Ciclopasseio saindo da Estação Tatuapé do Metrô até Guararema-SP. Passamos por cidades como Guarulhos, Itaquaquecetuba, Mogi das Cruzes, Sabaúna, dentre outras.
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"Para gostar de pedalar, é só começar!"
Tudo começou há uns dias atrás, quando por e-mail convidei o amigo FábioTux para pedalarmos até Guararema-SP, cidade muito simpática do Vale do Paraíba. Convite aceito, é lógico!
Posteriormente, já beirando o final de semana, estendi o convite ao amigo Maurício Santos. Convite aceito, é lógico!
Interessante que o Maurício comentou que estava pensando em me convidar para esse mesmo ciclo-passeio quando eu o convidei. Foi uma feliz coincidência!
Interessante que o Maurício comentou que estava pensando em me convidar para esse mesmo ciclo-passeio quando eu o convidei. Foi uma feliz coincidência!
Durante a semana que antecedeu o ciclopasseio peguei um resfriado forte, com muita tosse, dores de cabeça e todas aquelas "ites" que acompanham as gripes e os resfriados. Fiquei com um medão danado de não poder fazer o passeio em virtude desse problema de saúde. Na quinta feira, 06/09, melhorei um pouco e fiquei mais animado, não obstante ainda fazendo inalações e tomando xarope expetorante. Para acompanhar as "Ites" ainda estava com uma tendinite na articulação do cotovelo direito. Nem mencionei isso durante o pedal, mas que tava doendo tava!
Enfim, chegou a tão esperada sexta-feira, dia 07/09/2012! Quando o relógio despertou ás 5:30 eu já estava acordado fazia uma meia hora. A coriza estava me incomodando e eu tinha que assoar o nariz constantemente, por isso acordara antes do relógio despertar.
Ah, mas duvido que uma coriza iria me impedir de fazer um pedal com os meus amigos! "Nem vem que num tem!"
Pronto para sair. As luzes da rua ainda estava acesas.
Saí por volta das 6 horas, pois ainda precisava passar numa drogaria para comprar um protetor solar. Parei na farmácia 24 horas perto de casa, comprei o protetor e saí pedalando no frescor da manhã. Ruas praticamente desertas, que delícia!
Logo cheguei á Ciclovia que margeia a linha do Metrô da Zona Leste e toquei para o ponto de encontro, que era na Estação Tatuapé do Metrô.
Ciclovia e Av. Radial Leste pouco antes das 7 h da manhã.
Cheguei ao ponto de encontro poucos minutos antes das sete e antes que eu enviasse uma mensagem para os amigos dizendo que eu já chegara, o Fábio já ligou dizendo que estava desembarcando no Tatuapé.
A chegada do Fábio com sua "Nanica".
Logo em seguida o Maurício também aparece. Todos pontuais, alegres e sorridentes.
A chegada do Maurício com sua Giant.
Entramos num bar, tomamos um café e saímos pedalando em direção ao Parque Ecológico do Tietê, onde pegaríamos a ciclovia que nos deixaria em Guarulhos, já na Rodovia Airton Senna da Silva, bem depois do trevo da Av. Jacú - Pêssego.
Íamos animados, devagar, batendo altos papos. A manhã estava fresca, embora a previsão prometera uma sexta feira bem quente e ensolarada. Logo atingimos a Marginal do Tietê, sentido Leste. Faltava pouco mais de 1 Km para chegar á ciclovia quando a roda dianteira da minha Mentika balançou de todos os lados e eu parei.
Não, eu não estava acreditando! O cubo de novo!!! O cone se soltara como por encanto e despejara todas as esferas para fora! O mesmo cubo que já me deixara na mão na Serra do Mar!
Fiquei arrasado! Conforme sugestão dos amigos, o jeito era ligar para a patrôa e pedir um resgate.
Fiquei muitos minutos tentando ligar em casa, mas como todos ainda estavam dormindo, ninguém atendia. Ufa! Até que enfim consegui contatar a esposa que se prontificou a vir me buscar de carro. Como eu tenho mais rodas 26" montadas, só faltando colocar câmara e pneu, o Fábio e Maurício concordaram em me esperar no Extra enquanto eu ia em casa, passava o pneu para outra roda e voltava para continuar o pedal.
Ligando para a esposa.
Ainda bem que estávamos a apenas uns 15 Km de minha casa, assim pude ser resgatado pela esposa, instalar o pneu e câmara na roda da Rígida que está preparada para disco e voltar a tempo de continuar o pedal. Lógico que quando voltamos a pedalar o sol já ia alto, passava das 10 horas.
Minha esposa sabendo do meu estado de saúde tentou me convencer a não continuar, mas... tudo bem, eu não poderia perder esse pedal por nada!
Continuei.
Minha esposa sabendo do meu estado de saúde tentou me convencer a não continuar, mas... tudo bem, eu não poderia perder esse pedal por nada!
Continuei.
Pegamos a ciclovia do Parque Ecológico do Tietê.
Assim que o corpo esquentou, começaram as assoadas de nariz. Foi difícil. Devo ter assoado o nariz durante a viagem por mais de 100 vezes, sem qualquer exagero.
Comentei com os "meninos" que estava pedalando a meio pulmão, pois sentia muita dificuldade para respirar a plenos pulmões. Mas estávamos em ritmo de cicloturismo, curtindo as paisagens, portanto consegui seguir viagem.
Logo chegamos ao Posto do Km 30, parada obrigatória para quem pedala pela Rod. Airton Senna.
Fábio ajeitando as magrelas no estacionamento.
Maurício tentando apaziguar alguma coisa no bolso. Seria o escorpião?
Tomamos um lanche, pegamos um isotônico e voltamos para a estrada. Nosso destino era chegar até o primeiro retorno da Rod. Carvalho Pinto, onde iríamos "pular a cerca".
Enquanto isso, vamos nos divertindo no acostamento farto e lisinho da Airton Senna.
Opa, o prazer é todo nosso!
Logo chegamos ao primeiro retorno da Carvalho Pinto.
Hora de "pular a cerca". Momento em que saímos da Rodovia para acessarmos uma estradinha de terra, a qual nos levará até as proximidades de Guararema.
Pulando a cerca, ou melhor, o guard rail
Aqui desaparecem os sons da ruidosa estrada. Agora só o cheiro de mato e o canto dos pássaros nos farão companhia.
Todos queremos levar uma fotinho de lembrança!
Estranho né?! Bebemos da água gelada que ele nos ofereceu e continuamos a nossa viagem, afinal não estávamos longe de Guararema.
Assim que pedalamos mais um pouco veio o asfalto... asfalto???!!! Sim, asfalto lisinho, bonitinho, pretinho, sem poeira, sem barulho, sem trânsito, nossa que achado!!! Quem diria, a estradinha de terra, agora não era mais de terra e sim de asfalto.
Quando vi os meninos á minha frente dando urras, soltando as mãos do guidão, como duas crianças que acabaram de ganhar pirulitos, não pude conter o riso. Bom, o fato é que contagiado também acabei soltando as mãos do guidão e dando urras. É bom ser criança quando se pode ser criança.
Pedalar descontraidamente libera em nosso cérebro endorfinas que nos dão um prazer inenarrável. Só quem pedala ou já pedalou sabe do que eu estou falando.
A estradinha estava tão gostosa que acabou logo, que pena!
Assim, nesse espírito alegre e descontraído chegamos ao trevo de entrada para Guararema-SP.
Estávamos com fome e o Maurício queria voltar a degustar o famoso macarrão na chapa que ele comera em viagens passadas, aqui em Guararema. Assim tratamos de pedalar para o centro da cidade e encontrar a lanchonete alvo.
A cidade estava lotada de turistas e muito modificada também. Nossa como estava diferente do que eu vira da última vez que lá estive em 2010!
Fonte diante da Igreja Matriz.
Mr. Tux e sua magrelinha esperando o trem, que não vem.
Paramos na lanchonete mas ficamos decepcionados. O proprietário mudara e não existia mais o macarrão na chapa tão almejado. Bom, vistos relatados e discutidos, ficamos por ali mesmo e entre lanches e acaís na tigela tivemos as nossas fomes saciadas.
Devido aos problemas na minha bike, saímos muito tarde para a estrada, portanto a tarde já estava se despedindo permitindo que a noite se aproximasse muito em breve. Concordamos que não teríamos tempo para dar uma apreciada melhor na beira do rio e outras atrações que lá existem.
Pouco tempo depois pegamos a estrada de volta.
Agora faríamos o caminho no sentido Mogi das Cruzes, pela SP - 066, passando por Sabaúna. De Sabaúna trafegaríamos por uma estradinha que segue ao lado da linha do trem e nos levaria até Mogi.
Não demorou muito para precisarmos acender as lanternas e faróis, pois a noite caiu rapidamente. Pedalávamos apreensivos, pois a SP-066 não tem acostamento e é muito estreita. Por vezes tínhamos que sair da estrada para dar passagem a caminhões ou ônibus.
Novamente os meninos deram urras quando saímos da Rodovia e entramos no sentido de Sabaúna. Daí para a frente poderíamos pedalar sossegados, mesmo na escuridão, pois estaríamos numa estrada com pouquíssimo movimento, daquelas que um grita para os outros: Carro! quando um carro realmente aparece.
Faróis e lanternas acessas lá íamos nós rindo das próprias piadas. Eu continuava sem saber se pedalava ou assoava o nariz, misericórdia!
Chegamos em Mogi das Cruzes. Estação Estudantes da CPTM. Nem lembro, mas já devia ser umas 8 horas da noite quando embarcamos no trem que nos deixaria no Tatuapé, depois de uma baldeação em Guaianazes.
No vagão de trem mais antigo, antes da baldeação.
No vagão de trem mais chic, depois da baldeação.
O guarda ferroviário achou engraçado o cicloturista sentando no banco reservado aos idosos. Ora, eu sou idoso, ahahah!
Nos despedimos na Estação Tatuapé, pois eu iria pegar parte da ciclovia e pedalar até em casa. O Fábio e o Maurício seguiriam de Metrô até os seus respectivos destinos.
11 Km depois, por volta das 22 horas cheguei em casa. Um pouco cansado, com problemas para respirar a plenos pulmões, mas feliz da vida por ter feito um pedal maravilhoso em tão boa companhia.
Agradeço ao Fábio e ao Maurício por terem aceitado o convite e por terem paciência de esperar o "véio" nas subidas mais íngremes.
Agradeço a Deus por mais essa oportunidade que Ele nos deu de apreciarmos as maravilhosas obras de Sua criação, de fazermos novas amizades, de estarmos felizes, rindo como crianças sob o Seu olhar amoroso e benevolente.
Obrigado Papai do Céu!
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O percurso do passeio foi de 108 Km pedalados.
Meu percurso total foi de 130 Km pedalados.
O prazer do passeio superou os problemas enfrentados com o cubo dianteiro que mais uma vez resolveu me deixar na mão.
Até a próxima!
Abraços do...
Grande Mestre W!
ResponderExcluirSempre um PRAZER INENARRÁVEL pedalar contigo!
Fazia tempo que estávamos devendo um pedal assim, não?
Apesar da gripe, o Véio seguiu muito bem! Escondeu uma das suas "ites", assoou o nariz centenas de vezes, tossiu, mas pedalou firme e forte!
Mr. Kamal, com quem tinha feito minha primeira viagem de mais de um dia (pra Estiva/MG, lá em 2009), também tava na lista de amigos pra serem reencontrados num pedal!
Até repetindo umas das brincadeiras da trip: "Pedal com o Kamal é mó Legal!"
O rapaz tava que tava...bruto que que só ele nos pedais! Sempre bem-humorado (aliás, quem desses três é "sério"?), ótima companhia de viagem!
Enfim...Muito bom girar com vocês dois! SHOW!
Espero fazer vários outros giros com essa galera!
Próxima parada, BERTIOGA!
Até o próximo, cambada!
Parabens aventureiros ;)
ResponderExcluirBoas fotos.
O Mauricio me pareceu o mais confiante
dos tres, desprezou qualquer mochila.
Interessante essa mini bicicleta
"dobravelzinha" do Fabio :)
Ate' os passageiros do trem entraram
no clima descontraido de voces.
Grato por dividir conosco o relato
de mais uma divertida aventura.
Parabens pela resistencia heroica as
"ites" Waldson ;)
()s
Olá Waldson,
ResponderExcluirConheci recentemente teu blog, fiquei maravilhado. Sesu relatos e exemplo incentivaram muito a mim a a minha esposa. Somos iniciantes no pedal, pois mesmo tendo iniciado em 2008 por recomendação médica, a saúde dela sempre nos obrigou a longas pausas, mas já faz um mês que conseguimos estar firmes.
Eu pedalo de reclinada, inicialmente uma Tour Easy Clone, mas era pouco prática para transportar. Atualmente uso uma que fiz adaptando um quadro de Monark Brisa. Ficou bem leve e rápida, não troco por nenhuma outra. Também possuo um trike tadpole, mas não há acostamento por aqui e ele toma mais espaço que uma bike.
E a sua Fox? Aposentou-a? Nos informe sobre ela.
Abraço
Petrônio Marques