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sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

O Pâncreas para, as cicloviagens também.

Fig. fonte Site Dr. Dráuzio Varella

Olá, meus amigos e minhas amigas!

Infelizmente as notícias não são alvissareiras.

Nos últimos dias achei por bem adiar por prazo indeterminado a cicloviagem que eu faria para o sul do Brasil, que eu chamara de Projeto Floripa-Chui. Nesse projeto a ideia seria sair de Florianópolis, em Santa Catarina e chegar até a cidade de Chui, no Rio Grande do Sul. Do Chui voltaria pedalando até Porto Alegre e de lá pegaria um ônibus para São Paulo, onde resido.


Mas, por que adiar uma cicloviagem na qual me empenhei tanto na tentativa de transformá-la de sonho em realidade?
Creio que todos sabem que sou diabético e fazia tratamento com medicamentos do tipo comprimidos. Há poucos dias retornei à Endocrinologista e lhe entreguei o resultado de alguns exames laboratoriais, que ela solicitara. Também lhe entreguei um gráfico das medições da glicemia, onde constava uma grande descompensação, com uma média de aproximadamente 300 Mg/dl. Ao ler o gráfico e o resultado dos exames, ela olhou bem nos meus olhos e disse: "Sinto muito Sr. Waldson, mas o seu pâncreas não funciona mais". E arrematou dizendo: "A partir de agora o Sr. terá que tomar injeções diárias de insulina, humana e regular, e passou a me informar como eu faria para misturá-las, etc.
Isso caiu como uma bomba na minha cabeça! Aquelas palavras "seu pâncreas não funciona mais" ficaram martelando na minha cabeça e me acompanharam no caminho de volta e nos dias seguintes. Infelizmente não posso negar, fiquei deprimido.
Atualmente já estou melhor. A fase depressiva já está ficando para trás, afinal eu não sou o primeiro e nem o último a fazer tratamento com insulina para continuar vivendo. Conheço pessoas que o fazem desde criança. Evidente que, até então, eu nem me lembrava dessas pessoas como diabéticos insulínicos mas, após o meu diagnóstico, elas passaram a fazer parte integrante dos meus pensamentos mais positivos.
Assim, estou assimilando a medicação e aprendendo a lidar com a doença. Não teria a menor condição de fazer uma cicloviagem dessa envergadura. Não, pelo menos, nesse momento. Os diabéticos insulínicos, quando viajam, precisam levar consigo seringas, ampolas de insulina, glicosímetro, etc. Sem contar que a insulina precisa ser conservada em temperatura entre 15 a 30 graus centigrados.
Posso no futuro retornar á esse projeto, contudo num mês de temperatura mais amena e quando já estiver mais preparado psicologicamente para fazê-lo.
No mais, penso em fazer cicloviagens de um ou no máximo dois dias até que tudo se resolva a contento.
Por ora vou me dedicar ao equilíbrio emocional e pedir a Deus que seja feita a Sua vontade soberana. Não sou eu que vivo dizendo o homem faz seus planos, mas quem dá a última palavra é Deus? Assim que seja feita a vontade Dele e não a minha.

Agradeço a todos que colaboraram com a minha vaquinha afirmando que, a cicloviagem não foi excluída dos meus projetos, apenas adiada para um momento mais oportuno.

Aproveito para desejar a todos um Feliz Natal, muita Paz e muita alegria!

Um grande cicloabraço do...

9 comentários:

  1. Bom dia ANTIGAO!

    Conheci a pouco tempo seu blog , mas ja me identifiquei muito com seu jeito simples e tranquilo de ser e viver.
    Com relação a esse contratempo não deixe se abater , Deus sabe muito melhor do que a gente a hora certa e o motivo de tudo pelo qual passamos...
    Sua viagem concerteza ainda se realizara um dia , e torço ate para quem sabe um dia encontrar o senhor pelos caminhos aqui de Minas , que é onde moro.
    Um grande abraço de um novo admirador da sua pessoa , fique com Deus.

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  2. Oh Waldson sinto muito, fiquei triste com a noticia pois quando voce viaja nòs viajamos junto com voce, seus relatos são contagiantes...porém com o passar do tempo as limitações vão nos alcançando e quando elas chegam damos uma parada nas pedaladas e embarcamos nos cuidados que o corpo exige...e assim é com a idade ou com algum acidente, volta e meia somos brecados e ficamos de molho e ai nos distraimos com outras coisas...
    Por outro lado fico feliz em saber que viagens de 2 dias voce pode fazer...e veja como são as coisas, muitos nem isso podem fazer, então meu amigo agora é aceitar a nova condiçao e se preparar para essas viagens mais curtas que também são muito prazerosas...o importante é que ainda vai continuar pedalando...
    E quem sabe no futuro voce vai se preparando com essa nova condiçao e consegue viajar por mais dias mesmo assim...
    Daqui lhe desejo um bom tratamento e muita fé....

    Abração de Luis Campos por Guaruja-SP.

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  3. Ê, Amigo Antigão, na nossa idade o corpo não acompanha a mente, infelizmente... Fico triste por você, sei como é se ver impedido de algo que nos faz tão bem, que é cicloviajar...

    Às vezes me pego com pensamentos negativos com relação ao meu diabetes, essa doencinha endiabrada, que não se mostra diretamente, pregando-nos surpresas desagradáveis volta e meia...

    Te desejo do fundo do coração que se adapte e encontre uma maneira de viajar mesmo com esse cuidado mais sério, que é a insulina. Claro que levará um tempo para se adaptar, não será de um dia para outro. No entanto a tua garra, otimismo e fé darão um jeito. É só questão de tempo.

    A gente se vê pelas estradas... Grande abraço. Fique com Deus.

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  4. Edson, Luiz Cláudio e Cesar Rocha,

    Fiquei muito feliz e agradecido com vossos sábios e oportunos comentários. Realmente, embora eu tenha narrado os fatos como eles aconteceram, no momento já estou bem melhor e assumindo com mais clareza a situação de momento.
    Meu entusiasmo pelas cicloviagens está voltando, pois passei esta manhã pensando no assunto.
    Agradeço de todo o coração as vossas palavras de incentivo e podem ter certeza: Breve terão a certeza de lerem um novo relato de cicloviagem. É certo que ainda não estou preparado para ir tão longe como pretendia, mas mesmo as cicloviagens curtas podem nos trazer grande prazer e desenvoltura.

    Abraços aos três grandes amigos!

    Antigão cicloturista.

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  5. Waldson...

    Os seres humanos a tudo se adaptam...

    É só haver a necessidade e a vontade de olhar as situações sob outra ótica...

    E vontade nunca faltou para um sujeito acostumado a "tirar com a mão" os galhos e as pedras que apareceram em seu caminho ao longo da vida...

    A bactéria do cicloturismo - que mora sem pagar aluguel no seu sangue - vai te ajudar na empreitada...

    Ande logo com isso, companheiro, pois quero fazer um longo ciclotur em sua companhia...

    Arrume logo um jeito de acomodar os novos "acessórios" nesses alforjes, ok?...

    Calma...

    Raciocínio...

    E fé "no Hôme"...

    Abraço do sempre admirador...

    João Ramalho.

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  7. Olá Sr. Waldson (acho que prefiro Antigão... rsrsrs)!
    Mesmo não o conhecendo pessoalmente, já faz algum tempo que o sigo no face... gosto muito das suas postagens, da maneira tranquila e simples com que as faz. Ao ler este último post senti vontade de falar alguma coisa para aquele que já me disse muitas coisas. E agora estou pensando: o que dizer? Coisas do tipo "não desanime", "tudo passa", etc., etc.? Acho que não, pois senti que na sua cabeça muitas coisas desse tipo já estão resolvidas e as que não se acomodaram o tempo vai dar um jeito, com certeza. Então decidi fazer uma promessinha... rsrsrs... Sou também uma apaixonada pelo ciclismo e apesar de não ter o seu calibre como cicloturista, suas histórias me impulsionam a ir sempre mais além, me dão vontade de sair pedalando. Aqui está a promessa: quando eu estiver no meio de um pedal firme (cansada, mas super feliz) me lembrarei de pensar muito positivamente em você... acredito no poder e na energia do pensamento, principalmente quando existe afinidade de gostos. Siga em frente que muito mais vem a seu tempo. Abraços com carinho!

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  8. Grande João Ramalho!
    Sempre nos prestigiando com a sua honrosa visita! Boa tarde!

    Você tem razão, nós somos seres adaptáveis á quase tudo, até as dores e dissabores. Se estamos junto com Ele, contamos com Seu apoio e bálsamo.
    Já estou melhor, inclusive me adaptando às doses de insulina. Uma hora com hipo, outra com hiper e assim vamos controlando a glicemia até atingirmos uma patamar razoável, que nos permita pedalar um pouco por aí e viver a ida alegremente até o Senhor dos senhores resolva nos tirar desta vida.

    A coisa que eu mais adoro é pedalar, todos sabem disso. Quando pensei que não mais poderia fazê-lo entrei em parafuso. Contudo, tenho recebido muitas palavras de carinho e incentivo, o que nos faz repensar a vida e ver que o céu embora negro, nos trás a chuva representando a vida.

    É isso. Se Deus quiser logo voltaremos às estradas, sentindo aquele ventinho no rosto, que nos faz tão felizes.

    Abraços!


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  9. Oi Sílvia, que mensagem legal! Fiquei emocionado, confesso.

    Realmente, o pensamento positivo nos impulsiona, as palavras doces nmos ajudam a passar com fé os momentos mais difíceis.
    Já passei por muitas barreiras nesta vida. Graças a Deus o Mestre sempre esteve do meu lado me dando aquela força, como costumamos dizer.

    Estou superando e transpondo mais esse momento de dificuldade. Recebo com muito carinho as suas palavras.
    Frustei-me um pouco, confesso, quando soube pela Endocrinologista que o meu pâncreas estava detonado e não funcionaria mais. Sempre via e ouvia falar de pessoas nessa situação, mas jamais pensei que um dia seria eu uma delas. Lembro-me que até pouco tempo, ao passar por uma angioplastia, o cirurgião disse que sendo eu "atleta", não fumante há anos, teria uma recuperação rápida. E foi exatamente o que aconteceu. Logo eu estava de volta aos pedais, curtindo as estradas e sentindo aquele prazer incomensurável que as estradas nos proporcionam.
    Mas, espero em breve estar apto a pedalar novamente, se Deus quiser.

    Mais uma vez obrigado e boa pedaladas!

    Grande cicloabraço!

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