quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Projeto Sampa - Paraty, RJ 2015.








Bom pessoal, faltam poucos dias para uma nova cicloviagem, embora seja um caminho que eu já fiz várias vezes em anos anteriores.




Escolhi esse trajeto e destino (São Paulo a Paraty, via Rodovia dos Tamoios​​ e Rio-Santos) por ser todo em asfalto. Como em março praticamente fará um pouco mais de um ano que eu não cicloviajo, fazer um trecho já conhecido é mais salutar em virtude do despreparo físico e alguns problemas de saúde que ainda me restam.

As cidades chaves ao longo do caminho são: São Paulo, Mogi das Cruzes, Salesópolis, Paraibuna, Caraguatatuba, Ubatuba, em São Paulo e Paraty, no Rio de Janeiro.

Paradas programadas para Salesópolis ou Paraibuna, dependendo do meu estado físico. Ubatuba e Paraty, RJ.

Caso houver qualquer problema comigo ou com familiares a saída será sair de Caraguatatuba no sentido Ilhabela e de lá retornar para minha casa. Senão, o trajeto e destino do projeto serão mantidos.

Por razões de segurança, provavelmente o trecho entre São Paulo e Mogi das Cruzes farei de trem da CPTM. Tenho ouvido muitos boatos de assaltos á mão armada tanto na ciclovia do Parque Ecológico do Tietê, quanto na Rodovia Airton Senna. Se assim o fizer, como o trecho de Mogi a Salesópolis vai ficar muito curto, talvez eu só pare para pouso na Rodovia dos Tamoios, ou volte para Paraibuna (18 km), onde posso acampar no Pesqueiro Mandizeiro e rever os bons amigos que lá residem.

Bom, já estou nos preparativos, haja vista que o mês de fevereiro já termina no próximo sábado. No que tange á alimentação terei que fazer muitas mudanças, pois agora sou portador de diabetes e não posso comer os mesmos alimentos que comia antes. Bebidas alcoólicas nem pensar! 

Uma pena, mas encontrei um probleminha na Nanika que terei que resolver antes da cicloviagem: O pneu Schwalbe Marathon da roda traseira está com um corte que chega na lona. Não é um corte grande, mas como a bike irá carregada, pode apresentar problemas e até estourar. Vou colocar um Kenda 20 X 1.5, que já possuo, na frente e passar o Maxxis 20 X 1.85 para trás. No mais, a Nanika está perfeita para essa pequena cicloviagem. Não vou trocar o guidão, voltando para o butterfly. Vou usar esse de MTB que está instalado mesmo. Gosto de variar de vez em quando.




O frio na barriga, devido a grande ausência das cicloviagens, já está se instalando. Mas eu estou ávido em fazer essa e outras cicloviagens. Descer a serra da Tamoios de bike é muuuiiito bom!

O que muita gente não sabe é que cicloturismo não é simplesmente partir do ponto A e chegar ao ponto B, de bicicleta.
É uma paixão verdadeira, uma vontade de estar em plena sintonia com a natureza.
É um misto de prazer e aventura que nos move para o desconhecido.

Não se trata de provar alguma coisa para alguém ou para si mesmo. 
Não é competição, portanto não importa quanto tempo a gente leve para chegar ao destino, o importante e estar em pleno acordo com a Natureza, fazer parte dela no tempo e no espaço.

Experimente, depois de um dia de pedal, tomar um banho, sentar no chão, na porta de sua barraca e preparar um belo jantar em sua espiriteira. É mágico!





​Jantar com​ orquestra? Ah, ​com certeza ​vais ouvi​-la nos seus próprios pensamentos acompanhados dos sons dos grilos, das corujas​,​ ou do mar, enquanto a noite, ​cheia de estrelas, ​vai chegando com uma preguiça danada.

Bom gente, desta vez pretendo gravar a descida da serra, portanto aguardem a minha volta com vídeo e muitas fotos novas.

Por ora, agradeço por prestigiar o nosso Blog e até a volta!


Grande cicloabraço do...








segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Momentos do cicloturismo III - Bike com freios ABS?

O mês = Julho. O ano = 2010; A proposta = Descer de São Paulo á Peruíbe, no litoral paulista, pela famosa BR 116 - Rodovia Régis Bittencourt.

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Era o mês do meu aniversário e eu resolvera me dar de presente uma cicloviagem de dois dias, saindo da Zona Leste de São Paulo, onde moro, chegando a Peruíbe. A aventura consistia em descer pela BR 116, cuja alcunha famosa era "Rodovia da Morte".



Naquela manhã, saí cedo de casa, mesmo com prognóstico de chuva e muitos amigos bikers que me aconselhavam a não pedalar na Rodovia da Morte.
Confesso que os comentários foram bem recebidos, mas não me demoveram de conferir se a BR 116 era tão assustadora assim.



Já estava próximo á Juquitiba quando parei num bar á beira da estrada para tomar um café puro.
Um sujeito branco, daqueles que a gente costuma apelidar de "alemão", enorme e muito forte, parou na porta do bar e ficou admirando a bicicleta.
Olhou, olhou, abaixou e ficou olhando para o freio a disco demoradamente. Enquanto isso eu assoprava o meu café quentíssimo e, o mesmo tempo, notava intrigado aquele estranho observador.
Logo ele entrou no bar e me vendo vestido á caráter rumou em minha direção.



- Freios ABS hein amigo! Disse ele, mais afirmando do que perguntando.
- Não, respondi, é um freio a disco comum.
O homem irritou-se com a minha observação, ficou vermelho e retrucou:
- É freio ABS sim! O Sr. está pensando que eu sou bobo?! Trabalhei com isso durante anos, ninguém me engana não!
Fiquei atônito olhando para aquele sujeito enorme que parecia ter algum problema mental. Olhei para o dono do bar, como se buscasse uma explicação e só então notei que o homem atrás do balção gesticulava para mim, dando a entender que o "alemão" não era bom da cabeça.
Naquele momento, mudando a minha estratégia, dei um sorriso e afirmei com a maior cara de pau:
- O Sr. está certo. Eu estava só brincando. É mesmo freio ABS. Afinal a última coisa que eu queria era me envolver numa confusão gratuita com aquele gigantão!
O "alemão" esboçou um belo sorriso e concordando com a cabeça disse:
- Ah, eu sabia! Ninguém me faz de bobo não! Trabalhei com isso durante anos!

Aproveitei o momento de paz, cumprimentei a todos e saí pedalando sorrindo levemente.
Por muitos Km fui pensando naquele episódio. Minha mente só dizia para mim mesmo: É Antigão, neste mundo de meu Deus tem doido prá tudo!

Cicloturismo é maravilhoso! A gente vê de tudo! Até paisagens bonitas, hehehe!

Veja o relato desta cicloviagem em: Peruíbe pela famosa BR 116.





quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Pedal de aniversário de São Paulo - Janeiro de 2015

Olás, minhas amigas e meus amigos, amantes ou não das bikes!


Poxa, fazia tempo que eu não pedalava no Aniversário de minha cidade! São Paulo é uma cidade cheia de problemas, reconheço, mas tem o seu lado bom, basta que saibamos explorá-lo, não é mesmo?



Pois bem, no domingo de 25 de janeiro de 2015, acordei às 5:15 hrs. ávido para pedalar um pouco. Mais do que ávido, seco para sentir o prazer de ver os pneus da minha Nanika comendo o asfalto de boa, juntamente com mais uns milhares de ciclistas que estariam defronte do MASP naquela manhã.

Era precisamente 6 horas quando saí de casa. Passei na casa de um amigo que ficara de ir, mas estava dormindo. Seu filho disse que ele iria "mais tarde", então tratei de pedalar sozinho em direção ao Metrô V. Prudente.

Nanika na plataforma da estação V. Prudente.




Confesso que cheguei rápido à Av. Luis Ignácio de Anhaia Melo, mas essa avenida é um deus nos acuda em matéria de buracos e costelinhas! Está em obras há vários anos, toda remendada. Arrependi-me de ter feito esse caminho, sinceramente. Há um pequeno trecho de ciclovia, aliás foi o que me fez escolher esse trajeto, mas confesso, só valeu a pena pela segurança ao subir  descer o viaduto que corta a Av. Salin Sarah Maluf, sempre cheia de carretas e caminhões pesados que seguem em direção a Via Anchieta. Mas, como morador antigo da Zona Leste, conheço como contorná-la sem precisar usar do viaduto.

Parte da ciclovia da Av. Anhaia Mello, na V. Prudente.



Bom, mas cheguei ao Metrô são e salvo. Embarquei e logo percebi que a cada estação entravam mais duas ou três bikes, com seus bikers de camiseta do evento. Na estação Trianon-Masp desceu uma leva de ciclistas, homens e mulheres, todos bem humorados.
Por volta das 7 hrs eu já estava lá, todo feliz aguardando a hora da largada, que seria as 8.

Antigão e sua Nanika. Ambos felizes aguardando a largada.






Estava distraído olhando e admirando a quantidade enorme de ciclistas, homens, mulheres e crianças, quando chega o amigo e cicloturista Tony Carlos. Que legal, alguém conhecido para fazer companhia e bater papo!
Batíamos papo já quase na hora da largada e eis que me.aparece o Bento, outro grande amigo biker e corredor. Aí o que estava bom ficou ainda melhor!
Oba! Foi dada a largada, lá vamos nós!












Av. Paulista, Dr. Arnaldo, Sumaré, assim dá gosto pedalar! Tudo bem organizado, com batedores, organizadores e a proteção da Polícia Militar.
O pedal foi até o Clube Regatas do Tietê, onde houve uma parada técnica para se tomar uma água, lanche e ir ao sanitário.







Na relargada seguimos com o pelotão até o Parque da Luz, onde entramos, pois o ciclopasseio já se aproximava do final no Vale do Anhangabaú.



Da esquerda para a direita: O Bento, eu e o Tony Carlos.







Estação da Luz.




Curtimos o Parque da Luz e rumamos para a Praça da Sé, via ciclofaixas de lazer, pegamos a Av. Rangel Pestana, Celso Garcia em direção a Zona Leste, pois na volta viemos pedalando para nossas casas.


Um pedacinho do Templo de Salomão, construído pela Igreja 
Universal do Reino de Deus, no Bairro do Brás.



Chegamos ao Metrô Tatuapé.



Pouquíssimo trânsito, não estava muito quente, logo chegamos à Ciclovia do Verde, que começa no Metrô Tatuapé e segue até Corinthians-Itaquera. Vale lembrar que essa ciclovia é antiga, construída em administração anterior.
Logo o Tony se despediu e o Bento e eu, como moramos quase vizinhos, seguimos nosso caminho pela Av. Cons. Carrão.

Era meio dia quando cheguei em casa. Graças a Deus havia água para tomar o tão almejado banho pós pedal!
O almoço em família e o cochilo da tarde completaram o belo e prazeroso domingo.

Parabéns São Paulo pelos seus 461 anos!


45 km de aventura e emoção.

Agradeço ao Tony e ao Bento pela salutar e agradável companhia. Outros pedais virão e estaremos juntos, se Deus quiser!