Guararema é um município do Estado de São Paulo, que dista aproximadamente 75 Km de minha casa.Banhado pelo Rio Paraíba do Sul, é uma cidade muito agradável, bastante frequentada por ciclistas e motociclistas em geral.
E é para lá que nós vamos neste relato. Bora pedalar?
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Domingo, 16 de novembro de 2014. Seis horas da manhã tranquei o portão da garagem pelo lado de fora.
Mas tudo começou uns dias atrás, quando eu estudava para que lugar eu iria pedalar, após meses e meses de abstinência obrigatória.
Depois de muito pensar escolhi Guararema como destino de meu ciclopasseio dominical. Obviamente que eu não iria sair pedalando de minha casa até lá, como fizera outras vezes passadas. Não, eu não estava tão preparado fisicamente para fazê-lo, ainda.
Uma vez definido o destino, resolvi que não iria sozinho. Convidei o amigo Walter Medeiros, que aceitou prontamente o convite.
Combinamos então que eu passaria na casa dele ás 6 horas da manhã e sairíamos juntos pedalando até a Estação Tatuapé da CPTM (Cia de Trens Metropolitanos). De lá, pegaríamos o trem para Mogi das Cruzes e de Mogi, pedal até Guararema.
Voltando ao dia 16/11/2014, a manhã estava muito agradável, embora ventasse um pouco mais forte. Passei na casa do Walter, chamei, chamei várias vezes mas ninguém apareceu. Quem sabe algum problema de saúde, sei lá, pensei. Bom, já que ele não apareceu só me resta ir sozinho mesmo. Assim o fiz.
Em poucos minutos eu estava pedalando pela Av. Conselheiro Carrão, seguindo em direção á Estação do Trem.
Logo cheguei à ciclovia da Radial Leste, onde segui pedalando tranquilo em ritmo e passeio. Enquanto as rodas 700 percorriam o piso vermelho a mente sorria pensando no verde da natureza que eu iria rever em breve.
O sombra esta empolgado.
Oba, estação Tatuapé a vista!
Mentika na plataforma de embarque.
Logo a composição chegou e a Mentika e eu embarcamos. O trem estava vazio e a viagem foi muito tranquila até Guaianazes, onde fizemos a baldeação para o trem velho, que segue pela linha tronco até a estação Estudantes em Mogi.
Aqui sua bike é bem-vinda!
O "trem velho", como citou o guarda ferroviário, está vazio, vazio.
Quanto tempo, hein Antigão!
Ops, enfim chegamos!
Parei na lanchonete da rodoviária e comprei dois pães de queijo para viagem. Quando fui retirar os pães no balcão a atendente me estendeu os pães num guardanapo e comentou que estavam sem embalagens para viagem.
Ela ficou com o braço estendido em minha direção enquanto eu dizia que não iria levar os pães sem a embalagem para viagem. Já estava me dirigindo para o caixa, a fim de reaver o meu dinheiro, quando ela se virou nos trinta e conseguiu uma sacolinha plástica para embalar os pães. Coloquei-os no pequeno alforge de bagageiro e saí pedalando em direção à Av. Francisco Rodrigues Filho, para alcançar a SP-066 (Rodovia Henrique Eroles).
A Avenida estava toda duplicada, com asfalto novo, uma delícia para pedalar.
Por enquanto o gado é de material sintético,
Quase chegando na rodovia...
Assim que cheguei na rodovia o primeiro momento foi de emoção. Na primeira descida senti o ventinho no rosto e foi como um bálsamo para a minha alma saudosa e dolorida. Agora eu já não via mais a selva de pedra, tudo fora substituído por um verde maravilhoso. O som do vento, dos pássaros e das cigarras acariciavam os meus ouvidos.
O visual então, era mais que um colírio. Esqueci de todos os momentos difíceis pelos quais tinha passado nos últimos meses. Naquele momento eu era o Antigão cicloturista que estava feliz e pedalava em direção à Guararema, nada mais. Só isso me bastava.
Mas qual é o ciclista que não gosta de ver essa plaquinha?!
No meio da descida da serra, parei na gruta para comer um pão de queijo e ir ao banheiro. Aproveitei para descansar um pouco. A serra é curtinha: Uns 3 Km apenas.
Olhem só que acostamento delicioso! Tirando os degraus esporádicos, um tapete!
O Sombra tá deitando e rolando na trip!
Caramba, o sol está quente! Parei para tirar calça de agasalho e camiseta da manga longa. Foi aí que constatei que não levara o protetor solar. Xiii, acho que vou torrar um pouquinho!
Mas quem diria hein, estou chegando. Só mais mil metros e entro na cidade.
Após 34 Km pedalados, cheguei no portal da cidade.
Fui devagar, a média não passou dos 13 Km/h, pois sabia que a volta seria difícil, uma vez que eu estava sem treino, havia muitas subidas e poderia pegar vento contra. Em tese foi até bom o Walter não ter ido, pois não sei se ele teria paciência para pedalar tão devagar e fazendo várias paradas para descanso.
Entrei na cidade.
Muita coisa havia mudado desde a última vez que eu tinha estado por lá. Havia um chafariz novo, a estação fora totalmente restaurada e as ilhotas do Rio Paraíba do Sul foram todas ligadas por novas passarelas, belas e envernizadas. Funcionários trabalhavam a todo vapor na decoração natalina.
Olhem só a tristeza do Antigão.
Como os médicos me recomendaram comer de 3 em 3 horas, parei sob a sombra fresca de uma árvore frondosa para comer mais um pão de queijo. Levei uma caramanhola com água gelada e outra com refrigerante diet, hehehe! Comer pão de queijo a seco não dá não.
Poxa, quisera meu bairro de Sampa fosse assim!
Ainda fiquei ali sentado, observando as águas do rio, por mais meia hora e resolvi bater em retirada. Estava na hora de voltar, pois todas as descidas agora se transformariam em subidas.
A minha ideia para a volta era sair por Sabaúna e chegar em Mogi das Cruzes beirando a linha do trem. Por esse caminho eu cortaria a serra de Sabaúna (Onde parei na gruta, lembram-se?)
Mais passarelas sendo construídas em Guararema.
Desta vez ninguém fez contato comigo ou perguntou de onde eu vinha ou para onde ia. Apenas os cumprimentos normais de bom dia, boa tarde, etc.
Bora pegar a estrada de volta? Quando cheguei estava com os pneus em 40 PSI. Agora para voltar enfiei 60 PSI neles. Afinal, como diz a Rita Lee, minha saúde não é de ferro não!
Olhei no relógio que marcava meio dia, então saí pedalando estrada afora. O sol estava fritando então mais uma vez me arrependi de não ter levado o protetor solar.
Somente quem pedala, viajando na velocidade da Natureza, pode se dar ao luxo de apreciar paisagens bucólicas como essa.
Treze horas e trinta minutos, cheguei na entrada para Sabaúna.
Logo na entrada há um ponto de ônibus coberto. Havia uma sombra convidativa e eu estava novamente com fome, então resolvi dar cabo da comida que eu levara numa marmita, haja vista que, devido a dieta que faço, não me faz bem comer em restaurantes.
Abri a marmita e... a comida azedara!!! Que droga!
Estava jogando a comida no lixo quando um senhor muito prosa parou a sua bike motorizada na frente do ponto e puxou conversa.
Ficamos ali proseando por pelo menos uma hora. Gente fina, morador de Cesar de Souza, me contava das vantagens de por um motor a gasolina na bike.
Boa prosa, mas eu precisava ir embora, afinal eu moro em Sampa e ele ali nas proximidades.
Despedi-mo-nos e eu desci para Sabaúna. Peguei a estradinha que vai beirando a linha do trem. Ah, mas me ferrei!: Trens andam pelos vales e o amigo vento contra também!!!
Assim, além do trecho até Cesar de Souza ser de falso plano (subida não muito íngreme) o vento contra aliado a isso, mais as pernas hiper cansadas, não me permitiram passar dos 8 Km/h! Somente quando terminou o trecho de longa subida consegui desenvolver um pouco mais de velocidade.
Cheguei em Mogi.
Note na foto abaixo que estou pedalando numa ciclovia. Você não acredita?
Então olhe na foto seguinte.
Isso é alguma coisa que um dia foi ciclovia. A bike pula mais que gato endiabrado!
Lamento, mas já chegando na Estação Estudantes, onde pegaria o trem de volta, parei numa padaria com ar condicionado e acabei com a minha dieta! Calabresa com queijo e uma coca zero! Pelo menos na coca eu me abstive do açúcar, né?
Pensando bem, nesse calor uma coca gelada com limão e gelo desce redondinha, redondinha.
Peguei o trem de volta para a Estação Tatuapé e após uma eternidade cheguei na ciclovia da Radial Leste. Agora era só pedalar mais 10 Km para chegar em casa.
Agradeço a Deus Todo Poderoso a oportunidade de fazer mais este passeio e o dedico a todos os meus amigos e amigas que durante todos esses meses de pausa pungente me incentivaram e não permitiram que eu esmorecesse na fé.
Dados técnicos:
Km pedalados: 72,49 .
Vel. Média 11,4 Km/h
Vel. Máxima: 53,9 Km/h
Tempo de pedal: 6:18:09 horas.
Calorias 780,5
Nenhum problema mecânico.
Despesas:
Dois pães de queijo = R$ 6,00
Lanche na padaria = R$ 11,00
Trem = R$ 0,00 (Maior de sessenta anos)
Total = R$ 17,00
Obs.: A rodovia SP 066 - Henrique Eroles - está toda recapeada, bem sinalizada e boa para pedalar. Contudo, a cada entrada de chácara, sítio um fazenda, há dois degraus no acostamento, pois nesses pontos o acostamento se nivela à pista.
Um passeio muito bom com nível de dificuldade = médio.
Na Av. Francisco Rodrigues Filho, na calçada do lado oposto para quem vai no sentido SP 066, há uma ciclovia, embora o asfalto da via esteja muito melhor para pedalar,
Inté a próxima!
Grande cicloabraço do...
12 comentários:
Que bom, Waldson te ver na ativa :)
Parabens pela coragem, houve contratempos mas sua forca de vontade esteve la' em cima :)
Gostei da citacao "Maior de 60 anos".
Lindas imagens, otimo relato.
[]s Gilmar
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Sobre a motorizacao da bicicleta com o motor chines, ja' tenho 2 anos de experiencia nisso.
Nao vou estender o assunto, mas se voce quiser maiores informacoes posso te passar minha experiencia.
Resumindo:
1) o motor chines foi feito pra quebrar, e' uma trapaca atras da outra.
Obsolescencia planejada ali teve campo fertil.
Me esmerei driblar a malandragem dos deles :)
2) bicicletas comuns nao tem estrutura para suportar um motor.
3) so' motorize uma bicicleta como uma fonte confiavel de transporte se voce tem um mecanico de sua confianca e que conhece bem essas encrencas.
4) se voce precisa de uma fonte de transporte confiavel, quer motorizar sua bicicleta e NAO quer por a mao na massa e NAO conhece um bom mecanico. Esqueca esse motor chines, compre uma moto de 50cc (que nao precisa carta) ou uma Honda Biz.
5) se voce NAO precisa de uma fonte
confiavel de transporte e esta' querendo aprender mecanica de um jeito barato, estes motores chineses sao uma excelente fonte de aprendizado. Existe um forum bom aqui no Brasil e outros foruns gringos de otima qualidade.
[]s :)
Parabens Waldson...retornando em belissima forma...abrao...
Grande amigo, podes me considerar o sombra nesta viagem tão significativa. Fiquei feliz!
Me empolguei em fazer esta cicloviagem. Obrigado!
Waldson, Bom dia!
Moro em Mogi acompanho seu Blog a anos, vou sempre para Guararema, posso te dar uma dica bacana... quando estiver voltando entre no distrito de Luiz Carlos em Guararema mesmo, já deve ter visto as placas na rodovia, ele é a outra ponta da Ferrovia que sai de Guararema, o bairro foi todo restaurado, com cafés e locais para lanche, de Luiz Carlos pode seguir direto para Sabaúna por estrada de terra porém boa e sem grandes subidas, local bonito para andar e muito frequentado por ciclistas.......
Olá. Gilmar, boa tarde!
Obrigado pelas palavras de incentivo. A gente tem que lutar para que a doença não nos vença.
Sobre a mnotorização da bike, não estou me empolgando com isso, não. Espero nunca precisar por motor em minha bike, contudo, comprar uma biz ou uma moto de baixa cilindrada será interessante para que eu possa me locomover pelo bairro.
Agradeço por sempre prestigiar no nosso blogue.
Grande cicloabraço!
Olá. Gilmar, boa tarde!
Obrigado pelas palavras de incentivo. A gente tem que lutar para que a doença não nos vença.
Sobre a mnotorização da bike, não estou me empolgando com isso, não. Espero nunca precisar por motor em minha bike, contudo, comprar uma biz ou uma moto de baixa cilindrada será interessante para que eu possa me locomover pelo bairro.
Agradeço por sempre prestigiar no nosso blogue.
Grande cicloabraço!
Valeu Luiz Cláudio! Obrigado e apareça sempre!
Grande cicloabraço!
Grande Fábio Almeida, parceiro de muitas pedaladas, boa tarde!
Obrigado! O sombra sempre está feliz e descansado, querendo mais, hehehe!
Grande cicloabraço e vê se aparece por aqui!
Olá Gabriel Panta, boa tarde!
Olha, se fizer esse passeio não irá se arrepender, não!
Fiz a versão light do passeio, pois quando fazemos a versão completa, saímos da estação Carrão do Metrô pedalando. Seguimos até o primeiro retorno da Carvalho Pinto, passamos pela cerca e pegamos uma estrada lateral que nos leva até a entrada de Guararema. A volta é a mesma.
Obrigado por prestigiar o nosso blogue e bom ciclopasseio!
Fernando Pinheiro, boa tarde!
Obrigado pela dica! Da próxima vez seguirei sua sugestão. É bom conhecer caminhos novos.
Obrigado também por prestigiar o nosso blogue, apareça sempre.
Grande cicloabraço!
Parabéns Antigão.
Belo passeio, como sempre muito bem documentado.
Graças a Deus você está de volta.
Abração.
Obs. o boné é jóia.
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