou a manhã seguinte e a hora de ir embora. Chegamos a ir a praia, que fica a poucos metros da casa do Fábio, mas estava uma ventania e o mar muito bravo. Apenas tiramos algumas fotos e retornamos para casa.





A tarde o Fábio nos levou de carro até o Terminal Rodoviário de Floripa para que pudéssemos comprar as passagens de volta. Compramos com partida para pouco depois das 22 horas.
Pouco antes da partida o Fábio nos levou ao terminal, era hora do nosso retorno para São Paulo.






Aproximadamente 12 horas depois desembarcamos no Terminal Rodoviário do Tietê, em São Paulo. Minha velha cacunda não aguentava mais ficar tantas horas sentado.

Coincidentemente, lado a lado a empresa que nos levou, Cometa e a que nos trouxe de volta, Catarinense.




A nossa despedida no Terminal Rodoviário, depois de vários dias pedalando juntos.




Ainda pedalei uns 18 Km para chegar em casa. 



Como meu ciclocomputador apagou no dia da chuva, após fazer algumas contas e me basear no GPS do Emerson, parece que pedalei 501 Km nessa cicloviagem.
Foi uma das melhores cicloviagens que já fiz (a gente sempre fala isso, né?!).

Não houve baixas significativas, além das canelas machucadas e do pezinho da bike quebrado. 99,9% da cicloviagem foi só alegria, e muita alegria!

Agradeço a Deus, nosso Pai, por me permitir mais esses momentos de prazer e aventura ao lado de pessoas tão agradáveis.
Não tenho como agradecer ao Emerson, super parceiro, exemplo de simplicidade, garra e determinação. Aprendi muito com ele. Outras virão, se Deus quiser!

Faço minhas as palavras do Emerson, que dizem: "Fica aqui nosso agradecimento ao Lulis, seu Genaro, Sandro Martins, Sr. Heil, Roberto Kist, Marcelo, Fernando Cotta, Fábio Almeida e Gabriela Grimm e à todos que nos ajudaram nesta empreita. Que Deus esteja sempre com vocês os protegendo e guiando, com saúde e felicidade e este é meu desejo de coração".

Agradecemos também as empresas Viação Cometa e Viação Catarinense pelo ótimo atendimento e profissionalismo a nós dispensados. Essas são verdadeiramente Empresas amigas dos cicloturistas.