Morretes, PR. Domingo, dia 29/09/2013. Segundo dia de cicloviagem, terceiro dia desde a nossa saída de São Paulo.
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(Clique na foto para ampliar).
Não acordamos muito cedo. A manhã estava fresca e agradável. Mais um bom motivo para pedalar e aproveitar o frescor da manhã. Neste dia seguiríamos em direção a Matinhos, PR.
O dia começou com um saboroso café da manhã! Diga-se de passagem o Emerson estivera em Minas Gerais e lá torrou e pilou um café especial para levarmos na viagem. Quer mais?!
Aproveitei para por em prática a nova cafeteira italiana e abandonar de vez os potes de café solúvel.
Aproveitei para por em prática a nova cafeteira italiana e abandonar de vez os potes de café solúvel.
Vai um cafezinho mineiro aí?
Desmontamos as nossas barracas, ajeitamos as nossas tralhas e fomos nos despedir do pessoal da Pousada e Camping Dona Siroba.
Infelizmente a pousada em si me pareceu muito boa, mas a área e estrutura de Camping deixou a desejar. Banheiros pequenos e muito sujos. Mas, quebra um bom galho para os cicloturistas menos exigentes e que precisam economizar como nós. Reclamei do banheiro sujo, mas nenhuma providência foi tomada para limpá-lo. O valor pago per capita pelo pernoite foi de R$ 22,00.
Prontos para pegar a estrada novamente.
Estávamos há poucos Km do centro de Morretes, assim logo chegamos á cidade, onde aproveitamos para tirar algumas fotos. Como eu já estivera em Morretes o ano passado, ciceronei o amigo Emerson pela cidade.
A Estação ferroviária de Morretes.
Ruas estreitas de Morretes.
Logo pegamos a PR 411, depois a Dep. Miguel Bufara e chegamos na Café Ney Braga, seguindo em direção á Paranaguá, PR.
O pedal rendeu bem. Estávamos bem dispostos e fazendo uma média boa. A Rodovia Café Ney Braga, que liga Porto Paranaguá a Curitiba, com seu trânsito pesado mesmo aos domingos, tem um acostamento bom, largo e limpo. Ótimo para pedalar apesar do barulho ensurdecedor gerado pelas carretas e outros veículos menores.
Mas não demorou muito para que pegássemos a Rod. Elísio Pereira Alves Filho e deixássemos a barulheira prá trás. Ufa!
Hora do almoço. Nem lembro quantos Km tínhamos pedalado, acordamos que era a hora de "almoçarmos". As aspas procedem, pois almoço de cicloturista no meio da estrada, vocês já sabem né, é improviso na certa!
Duas latas de sardinha, uma lata de atum, alguns pães murchos e água com adoçante nos deixaram nutridos e satisfeitos. O abridor de latas não funcionou - vou jogar essa porcaria fora!. Mas, ah, bem aventurado meu canivete da Nautika! Esse abriu as latas e ainda cortou o pão para a nossa refeição! Caramba, nunca comi um sanduba tão gostoso, hehehe! Aliás, um não, dois!
Barrigas cheias, alguns minutos de descanso e pegamos a estrada novamente.
O movimento era quase nulo, a altimetria mais do que favorável, a temperatura até agradável, assim, a pedalada rendia bem mesmo.
Logo chegamos em Caiobá, Matinhos, onde ficaríamos no Camping Litoral.
Chegamos no portão do Camping, tudo fechado! Nenhuma barraca, ninguém para nos recepcionar... meu coração começou a bater mais forte e como todo (ou quase todos!) véio, comecei a resmungar!:
- Mas que droga, Emerson, passei e-mail e confirmei que eles abrem o ano todo e agora tudo fechado! Isso não está certo, e blá, blá, blá...
De repente saiu um vizinho e gritou:
- Olá, ele deve ter dado uma saída, mas já vem logo. Podem entrar, é só empurrar o portão!
Ufa! Meu coração voltou ao ritmo normal!
Empurramos o portão e fomos procurar um lugar ideal para montarmos as nossas barracas.
O Camping um show! Excelente estrutura! Muitos banheiros e todos limpos. Chuveiros quentes, área para churrasqueira e espaço para muuuuiiiitas barracas.
Estávamos praticamente discutindo sobre o melhor local, pois havia previsão de chuva, quando apareceu um senhor simpatissíssimo. Era o senhor Genaro, administrador do Camping.
Disse que eu poderia montar a barraca na área coberta das churrasqueiras e assim não corria o risco de pegar chuva durante a noite. Ô raiva, viu! Minha barraca não é auto-portante Sr. Genaro, respondi. Só pode ser montada onde houver possibilidade de espetar os specs no solo. Naquele momento lembrei da minha Falcon 2 que eu deixara em casa, que pena!
Bom, mesmo assim ele me arrumou uma lona plástica preta, com a qual eu improvisei uma cobertura (avanço) para a frente da barraca, evitando assim, se chovesse, sair diretamente na chuva durante a noite.
Ele tinha um barracão enorme onde o Emerson montou sua barraca e assim também se livrou da chuva, caso esta viesse a nos importunar durante a noite.
Minha barraca com o "avancê" improvisado.
O fio levando a eletricidade para dentro da barraca!
O fio levando a eletricidade para dentro da barraca!
A barraca do Emerson montada dentro de outra barraca do Sr. Genaro.
As bikes protegidas da chuva.
O Camping Litoral (altamente recomendado!)
O Sr. Genaro, artesão de mão cheia. Um italiano gentil e educado que se dedica á pratica do artesanato, fazendo lindos abajures e outras peças maravilhosas.
Barracas montadas, que tal irmos á praia comermos uma porção de camarões? Afinal, nem só de sardinhas em lata vive o homem!
E lá fomos nós em busca de um jantar mais glamuroso e nutritivo.
Nem lembro direito, mas voltamos para o Camping, fizemos um café e nos preparamos para uma boa noite de sono.
A noite não choveu.
Levantamos cedo para levantar acampamento e cair na estrada. Chovera muito na região nos dias anteriores.
Obrigado Sr. Genaro pela boa e gentil acolhida!
Pegamos a estrada novamente. Agora nosso destino era São Francisco do Sul, SC, e tínhamos algumas "pedreiras" pela frente. Quando eu estava fazendo os levantamentos e preparativos para a cicloviagem, ainda no conforto do meu lar, os amigos da região disseram: "Se chover não vá pela Vila da Glória, pois é um areião só e ele molhado impossibilita qualquer pessoa de pedalar. Principalmente vocês que estão carregados!"
Havia chovido, o tempo estava garoento... E lá fomos nós em direção a Vila da Glória! Misericórdia!
Enquanto estávamos no asfalto foi só alegria. O pedal seria longo, quase 100 Km!
Estávamos chegando na Balsa e o Emerson me fez ver que eu estava pedalando "onde Judas perdeu as botas", ahahahah!
Até então estava tudo bem. Nenhum problema verificado. Nem pneu havia furado. Bikes carregadas, mas mesmo assim fazíamos uma média boa.
Em determinado momento o Emerson, que comandava o GPS, entrou a direita e disse: Vamos por aqui Antigão!
Chegou a hora de provar se o sujeito é ou não cicloturista mesmo! A gente ia dançando na areia fofa. Em determinados momentos a bike simplesmente afundava na areia e se recusava a sair dali. Fazíamos uma força danada nos pedais para não passar de 5 Km/h!
Não tinha jeito: Íamos para a direita, para a esquerda, no meio da estrada e tudo afundava do mesmo jeito!
No fim, a gente acabava rindo da própria desgraça e tudo ficava bem.
A tal de Baía de Babitonga não chegava nunca!
Em determinado momento a fome bateu mais uma vez. Hora do almoço de cicloturista. Sorte que desta vez eu tinha comprado uma mini latinha de coca-cola. Pelo menos não iria tomar água com adoçante de novo, né?!
Achamos uma porteira, entrada de um sítio e paramos por ali mesmo.
E lá fomos nós em busca de um jantar mais glamuroso e nutritivo.
E achamos!!! Comemos a nos fartar, hehehe!
Jantando e apreciando a praia semi-deserta.
A espiriteira de latinha do Emerson no preparo do café noturno.
A noite não choveu.
Levantamos cedo para levantar acampamento e cair na estrada. Chovera muito na região nos dias anteriores.
Obrigado Sr. Genaro pela boa e gentil acolhida!
Pegamos a estrada novamente. Agora nosso destino era São Francisco do Sul, SC, e tínhamos algumas "pedreiras" pela frente. Quando eu estava fazendo os levantamentos e preparativos para a cicloviagem, ainda no conforto do meu lar, os amigos da região disseram: "Se chover não vá pela Vila da Glória, pois é um areião só e ele molhado impossibilita qualquer pessoa de pedalar. Principalmente vocês que estão carregados!"
Havia chovido, o tempo estava garoento... E lá fomos nós em direção a Vila da Glória! Misericórdia!
Enquanto estávamos no asfalto foi só alegria. O pedal seria longo, quase 100 Km!
Travessia Matinhos - Guaratuba, ainda no Estado do Paraná.
Copiando a célebre frase da Carol Emboava: "Floripa é logo ali!"
Estávamos chegando na Balsa e o Emerson me fez ver que eu estava pedalando "onde Judas perdeu as botas", ahahahah!
O Rei está lá no alto, mas nós, seus filhos, estamos aqui.
Na sua Cidade tem uma rodovia assim, com ciclovia? Se tem, parabéns, você é um felizardo!
Olha só o tamanho do poste!
Até então estava tudo bem. Nenhum problema verificado. Nem pneu havia furado. Bikes carregadas, mas mesmo assim fazíamos uma média boa.
Em determinado momento o Emerson, que comandava o GPS, entrou a direita e disse: Vamos por aqui Antigão!
Chegou a hora de provar se o sujeito é ou não cicloturista mesmo! A gente ia dançando na areia fofa. Em determinados momentos a bike simplesmente afundava na areia e se recusava a sair dali. Fazíamos uma força danada nos pedais para não passar de 5 Km/h!
Não tinha jeito: Íamos para a direita, para a esquerda, no meio da estrada e tudo afundava do mesmo jeito!
No fim, a gente acabava rindo da própria desgraça e tudo ficava bem.
A tal de Baía de Babitonga não chegava nunca!
Em determinado momento a fome bateu mais uma vez. Hora do almoço de cicloturista. Sorte que desta vez eu tinha comprado uma mini latinha de coca-cola. Pelo menos não iria tomar água com adoçante de novo, né?!
Achamos uma porteira, entrada de um sítio e paramos por ali mesmo.
Pão, manteiga, sardinha em lata, atum ralado, coca-cola, tudo muito gostoso.
Aproveitamos o ensejo do almoço para descansar uns minutos. Logo voltamos a enfrentar a areia molhada e fofa novamente.
Na estrada, um pouco atrás, eu ficava olhando a bike do Emerson dançando na areia e rachava o bico, hehehe! Não tinha outro jeito mesmo!
Enfim, com as panturrilhas rígidas como concreto, chegamos ao final da estrada penosa e arenosa.
Do outro lado do mar, lá estávamos novamente no asfalto,
já próximos a São Francisco do Sul, SC.
Caramba, só 9 Km? Prá quem já pedalou um monte isso é fichinha!
Logo chegamos ao centro de São Chico, onde pretendíamos passar a noite. Fomos em busca da Hospedaria da Bicicleta. Roda prá cima, roda prá baixo e nada. Ninguém sabia informar com exatidão onde ficava a hospedaria.
O Emerson ao avistar o prédio disse que vira uma foto da Carol Emboava bem defronte, assim, sabíamos que estávamos certos com relação ao endereço, mas não havia vivalma na casa.
Fomos para o centro comercial na esperança de encontrar informações sobre Camping ou Pousadas onde pudéssemos passar a noite.
Oba! Achamos um prédio de informações turísticas e confirmamos a informação que o pessoal da Hospedaria da Bicicleta fora para Florianópolis, por ocasião do grande incêndio que espalhou fumaça tóxica por toda a região.
O moça do setor de informações conseguiu uma pousada para nós com preço bem razoável. R$ 50,00 per capita com café da manhã incluso.
Pousada Felício, um local simples mas aconchegante.
Os proprietários nos receberam muito bem. Arrumaram um lugar seguro nos fundos da pousada para nossas bikes.
Ah, um banho quente, roupas limpas, era tudo o que eu queria naquele momento! E foi o que eu fiz assim que cheguei ao quarto. O WiFi não era lá essas coisas: Tava mais para Internet de linha discada do século passado, mas quebrava um bom galho. Não serviam jantar.
Tomei um banho e resolvi dar uma volta, em busca de uma padaria, super mercado, alguma coisa onde pudéssemos comprar ou comer alguma coisa. Já havia chovido um pouco, mas havia parado. Mal andei duas quadras e a água despencou do céu escuro! Fiquei preso numa padaria esperando que a chuva passasse para voltar, mas o tempo foi passando e a chuva mesmo não passava.
Diminuiu um pouco, então voltei debaixo de chuva mesmo.
Saímos então os dois e fomos em direção ao mercado que eu descobrira para comprar alguma coisa para o lanche da noite.
Lanchamos e dormimos com a promessa de acordarmos cedo para o dia seguinte.
No dia seguinte seguiríamos para Balneário Barra do Sul, onde ficaríamos hospedados na casa do Sandro, um amigo cicloturista de Joinville, SC.
Será que vai amanhecer chovendo?...
Mas, vamos deixar um pouco para o próximo relato?
Amostras:
Um cicloturista maluco tentando encher o pneu da bike com a boca???!!!
Inté a próxima pessoal!
11 comentários:
Muito bom relato, otimas fotos :)
Caramba, as dificuldades aumentaram
e voces se mantiveram firmes.
Parabéns Waldson e Emerson.
[]s ;)
Ri demais!!! kkkkkkkkkkk Lendo este relato parece que estou viajando novamente!!
hola,
Está interessante ler/ver o relato.
Que negócio é esse de água com adoçante?
Eu costumo levar o tal do "Q-Suco" ou outra marca...bem prático.
abraços
Elton Xamã
Pantanal Sul-matogrossense
Não sei o que é pior. Se areia molhada como vcs. passaram (lá na estradinha de acesso a Vila da Glória)ou qdo. está bem seca e fofa, como percorri por 2 vezes. Ótimo relato. Parabéns!!!
Heil
Água com adoçante foi brabo hein!
O Emerson é um companheiro determinado. Isso incentiva a gente a encarar com fé e alegria as dificuldades. Obrigado!
Valeu Elton! Nem lembrei do suco! Na hora do lanche bebi água com adoçante mesmo, hehehehe! Nas próximas vou levar o famoso suco de pacotinho sim!
Grande cicloabraço!
Acho que ambas são situações ruins, Sr. Heil. Honestamente, embora todo o otimismo empregado, havia momentos que eu achava que não daria para continuar. A bike afundava e empacava que nem burro véio! Misericórdia! Só nós mesmos, cicloturistas malucos como nos chamam, para enfrentar tais situações e ainda achar graça!
Grande abraço da melhor idade!
Quebra um galhão, mas tem gosto não muito agradável, hehehe! Mas é melhor que engolir pão seco, Gabriel! O bom é não esquecer o suco de pozinho mesmo!
Abração!
Quer ver eu rir? Basta reassistir o vídeo gravado na Pousada Felício, ahahahah!
"Comendo amendoim e tomando alguma coisinha" foi demais, ahahahah!
Abraços!
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