Olás,
Desde a última cicloviagem que fizemos, o Fábio e eu, em direção á Serra da Bocaina, eu estava louco para pedalar um pouco mais longe.
Essa vontade, se posta em prática, iria me dar a certeza se realmente eu estava sentindo dores no peito sempre que pedalava forte ou se fora apenas algo passageiro. Bom, prá quem não sabe, há uns tempos atrás começei a sentir uma queimação no peito sempre que forçava a caminhada ou mesmo a pedalada. Estava em busca de uma resposta, fazendo exames médicos, mas todos os exames e consultas com os médicos dos PS que visitei resultaram, graças a Deus, na resposta que não havia qualquer problema com os meus pulmões ou coração.
Assim, eu estava inquieto e intrigado.
No domingo passado, dia 19/05/13, resolvi tirar isso a limpo: Acordei por volta das 4 horas da manhã e me preparei para um pedal, partindo de Mogi das Cruzes até Bertioga, em SP. Pegaria o trem da CPTM na Estação Tatuapé e seguiria até Mogi das Cruzes. De lá pedal até Bertioga, no Litoral Norte Paulista.
A princípio eu estava pronto para seguir junto com um pessoal da baixada Santista que faria esse pedal, mas como o amigo que me encontraria na Estação Tatuapé desistiu, resolvi seguir sozinho. Por outro lado, pensei, seguindo sozinho eu poderia interromper o pedal se as dores voltassem, não incomodando ou deixando os demais companheiros ou companheiras de pedal preocupados.
Fui de Nanika, minha bike dobrável de cicloturismo.
Saí de casa não eram nem 5 horas da manhã. Muito cedo, confesso, mas eu estava eufórico para fazer esse ciclotur.
Rua próxima à minha casa.
Bike bem sinalizada para pedalar á noite.
Av. Conselheiro Carrão, na madrugada fria de domingo.
Não demorei muito para chegar á Ciclovia da Radial Leste, que me conduziria até a Estação Tatuapé da CPTM/Metrô.
Plataforma de embarque do trem com destino a Guaianazes, onde se faz a baldeação para Mogi das Cruzes/Estudantes.
Quando eu estava descendo os degraus da estação um trem estava partindo. Logo que cheguei á plataforma os alto-falantes anunciaram que devido às reformas os trens estavam circulando com maior intervalo e velocidade reduzida. Não gostei do que ouvi, pois morador da Zona Leste de São Paulo há anos, sempre soube que isso significa trens hiperlotados.
Demorou um bocado e uma composição apareceu. Estava bem cheio, mas não hiperlotado. Consegui embarcar sem problemas.
Mas, como nem tudo é perfeito ao desembarcar na Estação Guaianazes para a baldeação fui surpreendido com uma grande multidão na plataforma, aguardando o trem para Mogi. Quando o trem chegou foi só correria e empurra-empurra. Consegui embarcar com a bike pequena, mas logo chegou outro trem antes que o nosso saisse, aí eu não sei como sobrevivemos a Nanika e eu! Vão acabar com minha bike, pensei eu! O guidão virou com a violência da entrada das pessoas e muita gente se enganchou no roda dianteira, sem que eu conseguisse melhorar aquela situação caótica.
O trem partiu. Mal dava para respirar.
Quatro ou cinco estações adiante o trem foi esvaziando e logo nem dava para imaginar que aquele vagão estivera tão lotado!
Jurei que não irei mais de trem até Mogi enquanto durarem as reformas!
Perto de Mogi das Cruzes, o vagão já quase vazio.
Uma estação antes de Mogi das Cruzes.
Enfim a Estação de Mogi das Cruzes. Daqui para a frente é só no pedal.
Não tirei muitas fotos até Bertioga, pois já pedalei para essa cidade várias vezes. Não levei barraca, colchonete, apenas roupas e o saco de dormir para alguma emergência "noturnica".
Assim que começou o tobogã da estrada começei a notar que nas subidas mais íngremes, quando eu forçava a pedalada, o peito ardia. A princípio, ainda no entroncamento com a Estrada do Nagao, pensei em dar meia volta e retornar para São Paulo. Mas, como pedalando numa cadência mais suave, eu ficava muito bem, resolvi continuar. Fui devagar, sem forçar a barra e quando eu menos esperava vi a placa da descida da serra.
Não tirei fotos da descida, pois filmei a descida toda. Ademais que queria chegar em Bertioga para pegar o ônibus de volta.
A famosa e conhecida barraca do Pastel do Trevo, na entrada de Bertioga.
Ciclovia na entrada da cidade.
Era aniversário da cidade e havia show na praia. Ônibus de volta via Mogi só muito mais tarde, assim, resolvi arrumar um lugar para pouso.
Lembrei do Camping Humaitá e suas cabanas de lata. Pelo menos eu trouxera um saco de dormir, toalha, sabonete, roupas, etc. Dava para passar a noite e ir embora na manhã do dia seguinte.
Fui para o Camping e fiquei numa cabana. Tomei um banho e saí para comer alguma coisa e curtir um pouco a tarde de domingo sem a preocupação da volta imediata.
O Camping está em franca decadência. O lado da praia deu lugar a construção de um prédio e, segundo as atendentes, este lado está com os dias contados. Como só haviam dois Campings em Bertioga e um já foi fechado há anos, acabaram-se os Campings em Bertioga.
Mas, em compensação encontrei um Hostel recém inaugurado que é nota 10! Fui conhecer as dependências, os quartos, tudo muito bem organizado, de primeira. O atendimento é nota 1000!
Trata-se do Don Quixote de la Prancha - Pub - Hostel & Store. Fone: (13) 3316-4453, Av. Tomé de Souza, 1119, Centro, Bertioga, SP.
Como eu já tinha fechado com o Camping, amarguei a cabana de lata mesmo!
No dia seguinte levantei cedo e tratei de pegar o ônibus para São Paulo, afinal eu tinha consulta marcada com a Cardiologista no período da tarde.
Aparentemente, graças a Deus, tudo bem com o meu coração, segundo a cardiologista.
Mesmo assim fiz teste de esteira e farei um ecocardiograma no dia 27/05 para confirmar que está tudo bem.
Segundo alguns médicos já consultados, essas dores parecem oriundas de problemas de coluna, que infelizmente eu já ostento há anos. Se isso for confirmado, creio que medicação e sessões de fisioterapia resolvam.
Quanto ao pedal, foi ótimo!
Foram 71,68 Km pedalados sem nenhum incidente com a bike.
A velocidade máxima obtida na descida da serra foi 66,6 Km/h. Ótimo para uma dobrável de aro 20"
Assim, agradeço a Deus por mais essa oportunidade de pedalar pelas nossas estradas e poder admirar a grandeza de Sua criação.
Um ENORME cicloabraço do...
Link do vídeo dessa descida
Hoje, 28/05, acrescento a seguinte informação:
Fiz o ecocardiograma e foi confirmado que não há quaisquer resquícios de problemas cardíacos. Isso, graças a Deus, não só me deixa livre para pedalar e cicloviajar sem pulgas atrás das orelhas, como também confirma a suspeita médica de apenas dores musculares, muito mais fáceis de serem tratadas.
Assim, inté a próxima cicloviagem!
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