sábado, 24 de janeiro de 2015

Visita honrosa!

Boa noite, amigos e amigas!

Hoje, sábado, 24/01/2015, tive a honra e o prazer de receber em minha humilde residência, o amigo e cicloturista Tony Carlos.



O Tony é um amigo de longa data, que muito me ajudou quando eu retornava aos pedais em 2007/2008.
 Naquela época, quando nem sonhávamos com Facebook e outras redes sociais, participávamos ativamente do fórum Pedal, com certeza um dos melhores fóruns de ciclismo que existe no Brasil. www.pedal.com.br

Foi até interessante, pois como estava começando a cair um toró, corri para fechar a janela do quarto, quando vi aquele sujeito tocando a campainha da bicicletaria, que fica defronte a minha casa. Já estava fechando a janela quando minha mente me alertou: Opa! Eu conheço aquele ciclista!
Abri a janela, dei um toque para ele e corri abrir o portão da garagem, pois a chuva já estava começando a cair com raiva.

Enquanto a chuva caía torrencialmente lá fora, falamos sobre os mais variados assuntos, tais como bikes, bicicletas, ciclismo, cicloturismo, peças de bike e por aí afora, hehehe!

Fiquei muito feliz com a visita e eu, para variar, estava preparando a minha Nanika (bicicleta dobrável) para o passeio de amanhã, referente ao 461 Aniversário de São Paulo.

Agradeço ao Tony pela visita e,  quando quiser, é só dar um toque e aparecer para tomarmos aquela coca-cola juntos.

Grande cicloabraço do ...



domingo, 18 de janeiro de 2015

Vencendo a lombar e a glicemia alta!


Olás meus amigos leitores e leitoras! Boa noite!

Hoje, domingo, 18/01/2015, parece que tudo deu certo, graças a Deus!
Há tempos venho querendo pedalar, mas alguns problemas me impediam. No domingo passado foram as dores lombares. Preparei tudo e na hora H não pude ir devido as dores. Nesta semana que antecedeu esse pequeno mas prazeroso pedal cuidei-me muito bem para que a lombar não interferisse na minha pedalada e deu certo. Para os que não sabem, passei por quatro cirurgias na coluna lombar entre os anos de 2011 e 2012 e, infelizmente, fiquei com sequelas.

Outra coisa que me impedia um pouco de sair para pedalar era o fato de ter que cuidar da minha mãe, dar remédios, ajudar minha esposa a cuidar dela, etc. Mas isso já foi resolvido. Graças ao Papai do Céu conseguimos uma vaga, embora remunerada, numa casa de repouso e recuperação, onde ela será assistida por médicos, fisioterapeuta e enfermeiras. Dependíamos do Posto de Saúde do Jardim Iva, o qual nos deixou na mão, no que tange á fisioterapia e assistência médica. Serviço precaríssimo!!!

Finalmente a minha grande motivação foi a glicemia alta (240 em jejum de 2 horas!!!). É sabido que diabéticos precisam fazer pelos 30 minutos de exercícios diários e a bicicleta ergométrica não estava me atraindo mais como antes. Pedalar diante da televisão não é a mesma coisa que pedalar sentindo o vento no rosto, admirando as paisagens, ouvindo o canto dos pássaros! Pensando bem, até ouvir o ruído dos carros e caminhões ao nosso lado é melhor do que pedalar estático, diante de uma TV.

Mas, tudo mudou! Hoje acordei ainda não era 6 horas da matina e tratei de me vestir para pedalar. Passei uma pomada na lombar, tomei o meu café matinal, remédios e as 7 horas já estava no Parque do Carmo pedalando prazerosamente. Que delícia pedalar a essa hora! Pouca gente, o cheiro do mato, esquilos prá lá e prá cá, pássaros cantando e o incomparável ventinho no rosto... não tem dinheiro que pague! A vida é tão simples que acaba complicando a maioria das pessoas!

Na semana preparei a Nanika para esse e outros pedais/treino: Tirei o guidão Borboleta (butterfly ou Treking) mais apropriado para cicloturismo e instalei um guidão de MTB, marca GTS. Como ele era muito comprido, serrei as pontas para ficar do tamanho do guidão original da Soul D-60. O guidão borboleta dificulta um pouco para dobrar a bike, pois é preciso soltar a mesa com chave allen. No caso do guidão de MTB isso não é necessário. Como meus pedais serão pela manhã e terão pouca duração o guidão de MTB é mais apropriado para o momento. Quando eu for cicloviajar com a Nanika, recoloco o guidão Borboleta. Também, como já disse no Facebook, troquei o selim. Substituí o Brooks por um Velo Plush, vazado e em gel. Devido ter ficado muitos meses sem pedalar, o Brooks estava me machucando, coisa que o Velo não fez.

Antes com guidão borboleta.




Depois, com guidão de MTB.




O Velo Plush, vazado e em gel.



No caso do guidão, ficou legal, mas faltou espaço para um espelho retrovisor. Vou comprar um de Bar-hand e acaba o problema.

O pedal de hoje foi show! Apenas 20 Km, mas com bastante subida. Quem conhece a ciclovia do Parque do Carmo sabe do que eu estou falando. Por volta das 9 hrs eu já estava de volta, pois ainda precisava ir à feira comprar frutas, legumes e verduras para a semana.


O velho e saudoso caminho.









O Sombra, que me acompanha sempre nas cicloviagens, desde 2008, não perdeu essa não!





A Nanika tá uma delícia para pedalar! Não importa o guidão.





Tinha até flor caída no gramado.



E pedra caramujo também!




A grande e feliz novidade foi ver que a Av. Afonso de Sampaio e Souza, que começa na Av. Aricanduva e termina no Parque do Carmo, tem ciclovia! Isso mesmo, ciclovia no canteiro central, tanto para ir como para vir. Que show de roda!!! Sempre que eu subia ali pensava que um dia poderia ter uma ciclovia. Lembro que uma vez um taxi bateu o espelho no meu bar-hand e quase me mandou pro chão. A ciclovia é protegida por tartarugas. Isso evita que motoristas invadam a ciclovia e traz maior segurança para os ciclistas. Obrigado Senhor Prefeito!

Foi um domingo delicioso! Praticar esportes, no meu caso pedalar, sempre vale a pena.

Agora espero todos os dias dar uma treinada, afinal, em março quero fazer um ciclotur solo, se Deus quiser!



domingo, 11 de janeiro de 2015

Momentos do cicloturismo II - O Anfitrião.



Era o mês de agosto de 2012. Eu estava no segundo ou terceiro dia de um projeto de pedalar desde Cananéia, SP até Ilha Grande, RJ. O projeto chamava-se Litoral Paulista de Fio a Pavio.

Passava da hora do almoço quando eu saí da SP 222 e entrei na Estrada do Despraiado. Uma estrada de 45 Km, dentro da Reserva da Juréia - Itatins, que me levaria até a Cidade de Pedro de Toledo, na Rodovia Padre Manoel da Nóbrega, SP 055.



Eu não tinha ideia das dificuldades que iria encontrar nessa estrada de terra, barro, cascalho, totalmente desconhecida. Sabia apenas que teria que atravessar por dentro de uns dois ou três riachos, bem rasos, se não chovesse.



E a noite chegou rápido. Olhava para ambos os lados e não via um local para montar um bom acampamento. Era só barranco cheio de pedras. Pior que eu estava com fome, pois comera unicamente um pacote de Ponkãs até agora. Mesmo assim resolvi continuar pedalando até encontrar um lugar para acampar e preparar um jantar.

De repente, ouço duas pessoas que vão conversando á minha frente Tratava-se de um jovem senhor e um rapaz. Depois de um  boa noite bem sonoro, e mais alguns comentários que me identificaram como cicloturista, perguntei-lhes sobre algum local para montar um acampamento. O Senhor respondeu:
- Tem um bar logo ali na frente.
- Um bar ? Perguntei incrédulo, pois era impossível que pudesse ter um bar no meio do nada.
- Sim, um bar, ele respondeu. É na minha casa. É só o Senhor continuar subindo que irá encontrá-lo, concluiu.

Subi mais um pouco e...
E não é que tinha mesmo!!!

Era um Barzinho simples, do Sr. Joaquim, conhecido em toda região como O Compadre.
Um senhor de mais de 70 anos, boa prosa, muuuuuuiiiito simpático, que foi logo me dando as boas vindas.



Comentei com ele que a noite me pegara no meio da Reserva e se eu podia montar a minha barraca no quintal dele.
Ele disse que eu iria dormir no sofá da sala dele, não precisava montar barraca. Infelizmente o sofá era pequeno, de apenas dois lugares e como eu insistia, concordou que eu estendesse meu colchonete sob o teto do bar e dormisse ali mesmo.

O filho dele - aquele senhor que me indicara o bar - correu a tirar um banco que havia por ali para me liberar o local de "minha cama".

Tudo acertado o Compadre me perguntou se eu já jantara. Disse-lhe que iria acender meu fogareiro e preparar o jantar. Ah, mas ele não deixou mesmo! Pediu que eu lhe entregasse os pertences e chamou a sua filha para preparar o meu jantar em seu próprio fogão!
Jantei como um leão faminto acompanhado de um refrigerante e fiquei batendo papo com o Compadre durante as horas seguintes. Já devia passar das 21 horas quando ele fechou o bar e fomos todos dormir.

Escuridão total!!!

Não muito distante da minha "cama", sobre uma caixa forrada com papelão dormiam dois cães enormes, com os quais eu fizera rápida amizade. Meus guardiães na mata escura, pensei.
Naquele momento, emocionado agradeci a Deus pela Sua providência e dormi uma noite super tranquila.

Acordei o dia já estava claro e fiquei admirando os cães rosnarem e esbravejarem com os frangos que insistiam em tentar roubar-lhes a ração de suas panelas.
Parecia que todos os pássaros do mundo estavam ali cantando para me cumprimentarem. Uns pássaros azuis lindos faziam verdadeira festa numa árvore próxima.
Ah, obrigado Papai do Céu!

Obrigado Compadre! Que Deus seja contigo sempre, nesta e na outra terra!


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