sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

As mãos de Deus.


As mãos de Deus

Eu vivo dizendo, em alto e bom som, que as mãos de Deus operam em nossas vidas nos momentos de maior adversidade. O fato é que precisamos através da fé estarmos suscetíveis a percebermos esses momentos de intervenção divina.
Vou lhes dizer o que aconteceu comigo um dia antes dessa última cirurgia para que possam analisar comigo se tenho ou não razão no que digo.
Na tarde do dia 13/12/11 cheguei ao consultório médico sentindo muitas dores no local da cirurgia passada, realizada em novembro para a retirada de fibrose. O médico logo após me examinar recomendou a internação imediata, haja vista ser constatada uma infecção no local. Eu ainda nem retirara os pontos (grampos de tungstênio). A dor era tanta que bastava alguém olhar para os pontos e eu já sentia dor!

Artrodese da coluna lombar

A ideia do médico, devido a gravidade da situação, era reintervir cirurgicamente naquela mesma noite, pois segundo ele as bactérias se reproduzem com muita velocidade. Ele me comunicou que, se as bactérias já houvessem atingido os pinos da artrodese anterior, estes teriam que ser removidos, pois uma vez lá, as bactérias não poderiam mais ser alcançadas pela medicação. Contudo, esse procedimento só seria confirmado no momento da cirurgia.
Não fui operado naquela mesma noite, mas na manhã seguinte a enfermeira me avisou que viriam buscar-me para um exame de ressonância magnética. Logo chegou uma enfermeira com uma cadeira de rodas e lá fomos nós para a sala de ressonância. O pessoal que realizaria o exame já haviam me colocado no aparelho quando eu perguntei para a enfermeira que me cobria com uma manta se não havia problemas com os grampos que eu tinha nas costas.
- Grampos???!!! Onde??? Perguntou ela espantadíssima.
Virei-me de costas, ela olhou para os grampos que ali estavam nas minhas costas, saiu da sala apavorada e voltou com uma médica e mais um rapaz.
A médica e o rapaz olharam e determinaram que eu fosse removido da máquina imediatamente. Disseram que eu iria para o quarto, pois fazer o exame com aqueles grampos no corpo poderia gerar consequências sérias e irreparáveis.
Mais tarde eu soube que o médico deixara instruções para retirarem os grampos e só então me conduzirem para o exame.
Sabem onde eu poderia estar neste momento, caso uma voz não houvesse soprado ao meu ouvido, dizendo “Fale sobre os grampos!”?
Assim, o que para uns pode ter sido apenas uma feliz coincidência, para aqueles que crêem em Deus não resta dúvida de que se trata das mãos de Deus operando e dando livramento.
“Entrega o teu caminho ao Senhor, confia nele, e ele tudo fará”. Salmos 37:5.
Graças a Deus, após removerem os grampos fiz o exame e naquela mesma noite fui submetido á cirurgia de limpeza e desinfecção. Não foi preciso remover os pinos. Uma semana depois tive alta do hospital.
Assim, agradeço ao Pai Eterno e encerro o ano de 2011 com esse testemunho de fé e plena confiança em Deus.

Na sacada do quarto do Hospital São Luiz.

Waldson (Antigão)


Antigão

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Retrospectiva 2011… sem mágoas.


“O passado é lição para refletir, não para repetir” 
Mário de Andrade.

retrospectiva_2011

O ano de 2011 teve seus altos e baixos.

Comecei o ano com uma grande expectativa, pois logo nos seus primeiros dias marcamos, o Luciano e eu, um ciclopasseio que nos levaria até Cananéia-SP. Foram 246 Km pedalados de pura emoção!

Clique para ver Pedal para Cananéia-SP

Em seguida a esse prazeroso passeio, comecei um projeto para pedalar até a Ilha do Mel, no litoral paranaense, seguindo pelo litoral paulista. Infelizmente ocorreram fatos logo em seguida que me impediram de realizar esse ousado projeto. A ideia era tirar 30 dias de férias e pedalar uns 10 a 15 dias, chegando até Garuva, cidade do Estado de Santa Catarina, de onde eu seguiria para a Rodoviária de Curitiba, retornando então para São Paulo.

Como veremos adiante, cumpriu-se o que disse o grande sábio bíblico, Salomão: “O homem faz os seus planos, mas quem dá a última palavra é Deus”.

Em março, o amigo Demétrius e eu fizemos um belo e hilário pedal – bate volta - para Mairiporã, cidade próxima da Capital paulistana.


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Foi um passeio divertidíssimo!

Ainda em março, mais ou menos refeito – pensava eu! - de umas fortes dores no pescoço e nas costas, fiz um pedal para Boraceia, cidade do litoral norte paulista, com duração de dois dias. Neste pedal fui obrigado pelas circunstâncias a pedalar na escuridão da noite, de Boracéia até Bertioga, com pouquíssima iluminação. No começo um pouco apreensivo, mas ao final acabei achando um barato pedalar á noite na escuridão da rodovia Rio-Santos.


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No retorno, poucos dias depois as dores, principamente nas costas, se agravaram. Em janeiro eu já havia procurado o PS e tomado algumas injeções para amenizar a dor. Em fevereiro quando viajava de ônibus urbano em direção ao trabalho minha coluna travou. O ônibus parou com o pisca alerta ligado enquanto eu descia dolorosa e vagarosamente para em seguida pegar um taxi até o PS de um hospital mais próximo. Fiquei uns dias em casa, melhorei e voltei a trabalhar normalmente.
Não deu outra! Novamente o Pronto Socorro de um hospital foi acionado. Após tirar radiografias a médica que me atendeu sugeriu que eu procurasse um especialista em coluna, com urgência, para um tratamento.
Assim o fiz. Comecei a tomar medicação específica até que ficassem prontos os resultados das Ressonâncias Magnéticas da coluna cervical e lombar. No dia em fui fazer o exame as dores no pescoço eram muito fortes.
O resultado foi hérnias de disco cervicais e lombares. Hérnias bem pronunciadas. Na lombar havia pressão sobre os nervos radiculares o que provocava intensa dor na perna esquerda.
O especialista em princípio optou por tratar apenas com medicação, antes de se pensar em cirurgia.
Cheguei a me sentir bem melhor, praticamente bom, tanto que em junho arrisquei um ciclotur para Ilhabela, com pouso em Paraibuna.


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No primeiro dia cheguei a sentir um pouco de dor muscular, mas depois foi só alegria. Cheguei até a trabalhar um dia no mês de julho, mas a dores voltaram com mais intensidade. Acabei por afastar-me de vez do trabalho.
Foram dias e noites difíceis. Melhorava um dia ou dois, logo as dores voltavam.
Além da medicação que já tomo para pressão alta, juntaram-se mais alguns medicamentos.

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Até que no dia 03/09/11 veio a cirurgia. Uma artrodese lombar foi feita, com colocação de 4 pinos.


hernia de disco
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Bom, agora seria só esperar pacientemente pela recuperação. Mas, as dores voltaram! A perna esquerda começou a doer novamente e as dores aumentavam cada dia mais. Uma nova Ressonância Magnética e… fibrose foi detectada!
Nova cirurgia em 24/11. Foram removidas a fibrose que pressionava o nervo e líquido infeccioso. Parece que agora era só esperar a recuperação.

Ainda em novembro aprouve a Deus que eu encontrasse uma bike Caloi Aspen Extra praticamente jogada no lixo. Adotei a pobre coitadinha. Em 2012 pretendo reforma-la e usa-la esporadicamente para ciclotur




Quanto á cirurgia, tudo corria bem até que 15 dias depois surgiu a infecção no corte cirúrgico! Nem os pontos metálicos haviam sido ainda removidos e lá estava eu de novo no hospital. Fui internado  de emergência para uma nova cirurgia. Fiquei no isolamento do hospital por 7 dias, até que o resultado da cultura de bactérias fosse apurado.
Precisava passar por uma nova ressonância magnética, mas era preciso remover os pontos metálicos. Três enfermeiras, muito amáveis, embora a contragosto, foram encarregadas de me proporcionar esse momento de tortura. Nem na primeira cirurgia eu tinha sentido tanta dor! Foi ponto a ponto. Eu pedia para elas pararem a cada número de pontos removidos para que pudesse respirar. Quando terminaram eu estava suando frio e elas ligeiramente constrangidas pedindo desculpas, mas aquilo tinha que ser feito.
Assim em 14/12, fiz a terceira cirurgia. Foi removido todo o líquido purulento e passei a tomar antibióticos fortes na veia. Sete dias depois eu estava de alta, pois deveria continuar o tratamento em casa. Essa tratamento – antibióticos e curativos diários - por ora vai até 04/01/2012, quando devo retornar ao médico. Ficarei com os pontos, agora de nylon, até essa data.

Assim foi o ano de 2011: muito dolorido e pouco pedalado.

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Tenho fé em Deus e embora pareça estranho para alguns, não obstante todos os problemas de saúde, vi a mão de Deus me amparar em todos os momentos. Nada me faltou em termos de recurso financeiro para alimentar a mim e a minha família. A fé também me acompanhou em todos os momentos. Minha pressão arterial seguer se manifestou negativamente nos momentos mais difíceis que antecederam cada cirurgia.

FéemDeus

Tive oportunidade de aprender bastante com esses episódios, conheci muita gente nova tanto pessoal como virtualmente.
Muitos amigos e amigas, parentes próximos me visitaram e me estenderam as suas mãos. Foi uma oportunidade abençoada para conhecer o amor que flui do coração das pessoas.

Agora é só agradecer a Deus e todos(as) que oraram e torceram por mim, nesses momentos tão difíceis.

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Assim 2011 vai fechando ás suas imensas cortinas, ora brancas,  ora negras, mas nos bastidores fica o aroma do perfume que emanou de cada coração amigo.

Cortina

Espero piamente em Deus que 2012 nos permita bastante paz, saúde e harmonia no lar. Que seja um ano menos violento, que as pessoas possam ser mais pacientes umas com as outras, no trabalho, no trânsito, nas escolas. Enfim, que haja mais amor fraterno entre as pessoas.
Que Deus possa me dar a graça de pedalar novamente em breve, cortar as estradas, pois Ele sabe que eu gosto de fazer isso.

Feliz 2012!

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São os meus mais sinceros votos a todos!

Antigão

domingo, 11 de dezembro de 2011

O Natal que se aproxima…

Interessante como o ano passou rapidinho! O Natal está às portas!

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Sempre gostei do mês de dezembro. É um mês festivo, animado, parece que até as pessoas mais sisudas e normalmente caladas, se tornam mais próximas, mais joviais, mais chegadas. As praças com suas árvores enormes enfeitadas, as casas com suas fachadas cheias de luzes piscando, tudo isso traz uma magia incrível.
Gosto do Natal. Gosto de ver as pessoas felizes, se abraçando e se presenteando. Os cristãos, cada um a sua maneira, comemorando o nascimento de Jesus. Não importa se Ele nasceu exatamente ou não nessa data, o que importa é que todos lembrem que Ele nasceu e trouxe a esperança de salvação para toda a humanidade.

Mãos postas

O espírito do Natal reúne as famílias, servindo muitas vezes para apagar as rusgas do passado. Oxalá todos se perdoassem nesse dia, fazendo desta data tão importante um marco de amor e compreensão em suas vidas!
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Esses são os votos sinceros do amigo…


Antigão

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Manutenção – Padronização dos parafusos


Para quem usa a bike no dia-a-dia, para ir e voltar do trabalho, escola, pequenos passeios na cidade a única preocupação é levar uma bomba de encher pneu, um jogo de espátulas e uma câmara reserva.
Qualquer problema mais grave com a bike o ciclista sabe que pode encontrar dezenas de bicicletarias no seu trajeto habitual que irá ajuda-lo a corrigir o problema.
Mas e o cicloturista que se aventura por campos e estradas desertas, onde não há recursos para corrigir problemas mecânicos com a bike?

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Como já dizia o antigo adágio popular “É melhor prevenir do que remediar”.
Assim o cicloturista precisa levar um mínimo de ferramentas destinadas a uma manutenção rápida que lhe permita resolver de vez o problema encontrado, ou ao menos minimiza-lo, permitindo-lhe chegar a uma cidade onde possa encontrar uma bicicletaria. Contudo, não é possível levar consigo uma “mala” de ferramentas. Ferramentas são pesadas e ocupam muito espaço!
Uma maneira prática de “enxugar” a quantidade de ferramentas a serem levadas é a padronização dos parafusos usados na bike. Eu explico:
Normalmente além das opções de fábrica, os cicloturistas se vêem obrigados a fazer várias adaptações em suas bikes. Instalação de bagageiros e para-lamas são as mais comuns, dentre outras. Para isso são necessários parafusos e porcas.

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É importante que nesse momento o cicloturista se preocupe em padronizar o tipo de parafuso a ser usado. Isso vai facilitar a escolha das ferramentas a serem levadas na cicloviagem.
Como a maioria dos parafusos que compõem uma bike são do tipo Allen, sugiro que a padronização seja feita por parafusos desse tipo.

Parafusos Allen de aço e porcas comuns.
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Observe que nas fotos abaixo todos os parafusos são do tipo Allen, o que torna muito mais fácil a manutenção e quantidade de ferramentas a serem transportadas na cicloviagem.

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Se o cicloturista mistura parafusos do tipo fenda, phillips, sextavado e allen, imagine a quantidade de ferramentas grandes a serem levadas para lidar com essa variedade de tipos de parafusos!
A minha recomendação é a seguinte:
Jogo de 3 Espátulas de nylon
Jogo de chaves Allen de boa qualidade
Canivete automático bem amolado
Chaves de fenda “anãs”
Tesoura dobrável
Chave de corrente
Chave de raios

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As chaves de fenda (Anãs) destinam-se á regulagem dos câmbios. Como este processo não necessita de “aperto”, as chaves podem ser anãs, as quais ocupam pouco espaço e são bem leves. Acrescente-se ao ferramental acima duas câmaras reserva, uma bomba de encher pneu, dois ou três raios e um alicate de bico, pequeno.
É importante que o cicloturista tenha um mínimo de conhecimentos sobre manutenção e regulagem de câmbios. Obviamente que não há necessidade de ser um “expert” no assunto.
Parafusos do tipo Allen de aço podem ser encontrados em casas especializadas ou lojas de ferragens em geral. Leve sempre um parafuso consigo como medida. Essa prática facilita ao balconista escolher o parafuso certo para a sua necessidade.
Espero que estas dicas possam ajuda-los.
Fiquem a vontade para opinar, dar dicas e palpites.
Quem sabe você queira ler sobre a montagem de uma bike híbrida para cicloturismo? Então, clique aqui.

Um grande abraço do …

Antigão