(Clique nas fotos para
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Alí tive o prazer de reencontrar o Luiz, a Vera e demais meninas que lá trabalham. Pessoas sempre muito simpáticas e sorridentes, que fazem de tudo para atender bem o campista. Obrigado gente!!!
Naquela tarde/noite limitei-me a ir
ao supermercado próximo para comprar coisas para o jantar, frutas, água,
etc.
O dia seguinte amanheceu friozinho,
mas lindo. Acordei com uma verdadeira algazarra de pássaros, dentre os quais se
destacam os Bem-te-vis. Estes formam o côro predominante. Um abacateiro próximo
se encarrega de fornecer o alimento necessário a dezenas – isso mesmo, dezenas –
de aves, incluindo até Tucanos, com seus bicos coloridos. O abacate deve conter alguma enzima canora, hehehe.
Os frutos maduros que
caem do abacateiro. Alimento para os pássaros.
Após tomar um café da manhã, café
com leite e pão com manteiga na chapa, saí para comprar uma bermuda no centro da
cidade, haja vista que eu esquecera de colocar mais de uma bermuda no alforje.
Vamos então aproveitar para tirar umas fotos.
Logo na saída encontrei o Sr.
Natalino, 53 anos, que faz questão de ser chamado de “Caminhoneiro”, devido
talvez ao tamanho de sua bike com carreta. Brotense nato, ganha a vida catando
materiais recicláveis. Com muito orgulho disse já ter colocado até uma carcaça
de automóvel sobre sua “carreta”. Parabéns ao Sr. Natalino, figura
simpaticíssima que faz da força de suas pedaladas o motor que move o seu pão
nosso de cada dia!
Sr. Natalino e sua bike
com carreta.
Dá gosto de ver a cidade limpa, com
suas belas praças, arquitetura bonita e seus riachos límpidos e
nervosos.
Aqui, uma verdadeira “patada”.
Aqui um pouco do Camping, com sua
área enorme e bem cuidada.
A sombra forma uma figura egípcia.
Á tarde saí para visitar o Parque dos Saltos e a Casa das Máquinas, no Rio Jacaré, que fica bem próximo ao Camping.
Casa das Máquinas. Construída em 1911 abrigava o gerador, movido pela força da água do Rio Jacaré, que fornecia a energia elétrica para a cidade.
Precisa de uns três Antigões para abraçar esse enorme eucalipto!
Antiga comporta,
atualmente desativada, que desviava a água do rio para a Casa das
Máquinas.
Prédio novo do centro cultural.
É, tá tudo tão bão, mas parece que
chegou o fim da tarde.
Mais uma vez saí para comprar
provisões, não só para o jantar, mas também para a cicloviagem de volta que
faria na manhã seguinte.
Na volta do supermercado passei no
Armazém, um local que serve drinks, cervejas, refrigerantes e ainda agrega um
disque gás e água.
Assim, tive o grato prazer de
conhecer o Marcos, proprietário do Armazém. Um jovem que já viajou de
motocicleta por vários países da América do Sul. Entramos numa boa prosa e eu
fiquei fascinado pelas suas aventuras. Sentei-me num sofá de vime e ali ficamos
horas contando nossas histórias e aventuras um para o outro. Gente
finíssima!
Voltei para o Camping até mais
entusiasmado em pedalar pelos Países vizinhos. Quem sabe qualquer hora faço
isso! Quem sabe?!
Preparei um jantar de primeiríssima
qualidade e fui para a cama até cedo. Estava um friozinho gostoso e, no dia
seguinte, teria que me despedir e pegar a estrada de volta.
Sexta-Feira –
15/06/2012.
Despertei por volta das 7 horas com
a passarada já cansada de me chamar para vê-los e ouví-los. Depois dos preparos
e higiene matinal fui para a lanchonete do Camping tomar meu tradicional café da
manhã.
Despedi-me de todos(as) e nem havia
posto o pneu dianteiro fora da portaria do camping já estava com saudades do
pessoal tão bacana e tão amigo.
Não demorou muito e eu e o amigo
Sombra estávamos pedalando pela estrada de acesso que nos trouxe a
Brotas.
Desta vez a ideia era pedalar por Torrinha e Santa Maria da Serra, chegando em São Pedro pela SP-304 (SP-191)
Usina Paraíso, uma cidade
que dá emprego para muita gente da região.
Parei nesta simpática
estradinha para rearranjar os alforges, comer uma fruta e tomar um gole de
isotônico.
Torrinha – Até aqui
tudo bem. Estrada calma com bom acostamento e cheirando a garapa de cana. Sabem
aquele cheirinho de rapadura? O próprio!
A coral verdadeira (que
eu pensei ser a falsa coral) morreu esmagada na
estrada.
Daqui para a frente, até Santa Maria
da Serra, embora não seja permitido o tráfego de caminhões acima de três eixos
(carretas), há muitos caminhões na estrada. É um tal de correr para o capim,
pois não cabem dois caminhões e um ciclista nesta pista. Alguém vai voar longe!
Assim, pedala-se com um olho na estrada, outro no espelho retrovisor. Mesmo
assim ouvidos bem atentos são importantes, pois nas curvas o retrovisor tem um
alcance quase nulo e os caminhões chegam rápido demais até a gente.
A famosa Serra de Torrinha. Aqui foi
muito interessante Eu vinha notando que nas baixadas a névoa começou a aparecer
cada vez mais.
Dizem que alegria de pobre dura
pouco: Eu vinha sonhando com as fotos que poderiam ser tiradas do alto da serra,
mas… olhem para baixo. Cinco Km de névoa total, como na Serra de São Pedro!!!
Nem deu para descer de freios soltos totalmente, pois eu precisava de silêncio
para ouvir se vinha caminhão atrás e na velocidade o vento chega a assobiar no
capacete! Foi menos tenso que em São Pedro, pois os santos estavam aqui para
ajudar, afinal eu estava descendo!
Para onde
vou.
Ao fundo, bem ao fundo, a Serra de
Itaqueri.
Parei no primeiro Posto
de Combustíveis para tomar um cafezinho puro. Adoro
café!
A moça do caixa estava de senho franzido, cara de poucos amigos. Conjecturei que poderia ser a dona do estabelecimento se sentindo a pior pessoa do mundo por estar trabalhando no caixa, função subalterna. Não gostei!!!
A moça do caixa estava de senho franzido, cara de poucos amigos. Conjecturei que poderia ser a dona do estabelecimento se sentindo a pior pessoa do mundo por estar trabalhando no caixa, função subalterna. Não gostei!!!
Entrada de Santa Maria da
Serra.
Árvore solitária como o
meu pedal.
A estrada boa, com bom acostamento;
o verde que nos circunda, o céu azul, as nuvens, tudo isso nos motiva a pedalar
tranquilo e prazeroso em direção ao nosso destino.
Placa novinha informando
multa em UFIR para quem trafegar no acostamento. Não entendo, pois que eu saiba
a UFIR foi extinta há muitos anos! (?)
Estão vendo aquela ponte ali
adiante? Pois na ida eu passei ali por cima, no sentido da direita para a
esquerda (Águas de São Pedro para São Pedro). Agora passo por baixo e sigo reto
em direção á Charqueada, meu destino. Combinei com Dna. Fátima em ir me buscar
no finalzinho da tarde.
Parei próximo a São Pedro (cidade) para gastar minha última nota de R$ 10,00. Deu para um salgado, duas garrafinhas de água e sobraram algumas moedas. Lembram-se que na ida eu estava procurando um caixa do Itau para sacar uns trocados? Pois não encontrei nenhum! Ainda bem que no Camping aceitam cartão débito/crédito!
Mais 15 Km e estarei em
“casa”.
Para Charqueda a paisagem
é de extensos canaviais de ambos os lados da estrada.
Finalzinho da tarde,
estou chegando.
Cheguei ao tão familiar Portal de
Itaqueri: Charqueada!
Mas, antes de entrar em
casa a Natureza me premiou com este belo troféu:
O por do sol em Charqueada.
O por do sol em Charqueada.
Voltar é nostálgico, mas muito legal. Lembro do Roberto Carlos cantando:
"Eu cheguei em frente ao portão.
O cachorro me sorriu latindo!
Minhas malas coloquei no chão...
Eu voltei"E assim o passeio teve fim.
186,40 Km pedalados.
75,6 Km/h Velocidade máxima.
12,5 Km/h Velocidade média.
Baixas:
Quebra de um ponto de solda do meu bagageiro traseiro.
Soltura dos parafusos do disco de freio da roda dianteira.
Agradeço a Deus por me permitir mais
essa feliz aventura e poder compartilha-la com todos os meus
seguidores(as).
Especiais agradecimentos ao pessoal
do Camping Jacaré que
sempre nos recebeu com muito amor e carinho.
.
Abraços do….
Mais uma jornada cumprida!!!
ResponderExcluirRelato e fotos sempre fazendo o leitor viajar junto, no padrão Antigão.
Aquele dia de folga em Brotas deve ter sido muito bom mesmo, pois teve passeio na história do município, conhecimentos de histórias do viajante de duas rodas a motor, muita tranquilidade no camping e a homenagem de usar a camisa do PEDALADAS durante o dia todo. Muito Obrigado!!!
Um abraço e saúde sempre.
Marcelo e Grupo PEDALADAS.
hola, chamigo!
ResponderExcluirBonitas as chapas, principalmente aquelas que tem muita azul/verde (água-mato)!
só lembrando que a placa "novinha" informando o valor da multa por trafegar no acostamento está ERRADA, ou omitindo que é uma infração gravíssima (180) 3 VEZES! É, na verdade são 540!!
abraços
Elton Xamã
Obrigado, amigos. Logo teremos mais cicloviagens. Grande abraço.
ResponderExcluirObrigado por partilhar e parabens por mais
ResponderExcluiresta aventura ;)