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quinta-feira, 21 de julho de 2011

Montando uma bike híbrida (Touring).

Em agosto de 2009, após ler e pesquisar sobre o assunto, principalmente no Fórum Pedal (www.pedal.com.br) que eu acho um dos melhores do Brasil, resolvi montar uma bike híbrida. Eu queria uma bike mais adaptada ao cicloturismo, como as bikes importadas, mas sem ter que investir num quadro Surly, por exemplo. Como eu não tinha experiência prática sobre o assunto, concluí que esse projeto deveria ser colocado em prática usando o máximo de peças que eu já possuía. Dessa maneira, caso o projeto não fosse avante por alguma razão, eu teria investido o mínimo possível.

A idéia era montar uma bike com guidão road e rodas 700 num quadro de MTB. Eu queria a estabilidade e leveza das rodas 700 aliadas a um quadro que me permitisse usar uma relação de MTB, com suporte para bagageiro e para-lamas.
Eu tinha em casa algumas peças, dentre as quais, um quadro de aço-carbono que sobrara de uma Caloi Aspen, que eu comprara usada há alguns anos atrás.


Caloi Aspen, cujo quadro usei nesse projeto. (Bike azul)




O garfo não serviu, pois não comportava o diâmetro de uma roda 700, portanto comprei um garfo novo em aço-cabono.
Mandei quadro e garfo para a pintura, esquecendo-me de antes soldar os adaptadores para os freios  que seriam adaptados, haja vista que os bosses para v-brake ficaram inutilizados.

Pouco tempo depois quadro e garfo chegaram da pintura. Como eu esperava ficaram caprichados e belos num tom dourado que eu escolhera, juntamente com o Paulo, amigo e mecânico encarregado de montar a bike.







O próximo passo foi encomendar aros, câmaras e pneus, pois precisávamos montar as rodas para acertar a altura dos adaptadores dos freios novos.


Aros V-Zan, 700c foram escolhidos.




Pneus e câmaras Kenda, 700 X 38 equipariam a bike








Cubos, selim Caloi, câmbios Tourney antigos, freios Cant'lever, cubos Sugino de 36F, para catraca de rosca eram alguns dos itens que constariam nesse projeto, digamos "econômico".








Os adaptadores foram instalados e foi dado um pingo de solda por dentro, para que ficassem bem fixados e sobremaneira confiáveis.
Com isso, tive que mandar quadro e garfo para retocar a pintura. Pequena falha de projeto.




O pedivela Sugino foi um achado! Praticamente sem uso por apenas R$ 20,00! A caixa central selada eu já tinha. Era uma boa caixa, embora não fosse Shimano.




Posteriormente foram trocados o câmbio dianteiro e os freios, pois ganhei um câmbio Deore e um jogo de freios ferradura Shimano, de amigos foristas.

O guidão road de ferro, também ganhei do amigo Paulo mecânico. Futuramente também tive que trocá-lo por um de alumínio, com 46 cm, pois o de ferro se mostrara muito estreito.






Comprei um bagageiro Wencun de alumínio para equipar a "belezinha", que aos poucos foi se transformando numa verdadeira Touring, pronta para enfrentar as estradas, carregada com os alforges, barraca, saco de dormir e etc.



Furei o quadro e adaptei suporte para mais uma caramanhola, extremamente necessária nas viagens longas que eu pretendia fazer. Acabei também comprando um selim usado (Velo Plush) que substituiu o velho Caloi, duro como uma pedra!

Adesivos colocados, tá na hora de testar a máquina!



No começo instalei esses trocadores. Mas os substituí tão logo eu fiz a primeira pedalada experimental. Senti que tirar a mão do guidão e mudar a marcha acionando o trocador na mesa não seria muito seguro.




 Acebei substituindo por esses Shimano indexados, mais práticos e eficientes. Note nesta foto que a mesa também foi substituida. Presente de Papai Noel de um grande amigo. A troca da mesa possibilitou elevar um pouco o guidão,






Aqui a bike praticamente pronta para os primeiros pedais experimentais.






Pedalando experimentalmente no Parque do Carmo, SP.



A primeira impressão ao pedalar na nova bike foi ótima. A bike ficou um pouco arisca, mas confortável. Fiz uns passeios curtos, acreditando que seriam suficientes para aprovar o projeto. Estava redondamente enganado, como eu iria descobrir num ciclotur que fiz para a Cidade de Analândia, no ano seguinte, pois a minha coluna lombar e cervical não aprovaram o guidão road. Poderia eu ter apenas trocado o guidão, mas como a bike em si ficara boa, parti para um projeto mais ousado, que está relatado aqui no Blog como "Montei a minha nova estradeira, Partes I, II, III e IV". Essa última é a estradeira que eu uso até a data de hoje e tem me proporcionado muito prazer e deliciosas aventuras. Acabei provando a mim mesmo que é possível montar uma touring boa de estrada, sem gastar muito dinheiro. Aguardem, pois em breve publicarei o relato e as fotos do primeiro passeio feitos com essa bela bike híbrida.



Veja também "A nova Mentika" minha atual bike de cicloturismo:




6 comentários:

  1. Ficou muito boa a bike, parabéns!
    Também estou querendo montar a minha, híbrida, mas sou totalmente leiga no assunto, só sei que quero pedalar. Estou querendo comprá-la daqui a dois meses, por isso vou ter bastante tempo para montá-la, como você fez.
    Por quanto a sua saiu a sua?

    Abraço!
    Lorena Moura Fé

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  2. Iniciativa muito legal, parabéns pelas fotos e comentários. O registro ficou excelente.
    Abraço

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  3. Obrigado, Charles!

    Grato também por prestigiar o nosso Blog.

    Grande cicloabraço!

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  4. Beleza, Mr. Antigão?
    Cara, vagando na web acabei encontrando esse post, e é exatamente o que vou fazer com o set-up Aspen Way 1 que tenho parado aqui! Ficou muito bom os adaptadores, eles aguentam o tranco? Peso extra nas cicloviagens? Pois pretendo montar com esse modelo é marca de aro, só os pneus que serão 700x48 (se couber). Vou perguntar para o Paulo antes de comprar.

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  5. Show a bike. Bela restauração, gostei do resultado. estou tendo muitas duvidas em que cor eu pinto a minha que estou reformando.
    * Azul(candy)+Preto:inspirado no Skyline GTR do Brian O'conner.
    * Cinza+preto.
    * Full prata.
    * Full verde limão.

    Obrigado pelo artigo gostei mesmo. Nice.

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