Olá, pessoal,
Quem leu o meu relato da cicloviagem de janeiro próximo deve ter observado que reclamei bastante da bike, que estava roubando energia.
A bike estava pesada nos dois sentidos:
1) Pesada no peso em si. Sei lá quantos Kg, mas ao desembarcá-la do guincho até o Marcos Netto comentou sobre o peso da bike.
2) Pesada no pedalar. As rodas presas, não girando livremente. Depois da viagem, quando levei a bike para a revisão, notamos que o suporte do freio a disco traseiro estava solto. Isso fazia com que a pinça se deslocasse e forçava a pastilha contra o disco, freiando a bike aleatoriamente. Cicloviajar assim é impraticável.
A bike estava com uma suspensão RST Gila, de 100 mm, aros 26" com uns pneus Kenda 26 X 1,50 que eu achava muito pesados. Eu os colocara dias antes da cicloviagem, pensando em descer a Estrada da Petrobrás, que vai de Salesópolis a Caraguatatuba, cortando a Serra do Mar.
A suspensão e a configuração com rodas 26" eu havia instalado logo que recomecei a pedalar, depois de sofrer quatro cirurgias de coluna lombar. A idéia era transmitir a menor vibração possível á coluna, recentemente operada.
(Clique na imagem para ampliar)
Eu já tinha as rodas 700c guardadas, um jogo de freios a disco mecânicos, da marca Bengal, com rotores de 203 mm e até um jogo de manetes alívio sem uso. Também tinha guardado o meu garfo rígido de alumínio, que aceita rodas 700 (quase um garfo para 29er).
Assim, falei com o Paulo e resolvemos proceder as mudanças: voltar a pedalar com rodas 700 e garfo rígido.
Desmontados a bike e eu a levei para ressoldar o adaptador para freio a disco. Estava apenas "ponteado". Agora o Eduardo, soldador, fez uns cordões de solda, com vareta de latão. Ficou muito bom e super firme.
Na volta da oficina de solda, pintei as pontas dos stays de preto fosco, para não ter que pintar todo o quadro novamente. O efeito ficou muito bom.
Então o Paulo, mecânico, passou a remontagem da bike, que ficou com uma configuração bem diferente do que era.
Antes...
Depois...
Saiu a suspensão RST Gila e entrou o garfo rígido.
Sairam as rodas 26" Vzan Extreme e entraram as rodas 700c, com pneus Kenda 700 X 38, já com fitas anti-furo importadas. Os cubos Quando estão novinhos.
Saiu também os freios Tektro Gemini, hidráulicos, rotores de 160 mm e entraram os freios a disco mecânicos da Bengal, com rotores de 203 mm. Fiz essa troca porque as pastilhas da Tektro são mais difíceis de serem encontradas e bem mais caras. No que tange á capacidade de frenagem e o acionamento dos manetes, ficou tudo muito macio e eficaz.
Hoje fiz um pedalzinho de 35 Km no Parque do Carmo, saindo e chegando em casa pedalando. Foi show! Deu para perceber nitidamente a leveza da bike nos dois sentidos que comentei logo no início deste relato.
O pedalar ficou livre e solto. As rodas 700 ajudam a compensar as trepidações que podiam serem absorvidas pela suspensão, porém tornando a bike muito mais leve.
Rodei também em estradas de terra para sentir a bike: perfeita!
Os pneus Kenda "agarram" bem na terra, sem comprometer a rolagem no asfalto.
Enfim, para cicloturismo acredito que as rodas grandes 700 ou 29" são mais confortáveis e mais leves para pedalar.
Finalmente coloquei um bagageiro "home-made" que eu já tinha guardado. Apenas vou reforçá-lo, soldando mais alguns ferrinhos, deixando-o bem parecido com um Wencun. Para ver como fazer, clique AQUI.
Por ora é isso.
Um grande cicloabraço do ...
Ficou bonita mesmo, Waldson. Mas... e os paralamas?
ResponderExcluirParabéns Waldson, sempre mudando pra melhor :) Sorte nas novas aventuras.
ResponderExcluirSó fiquei meio ressabiado com a troca da suspensão
pelo garfo fixo.
[]s
Achei essa ideia desse blog (e ele em si muito
ResponderExcluirinteressantes) de ressaltar o que deu certo e
o que deu errado.
http://cicloterras.wordpress.com/2011/09/11/o-que-deu-certo-o-que-deu-errado-1/
Lá eles afirmam que com a bicicleta carregada
os amortecedores dianteiros pareciam perder
função. Faz sentido.
Vale uma visita.
[]s ;)
Obrigado, amigos. Os paralamas, Fábio, estou estudando uma forma de colocá-los. As rodas 700 ficam muito próximas ao para-lama traseiro e com certeza se pegar barro irá prender. Mas já bolei um jeito de fazer uma adaptação e reinstalá-los.
ResponderExcluirGrande abraço e logo estaremos juntos novamente pedalando pelas serras bacainenses!
A idéia é essa mesmo Gilmar, não carregar esse peso extra, desnecessário. Quando estou cicloviajando, normalmente travo a suspensão, assim de nada adianta. Na época eu a instalei visando amortecer as trepidações, uma vez que eu acabara de passar por uma cirurgia de coluna. Agora era apenas um peso morto. Abraços!
ResponderExcluirEu também achei muito bonita, Waldson e particularmente, ela ficou "no meu estilo", pois já estou tão acostumado a rodar de "queixo-duro", que não sinto a menor falta de uma suspensão. Isso, no entanto, parece aborrecer os "queixos-moles" de uma forma estranha, ao menos comigo é assim. Sempre que olham para minha bicicleta, perguntam se eu não penso em instalar uma "suspa". Diso que prefiro assim mesmo e numa viagem longa eu quase nunca usava mesmo, daí... Mas eles nunca gostam da resposta, kkkkkkk...
ResponderExcluirFiquei muito interessado na "cirurgia" do bagageiro, viu? Achei uma sacada ótima e bem digna de uma cabeça brasileira, que costumamos nos virar com o que temos à mão.
Grande abraço.