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quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Boné impermeável.

Você já pensou em usar um boné  respirável, mas impermeável, por baixo do capacete, protegendo-o da chuva?

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Você já reparou que eu sempre estou de boné por baixo do capacete?

Pois bem, meu boné embora respirável é totalmente impermeável. surpreso(a)?!



Uma das coisas mais chatas é usar uma Jaqueta corta-chuva, mas ter a cabeça toda "ensopada", com água e suor correndo para os olhos, não é mesmo? Os olhos ficam ardendo e atrapalham a pedalada. Usar capuz, nem pensar! A transpiração é terrível e acaba molhando mais do que a própria chuva.
E quem usa óculos como eu?! A água da chuva molha os óculos e ferra tudo. 
No caso do boné impermeável isso não ocorre, pois a aba do mesmo também é impermeável. Apenas se for chuva de vento, essa não dá para prever, não é mesmo?

Existem bonés de couro sintético por aí, mas... nem se atreva! Eles não são respiráveis e acumulam um odor super desagradável!



Poxa, Antigão, onde então encontro esse boné impermeável e respirável tão bom e barato?

Pois bem, gostaria de anunciar que  dispomos de bonés à prova de chuva para a venda. Não, não são aqueles bonés caríssimos que não cabem no seu orçamento! São bonés com preço justo que lhes permitirão usá-los por baixo do capacete sempre que estiver chovendo ou não.

Para ver e adquirir o seu boné a prova de chuva clique AQUI.



Abraços do...



segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Amigo

Há amigos mais chegados do que um irmão (Provérbios 18.24).




Quando propuz a mim mesmo fazer uma cicloviagem partindo de São Paulo, Capital para chegar até Florianópolis a maior dificuldade que encontrei foi como o faria com pouco dinheiro. 
Por vários dias, enquanto somente eu sabia do projeto, tentei encontrar Campings ao longo dos lugares por onde eu deveria passar. Ora todos sabem que nem todas as cidades possuem Campings, mesmo em se tratando de cidades litorâneas. Pernoitar em Campings para um cicloviajante significa uma boa economia, haja vista que os valores praticados são menores do que os Albergues, por exemplo. 

A alimentação não me preocupava, pois sempre levo comigo alimento in natura e os meios para prepará-los, tais como espiriteira, panelas, etc.

Consegui contatar alguns Campings. Uns dentro da minha logística, porém outros muito fora. Mesmo assim resolvi lançar o projeto.

Qual não foi a minha surpresa quando vários amigos cicloturistas fizeram contato comigo oferecendo suas casas para que eu pudesse passar a noite?! Até então eu iria fazer uma cicloviagem solo, mas dias depois o amigo e cicloturista Emerson perguntou se eu o aceitaria como parceiro na cicloviagem. Perfeito! Um amigo para dividir a estrada e muitos amigos para nos ceder lugares onde ficarmos.

Não estranhem quando eu digo que no cicloturismo não encontrei amigos e sim irmãos!

Agradeço a todos os irmãos/amigos que nos ajudaram; que nos ofereceram suas casas, que compartilharam seus lares conosco. Devo-lhes boa parte do sucesso da cicloviagem.

Compartilho aqui um texto da jornalista e escritora Martha Medeiros que ilustra muito bem o que é um amigo.


ENTRE AMIGOS
12 de abril de 1999 

Para que serve um amigo? Para rachar a gasolina, emprestar a prancha, recomendar um disco, dar carona pra festa, passar cola, caminhar no shopping, segurar a barra. Todas as alternativas estão corretas, porém isso não basta para guardar um amigo do lado esquerdo do peito. Milan Kundera, escritor tcheco, escreveu em seu último livro, "A Identidade", que a amizade é indispensável para o bom funcionamento da memória e para a integridade do próprio eu. Chama os amigos de testemunhas do passado e diz que eles são nosso espelho, que através deles podemos nos olhar. Vai além: diz que toda amizade é uma aliança contra a adversidade, aliança sem a qual o ser humano ficaria desarmado contra seus inimigos. Verdade verdadeira. Amigos recentes custam a perceber essa aliança, não valorizam ainda o que está sendo contruído. São amizades não testadas pelo tempo, não se sabe se enfrentarão com solidez as tempestades ou se serão varridos numa chuva de verão. Veremos. Um amigo não racha apenas a gasolina: racha lembranças, crises de choro, experiências. Racha a culpa, racha segredos. Um amigo não empresta apenas a prancha. Empresta o verbo, empresta o ombro, empresta o tempo, empresta o calor e a jaqueta. Um amigo não recomenda apenas um disco. Recomenda cautela, recomenda um emprego, recomenda um país. Um amigo não dá carona apenas pra festa. Te leva pro mundo dele, e topa conhecer o teu. Um amigo não passa apenas cola. Passa contigo um aperto, passa junto o reveillon. Um amigo não caminha apenas no shopping. Anda em silêncio na dor, entra contigo em campo, sai do fracasso ao teu lado. Um amigo não segura a barra, apenas. Segura a mão, a ausência, segura uma confissão, segura o tranco, o palavrão, segura o elevador. Duas dúzias de amigos assim ninguém tem. Se tiver um, amém.
Martha Medeiros

Agradeço a Deus pelos meus amigos/irmãos sempre presentes e dispostos a nos ajudar. Que Papai do Céu sempre os proteja e os envolva com as Suas ricas bençãos.

Grande e fraterno abraço do...






sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Entrevista com "Seu Zé", um ciclista de 74 anos.

Entrevista.



O Pediverde, site de cicloturismo, entrevistou o Sr. José, um ciclista de 74 anos. Como diz o site, uma história sobre duas rodas.

Para você que acha difícil sair do sedentarismo, ou está começando a pedalar, veja o que diz o Seu Zé, neste vídeo: 



E aí,você ainda acha que a idade impede alguém de pedalar e ter saúde? 
Bora esquentar essas canelas!


domingo, 3 de novembro de 2013

Pedal da Primavera - De São Paulo a Florianópolis - Final

Objetivo do dia e dia seguinte: 

Dormir em Balneário Camboriú.t

Chegar ao destino final, Florianópolis.


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(Clique na foto para ampliar)

Chegamos em Balneário Camboriú, SC.

Como eu disse anteriormente, chegamos sob uma chuva fina e perene, obviamente estávamos sujos, cansados e molhados até os ossos! Mas, felizes!

Na esquina da Avenida 3300 lá estava o grande amigo e anfitrião Roberto Kist, sorrindo, com sua filmadora na mão, à nossa espera. Alguns minutos antes eu ligara para ele e o posicionara sobre onde estávamos.
O Roberto fizera uma reserva no Hotel Gracher Praia para nós. Ele pensara em tudo. Havia até uma autorização para levarmos as bikes para o quarto, no 6º andar.
Conversamos um pouco, fizemos as apresentações, pois eu ainda não o conhecia pessoalmente, embora seja um fã incondicional das cicloviagens do Grupo Pedaladas, (http://www.pedaladas.com.br/) do qual ele faz parte. Subimos para o 6º andar, pois precisávamos muito de um banho quente e roupas secas.


Fotos tiradas da janela do quarto do hotel. Observe que ainda cai um chuva fina.





Enquanto o Emerson tomava banho, mesmo sob a garoa, ainda arrisquei caminhar duas quadras para conhecer a orla da praia de Balneário Camboriú, mas como chovia e já era noite, não levei a máquina fotográfica.

Havíamos marcado com o pessoal do Grupo Pedaladas, comer umas pizzas na Pizza Bis, de propriedade do amigo Roberto Kist. Quando fores a Balneário Camboriú, SC, não deixe de se programar para comer uma ou mais - não dá para comer uma só! - pizzas no Pizza Bis. Um ambiente familiar, de muito bom gosto, ótimo chopp e excelentes pizzas.

Na foto, da esquerda para a direita, Antigão, Fernando Cotta, sua filha que está escondida atrás do pai, sua esposa, Roberto Kist, Emerson e Marcelo. O Fernando, Roberto, Rodrigo e o Marcelo fazem parte do grupo Pedaladas.



Confesso que comi muita pizza e tomei alguns chopps, os quais me deixaram de olhos amortecidos. Mas estávamos em festa, pois há anos converso como todo esse pessoal maravilhoso e não os conhecia pessoalmente, exceto o Marcelo, que conhecia de longa data. O Roberto, assim como os demais amigos que nos receberam em suas casas, é um sujeito formidável. Pena que o Rodrigo, também membro do Grupo Pedaladas, não pode estar presente devido aos seus afazeres como professor de academia. Grande abraço Rodrigo, ainda no conheceremos pessoalmente se Deus quiser.

Fui presenteado com uma linda camisa do Grupo Pedaladas, a qual irei usar com muito orgulho.






Após o lauto jantar, despedi-mo-nos do pessoal e fomos para o hotel, pois precisávamos levantar cedo no dia seguinte e continuar a agradável aventura para o destino final, Florianópolis.

Durante a noite, não obstante eu levara minha caixa de medicamentos, nem lembrei das dores na coxa esquerda e não tomei um relaxante muscular, como deveria ter feito.

Na manhã seguinte, após um suculento café, saímos em direção a BR - 101. Pô, estar em B. Camboriú e pegar uma rodovia pesada?! Por que não seguir pela Interpraias? Decidimos unanimamente em seguir pela Interpraias. Não chovia e o dia estava bonito e agradável.


Olhem só o que nos esperava:





Lógico que eu empurrei a bike nas quatro grande subidas, né! O Emerson subiu todas elas pedalando. Como dizia o finado Chico Anísio: "Cabra bom, queria ter um parceiro assim!"
Contudo, apesar das subidas, o visual é de arrepiar! Um show de verde, de praias lindas, uma estrada sossegada, acertamos na mosca termos ido por lá.


















Olhem só o calçado nos pés! Isso mesmo, Havaianas. Meu tênis e minha sandália
 papete estavam molhadas, portanto...























A pedra rachada, muito interessante.






Ops, BR 101! Agora é socar a bota!




E assim, após enchermos os nossos olhos com o colírio da Natureza, chegamos à BR 101.

A pedalada ganhou mais velocidade, contudo minha coxa esquerda começou a doer. A princípio eram dores leves, mas foi ficando mais forte à medida que ganhávamos terreno em direção à Floripa.
Como disse o Emerson, eu estava pedalando como um Saci, pois procurava forçar mais a perna direita e menos a esquerda para poupá-la e podermos chegar em Floripa numa boa.






Com esse belo acostamento e "puxado" pelo vácuo dos caminhões, a bike voa!
















Paramos num pequeno restaurante para tomar um lanche e, acreditem, foi a primeira vez que eu comprei uma garrafa d'água em toda a cicloviagem. Toda a água consumida foi colhida nas torneiras de empresas de boa vontade. E olhem, não houve quem se negasse a encher as nossas caramanholas.
Aproveitamos a ocasião para nos lambuzarmos de protetor solar, pois enfim, o sol estava rachando mamonas!





Bora até Porto Alegre? Não, fica para a próxima vez! 
A próxima será de Floripa até POA, se Deus quiser!




A BR 101 é uma bela rodovia. Para cicloviajar, do ponto de vista da estrada é muito boa, mas do ponto de vista da Natureza é uma barulheira só. Muitas carretas seguindo para o Sul do Brasil, fazendo uma zuada terrível!

Logo entramos pelo Estreito e seguimos em direção à ponte, que liga a Ilha ao Continente. No Estreito, Bairro de Florianópolis, lembrei das várias visitas profissionais que fiz à Floripa. Várias vezes estive na Cidade,  inclusive no ano que conheci o Marcelo, do Grupo Pedaladas, pessoalmente.



Floripa, como toda cidade grande, tem os motoristas que adoram tirar fininha dos ciclistas, principalmente os ônibus! O Emerson comentou que talvez eles façam estágio em São Paulo para se habilitar, pois as atitudes são iguais em relação às bicicletas: finas, fechadas e tudo aquilo que nós paulistanos já estamos habituados no dia-a-dia. Mas tudo bem, quem nasceu para ser prego nunca chega a parafuso, dizia um amigo meu.

Depois de um pouco de ciclovia á beira mar... eis que surge a velha e bela ponte! Pena que ainda não a reformaram para disponibilizar às visitas públicas. Por ora continua interditada à visitação.



Passamos por baixo da velha ponte, chegamos na ponte nova e cadê a ciclovia na ponte? O Emerson já tinha passado quando avistei a entrada da ciclovia, gritei para ele voltar e entrei na rampa, á direita. Ocorre que eu estava com marcha pesada, então a roda da frente bateu na entrada, meu pé escapou do pedal esquerdo e o danado veio direto no meu tornozelo e canela! Quando pulei para não cair o pedal direito veio direto para minha perna direita. Agora eu tinha dores na coxa direita, um tornozelo inchado e tudo doído, caramba, miséria pouca é bobagem!!!





Sob a ponte, dava vontade de pular no mar para amenizar quem sabe um pouco as dores.



Passamos pela lateral do túnel, como nos ensinara o Fabio Almeida e outros e seguimos em direção ao Campeche, Sul da Ilha. O Fábio Almeida, companheiro de pedais, ora morando em Florianópolis, seria nosso anfitrião, portanto, seguíamos em direção á sua casa.



Vira daqui, pergunta dali, consulta o GPS e acabamos por chegar á casa do Fábio. Aliás, ele estava chegando e nos achou.





Da esquerda para a direita, Gabriela, namorada do Fábio,
 o Fábio, o véio Antigão e o Emerson Lacerda.




O Emerson dando uma de gaúcho, tomando chimarrão.




Foi uma noite de churrasco e umas geladinhas. 
Antigão pilotando a churrasqueira.



O Fábio e a Gabi dispensam comentários como anfitriões: Perfeitos! Embora eu e o Fábio já nos conhecíamos e pedalamos juntos, a recepção em sua casa foi por demais calorosa. Espero estar a altura de retribuir a todos esses amigos que nos recepcionaram em suas casas, se um dia resolverem vir para Sampa, seja para pedalar conosco ou não. No meu coração e nas minhas modestas orações, com certeza sempre haverá um lugar para cada um deles!



Quando eu entrei para o cicloturismo nunca pensei que conheceria tanta gente boa. Não consegui amigos, mas sim irmãos! Até as pessoas que nos recepcionam nas pousadas, campings, parece que dispensam um tratamento diferenciado para nós cicloturistas! É fantástico!

É, a viagem foi ótima, as recepções nota dez, mas chegou a manhã seguinte e a hora de ir embora. Chegamos a ir a praia, que fica a poucos metros da casa do Fábio, mas estava uma ventania e o mar muito bravo. Apenas tiramos algumas fotos e retornamos para casa.





A tarde o Fábio nos levou de carro até o Terminal Rodoviário de Floripa para que pudéssemos comprar as passagens de volta. Compramos com partida para pouco depois das 22 horas.
Pouco antes da partida o Fábio nos levou ao terminal, era hora do nosso retorno para São Paulo.






Aproximadamente 12 horas depois desembarcamos no Terminal Rodoviário do Tietê, em São Paulo. Minha velha cacunda não aguentava mais ficar tantas horas sentado.

Coincidentemente, lado a lado a empresa que nos levou, Cometa e a que nos trouxe de volta, Catarinense.




A nossa despedida no Terminal Rodoviário, depois de vários dias pedalando juntos.




Ainda pedalei uns 18 Km para chegar em casa. 



Como meu ciclocomputador apagou no dia da chuva, após fazer algumas contas e me basear no GPS do Emerson, parece que pedalei 501 Km nessa cicloviagem.
Foi uma das melhores cicloviagens que já fiz (a gente sempre fala isso, né?!).

Não houve baixas significativas, além das canelas machucadas e do pezinho da bike quebrado. 99,9% da cicloviagem foi só alegria, e muita alegria!

Agradeço a Deus, nosso Pai, por me permitir mais esses momentos de prazer e aventura ao lado de pessoas tão agradáveis.
Não tenho como agradecer ao Emerson, super parceiro, exemplo de simplicidade, garra e determinação. Aprendi muito com ele. Outras virão, se Deus quiser!

Faço minhas as palavras do Emerson, que dizem: "Fica aqui nosso agradecimento ao Lulis, seu Genaro, Sandro Martins, Sr. Heil, Roberto Kist, Marcelo, Fernando Cotta, Fábio Almeida e Gabriela Grimm e à todos que nos ajudaram nesta empreita. Que Deus esteja sempre com vocês os protegendo e guiando, com saúde e felicidade e este é meu desejo de coração".

Agradecemos também as empresas Viação Cometa e Viação Catarinense pelo ótimo atendimento e profissionalismo a nós dispensados. Essas são verdadeiramente Empresas amigas dos cicloturistas.