Via exclusiva, que funciona nos domingos e feriados, vai ganhar 5 km no centro e passar por pontos conhecidos, como a Estação da Luz.
AUBER SILVA , ESPECIAL PARA O ESTADO - O Estado de S.Paulo
A partir de domingo, a Ciclofaixa de Lazer Paulista-Centro estará interligada ao Elevado Costa Silva, o Minhocão, e à Luz. Com a expansão, o circuito ganha 5 km, passando de 16,8 km para 21,8 km. O espaço é reservado aos ciclistas das 7h às 16h, nos domingos e feriados. A medida não vale para este feriado de Finados.
De acordo com a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), o acesso ao Minhocão será feito pela Rua da Consolação, depois do cruzamento com a Rua Rego Freitas. Serão empregadas duas faixas, uma em cada direção. Nos fins de semana, os carros são impedidos de circular no Minhocão das 21h30 de sábado às 6h30 de segunda. Por causa da operação, os automóveis não poderão acessar a pista esquerda da Consolação, entre as Avenidas Ipiranga e São Luís, no sentido centro. O trânsito volta ao normal a partir das 16h.
Com a inclusão dos novos caminhos, os ciclistas terão como chegar a pontos turísticos e culturais do centro, como a Estação da Luz, a Sala São Paulo e a Pinacoteca do Estado. "O envolvimento dos equipamentos com a ciclofaixa representa um outro jeito de ocupação e utilização da região", diz Arley Ayres, diretor administrativo da SPTuris. A Prefeitura distribuirá paraciclos móveis, com capacidade para 60 bicicletas cada, em locais estratégicos do trajeto: à frente do Teatro Municipal, no Pátio do Colégio e nas Praças Dom José Gaspar, Luz, Roosevelt e Sé.
A iniciativa é recebida com reserva por cicloativistas. "É uma forma interessante de ocupar esse espaço, usualmente destinado a carros, mas não ajuda muito no projeto de mobilidade urbana permanente", afirma, sobre o acesso ao Minhocão, Willian Cruz, ativista do site Vá de Bike.
O diretor-geral da associação Ciclocidade, Thiago Benicchio, cobra maior atenção para as ciclovias fixas. "A de lazer acaba sendo só evento de fim de semana, não tem muito a ver com o que é necessário no cotidiano. A gente acaba tendo a cidade apenas no domingo, dentro de um modelo já saturado", critica.
No final de outubro, a Ciclofaixa Paulista-Centro foi ampliada em 2 km, chegando à Praça Roosevelt. Atualmente, segundo a CET, a malha cicloviária de São Paulo conta com 211 km de extensão - 89,3 km se referem às ciclofaixas de lazer, cuja operação não é permanente.
Benicchio contesta o cálculo: "É como se fosse contabilizar a extensão da Corrida de São Silvestre, que acontece uma vez por ano, como uma pista de cooper regular, utilizada durante o ano inteiro."
2 comentários:
O trânsito de SP é inimigo das bicicletas, que bom
que pelo menos nos finais de semana se abram
excessões.
Pelo visto existe mobilização pra que as bicicletas,
façam parte do plano diretor da cidade, como relatado
neste artigo:
http://www.ciclocidade.org.br/projetos/349
[]s
Aos poucos o transporte limpo e inteligente vai se impondo nas grandes cidades. O brasileiro precisa perder essa "carromania" e usar o carro de maneira racional.
Carro no Brasil é sinônimo de estatus, embora não passe de um bem de consumo como outro qualquer.
Observe que um motorista dá sinal de farol para o outro carro entrar em sua frente, mas não dá sinal para um pedestre atravessar na sua frente. Isso precisa mudar.
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